2015 foi um ano cheio para videogames. Tivemos notícias bombásticas, perdas tristes e anúncios que esperávamos há anos. Também foi um ano com ótimos jogos, das experiências pequenas como Her Story até RPGs gigantescos como The Witcher 3: Wild Hunt e Fallout 4.
Para celebrar a variedade inerente que existem nos jogos, não vamos premiar só um jogo do ano, e sim três. Neste post, você terá três listas, de membros diferentes do Jovem Nerd News com os títulos que mais marcaram o ano de 2015 para cada um. Aproveita e comente seus favoritos abaixo!
Mau Faccio - Editor
Em 2014 o que mais ouvimos foi que o jogo “X” foi adiado para 2015, foram tantos lançamentos re-agendados para este ano, que 2015 quase que adquiriu uma mística por traz, se transformando no ano em que todos os jogos do mundo seriam lançados.
Felizmente, a espera pela maioria daqueles jogos adiados valeu muito a pena. Vimos o último capitulo da saga do Homem Morcego, encerrando a melhor série que um super-herói já teve nos vídeo games. Acompanhamos o surgimento de um novo e-sport onde carros jogam uma espécie de futebol e andamos por vários mundos abertos, cada vez maiores, mais complexos e bonitos.
Um clássico como Battlefront foi ressuscitado, devendo em conteúdo, mas conseguindo se segurar, pelo menos por enquanto, na nostalgia. O Bruxeiro, o Louco Max, o sobrevivente do vault 101 e o Grande Chefe apresentaram seus mundos e contaram suas histórias de maneiras únicas e inesquecíveis, cada um extrapolando os limites do que já havia sido feito antes.
Após anos a Blizzard apresentou uma nova propriedade intelectual que promete mais uma vez viciar os jogadores e aquele filme adolescente de terror ganhou uma nova vida sendo transportado competentemente para os vídeo games. E se um jogo sobre ficar preso em um quarto resolvendo puzzles passou desapercebido por você este ano, trate de resolver isso logo!
Em 2015 o mundo aberto e a exploração reinaram supremos, mas isso não significa que o género ficou saturado neste ano. Isso porque ele foi abordado de tantas formas diferentes e inventivas que nada ficou repetitivo, foram aventuras únicas e marcantes. Ainda assim, jogos ousaram apresentaram coisas novas e atingiram um sucesso que provavelmente o mais otimistas dos desenvolvedores não esperavam. 2016 vai ter uma tarefa difícil se quiser superar o que jogamos esse ano.
- Batman: Arkham Knight
- Rocket League
- Star Wars Battlefront
- The Witcher 3: Wild Hunt
- Mad Max
- Metal Gear Solid V: The Phantom Pain
- The Room Three
- Fallout 4
- Overwatch (mesmo que só a beta)
- Until Dawn
Marina Val - Redatora
Este ano acabei dedicando muito mais tempo a jogos que estavam na pilha da vergonha (ou seja, games de anos anteriores que eu ainda não tinha terminado) e a jogos indies curtinhos. Por conta disso, você não vai achar aqui nenhum AAA como Bloodborne ou Metal Gear. Apesar de serem jogos que eu realmente gostei muito, não tive tempo de terminá-los e seria feio incluí-los na lista dessa maneira.
- Crypt of the Necrodancer - É um roguelike desafiador e totalmente baseado em ritmo. Ele tem uma história simples, então o que acaba conquistando mesmo é o gameplay diferente que envolve aprender padrões de movimento (ou passos de dança, se preferir) para derrotar os monstros. Depois de algumas horas desbravando as dungeons, é difícil não sair pulando no ritmo ao passar por um chão com ladrilhos na vida real.
- Undertale - Esse jogo entrou na lista pelo charme, gameplay diferente e por ser adoravelmente parecido com um dos meus jogos favoritos da vida: Mother 3. Existe algo inocente na narrativa e é bem difícil não se deixar cativar por cada um dos detalhes escondidos no cenário ou pela história dos monstros que você encontra pelo caminho.
- Her Story - Sabe aquela pessoa em seriados policiais que consegue achar tudo apenas digitando uma palavra-chave no computador? Em Her Story, você é esta pessoa. Conforme você assiste aos vídeos e se aprofunda na história, é impossível não querer saber mais sobre o que realmente aconteceu.
- Downwell - Sim, um jogo sobre cair em um buraco. Porém, mais que isso, Downwell traz desafios dignos de jogos dos anos 80 e 90 e upgrades variados que o tornam absurdamente viciante sem ser repetitivo.
- Lovers in a Dangerous Spacetime -Minha recomendação: jogue Lovers in a Dangerous Spacetime com alguém muito próximo, pois pode ajudar a mostrar como vocês estão em perfeita sintonia ou destruir amizades. Eu tive a sorte de jogar com alguém bem incrível que deixou esse jogo em um lugarzinho mais especial. (Não, a gente não estava em sintonia, mas foi justamente isso que rendeu boas risadas).
- Menção honrosa - Odallus: The Dark Call - Odallus é um jogo brasileiro que eu achei bem incrível e terrivelmente desafiador. Inspirado por clássicos como Castlevania, ele é do tipo que dá vontade de arremessar o controle na tela depois de morrer algumas vezes, mas mesmo assim é impossível parar de jogar. Porém, por ser amiga dos desenvolvedores, achei melhor deixá-lo de fora da lista.
Guilherme Jacobs - Redator
2014 foi um ano bem meh. Só três jogos se destacaram pra valer ao ponto de competir para ser o meu favorito do ano - Child of Light, P.T. e o eventual vencedor da minha lista pessoal, Super Smash Bros. for Wii U- felizmente, 2015 foi bem melhor. Eu não consegui jogar tudo que eu queria, caso tivesse tido tempo, Her Story e Super Mario Maker provavelmente entrariam nessa lista, mas a gente joga o que pode. 2015 foi um baita ano, eu acho que cada um dos cinco primeiros na minha lista é merecedor de prêmios de Jogo do Ano. Os outros cinco são bem legais também.
- Bloodborne - Eu nunca fui fã da série da Souls, ai eu joguei Bloodborne. O gameplay que te ensina tudo sem uma palavra, demandando mais coragem e punindo sua arrogância conforme você joga, a abstrata história que passeia pelos temas de terror - de Bram Stoker até H.P. Lovecraft - e a incrível direção de arte, que criou algumas das criaturas mais bizarras e incríveis que já vi, o solidificaram como meu número #1 absoluto.
- Fallout 4 - Sim, tem uns bugs. Sim, a história não é a mais profunda e os personagens não são super bem desenvolvidos. Mas eu não ligo, o gameplay e o mundo de Fallout 4 são tudo que eu precisava. A exploração em si é a recompensa, e nenhum outro jogo dá tanta agência ao jogador como esse. Você pode pegar todos os itens do mapa e joga-los numa casa só. Vai bugar tudo? Provavelmente. Mas você pode. Liberdade é tudo.
- Metal Gear Solid V: The Phantom Pain - Hideo Kojima deixou Metal Gear com um bang. The Phantom Pain te dá centenas de ferramentas e permite com que você jogue como quiser. Seja por stealth ou ação, as suas escolhas moldam o mundo que Snake explora aqui, e o mundo se adapta dinamicamente ao que você quiser. É a essência do gameplay emergente.
- The Witcher 3: Wild Hunt - Eu não vejo The Witcher 3 como a revolução do gênero que outros acham. Ele tem quests tradicionais, um sistema de progressão sem muita invenção, e um gameplay que, honestamente, não é a coisa mais incrível do mundo. Tendo dito isso, ele é um dos RPGs mais bem executados da história, com uma variedade incrível de personagens e histórias sendo contadas, e sistemas inteligentes para te fazer jogar e pensar como um caçador. O que a CD Projekt Red fez aqui vai ser lembrado pra sempre.
- Rocket League - São carrinhos jogando futebol. O que mais preciso dizer?
- Axiom Verge - O melhor Metroid em anos. Desafiante, bonito, com uma trilha sonora incrível e feito por uma pessoa. Axiom Verge é extremamente competente.
- Chroma Squad - O melhor jogo brasileiro que eu já joguei. O pessoal da Behold Studios fez um RPG de estratégia que celebra coisas como Power Rangers. Eu nunca imaginei que isso seria possível, mas é, e é glorioso.
- Batman: Arkham Knight - Não é tão bom quanto Arkham Asylum, mas ainda é o Batman.
- Persona 4: Dancing All Night - Persona 4 é meu jogo favorito de todos os tempos. Dancing All Night é o segundo encontro com o amor da sua vida. É diferente, não é tão memorável, mas você ainda fica cheio de felicidade.
- Grow Home - Se os Assassin's Creed genéricos da vida permitirem com que a Ubisoft faça joguinhos pequenos e divertidos como Grow Home, é um preço que estou disposto a pagar.
Que venha 2016!