Terrifier 3 chegou aos cinemas com o novo massacre de Art, O Palhaço. Ao longo de três filmes – e alguns curtas –, o assassino cometeu as mais variadas atrocidades, daquelas que geraram vômitos e desmaios ao redor do mundo. Porém, de acordo com o diretor Damien Leone, há uma coisa que ele nunca vai fazer.

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O NerdBunker foi convidado pela Diamond Films a conversar com o diretor, roteirista e arquiteto da saga Terrifier. Quando questionado se ele definiu regras para a franquia, ele não titubeou ao explicar algumas delas:

“A missão é entregar ótimas cenas de matança que desafiem os limites, isso virou a marca dessa franquia, é o que esperam que a gente faça. Cada filme tem uma grande cena que esperam que supere a maior do filme anterior, o que é muito complicado.”

Outro objetivo da saga é trazer momentos de comédia – ainda que macabra e absurda:

“Sempre gostei de fazer o Art piscar para o público, de alguma forma. Não literalmente, mas injetar algum tipo de leviandade, especialmente depois que ele faz algo realmente repulsivo e desolador – isso não significa que a gente vai fazer todas as vezes, porque em algumas não deveríamos. Mas conseguir o máximo de risadas e fazer o público se divertir com esse personagem sem torná-lo brega ou forçado. É uma linha muito tênue.”

Na sequência, o diretor também explicou que definiu uma linha que o assassino não vai cruzar:

“Uma coisa que nunca farei com esse personagem é torná-lo um assassino sexual. É algo do qual estamos muito conscientes, ele nunca vai ser um estuprador ou algo assim. Com certeza.”

Segundo o cineasta, esse viés acabou parando na outra vilã de Terrifier 3:

“Isso foi algo que decidi fazer com a Victoria nesse. Nada muito exagerado, mas trazer um pouco de sexualidade na maldade dela. Senti que não seria genuíno com o Art, mas seria hipócrita ao conceito de mal, como um todo. Acho que há maldade nesse elemento. Isso foi território inédito para nós, mas acho que foi fiel ao caráter da Victoria”.

A personagem Victoria, aliás, segue uma trajetória bem diferente para os padrões dos filmes de terror. Logo no primeiro filme, ela foi de vítima a vilã, algo que chegou ao ápice em Terrifier 3. Intérprete da personagem, esse Samantha Scaffidi diz que “amou até demais” o novo capítulo da personagem:

“Amei isso, talvez até demais. Me diverti mais interpretando essa personagem. Também tive mais cenas com David [Howard Thornton, intérprete de Art] e agora com Lauren [LaVera, a Sienna] e isso foi muito empolgante, porque eles são incríveis. Mas realmente amei esse preto no branco. A gente poderia mergulhar e procurar nuances, mas como ela é tão maligna e direta, pude ir direto para esse lugar específico. E é algo que não tenho na minha vida cotidiana, então foi divertido.”

Victoria retornou com seu visual característico, causado pelo primeiro encontro com o palhaço Art, que literalmente devorou seu rosto. Com uma máscara que cobre quase o rosto todo, Scaffidi explicou que as várias limitações foram compensadas pela forma como a caracterização ajuda a entrar na personagem:

“É engraçado, porque a máscara que eu usei era como uma segunda pele, então dava para ver quando eu fazia certas expressões. Mas o principal foi com os olhos, porque não tinha um olho e o outro era saltado, então tinha uma limitação no que eu conseguia ver. Mas acho que, no geral, colocar aquelas próteses faziam uma mudança na energia. Assim que eu colocava o rosto, as unhas, havia uma natureza crua que vinha para a atuação. De repente você se pega se movimentando de um jeito que não faria normalmente. Às vezes via cenas no filme e pensava ‘isso é interessante’. Damien e eu conversamos antes e ele tinha uma visão clara de querer se afastar das coisas que vimos antes quanto à possessão.”

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Cinco anos após os evento do segundo filme, Terrifier 3 traz Art, o Palhaço, de volta para mais uma rodada de sanguinolência. O filme está em cartaz nos cinemas do Brasil.

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