Após mais de dois anos, o evento Esquadrão Anima (ou “Anima Squad”, no original em inglês) está prestes a retornar a League of Legends em uma nova versão — mais parruda do que nunca.
A convite da Riot Games, o NerdBunker teve a oportunidade de viajar até Santa Mônica, na Califórnia, para fazer uma visita ao estúdio e jogar as novidades de verão do MOBA para 2024. Pudemos ver as skins temáticas que estão por vir, além de testar em primeira mão o novo modo PvE.
Um dia na Rito Gomes
Com a duração de um dia inteiro, o evento começou com uma visita nas áreas principais da Riot, cujas decorações esbanjam personalidade e homenagens ao carro-chefe do estúdio: o “lolzinho”. A entrada é guardada pela dupla Annie e Tibbers, um quadro imenso de Arcane e artes de Campeões feitas por fãs nas paredes. E, ao entrar nas salas de Q&A e recriação, mais estátuas gigantes de Ziggs e Lucian aparecem no caminho.
O que demonstra mais ainda o carinho com o MOBA é a própria estrutura do local, que é dividida em diferentes prédios nomeados com as letras Q, W, E e R — ou seja, as teclas que os jogadores usam para acionar as habilidades de um Campeão.

Após fotos com estátuas, pôsteres e afins, chegamos à etapa de apresentações dos desenvolvedores sobre as novidades, que aconteceram em um pequeno auditório, chamado Skywalker Theater. Tal nome foi dado por ter sido a sala na qual o cineasta George Lucas fez a primeira exibição a portas fechadas de Star Wars: Uma Nova Esperança, lá na década de 1970 — e a própria decoração homenageia isso, com luzes horizontais pelo teto, que lembram os sabres de luz.
Foi ali que a Riot apresentou a principal novidade do novo Esquadrão Anima: o “Swarm”, um modo temporário que é diferente de tudo que o MOBA fez até hoje.
League of Survivors?
Sendo totalmente PvE, “Swarm” mistura elementos de sobrevivência e “bullet heaven”, em que até quatro jogadores são colocados em uma arena com o objetivo de sobreviver a (muitas) hordas de inimigos e chefes.
A ideia é focar em partidas curtas (média de 15 minutos) e incentivar a cooperatividade em vez de competitividade — territórios um tanto incomuns para League of Legends. Além de acompanhar uma linha narrativa inédita, níveis de progressão e conquistas variadas.

“Swarm” pode ser jogado com nove personagens ao todo. São eles: Riven, Seraphine, Jinx, Illaoi, Leona, Xayah, Briar, Yasuo e Aurora — a mais nova Campeã, uma solo laner de alcance médio, que faz parte das novidades de verão e que também pudemos testar.
Os Campeões têm uma jogabilidade diferente no PvE, em que o jogador se movimenta com teclas (W, A, S, D), o tiro é automático e há apenas duas habilidades (um “buff” e uma suprema). Essas “mudanças” encaixam bem na proposta de “bullet heaven”, que propõe uma experiência com ritmo rápido e cenários que ficam caóticos em minutos.
Assim, é preciso derrotar várias hordas para subir de nível e desbloquear melhorias passivas e armas especiais, ficando mais forte a cada minuto. Sobreviver é o principal objetivo, mas há também tarefas específicas (e inusitadas) que podem ser feitas pelo mapa para coletar recompensas, como carregar bolas de futebol até gols específicos — algo simples, mas que é extremamente difícil de fazer no meio de tanto caos.

Com quatro mapas diferentes, o modo se foca em áreas abertas para oferecer espaço para os jogadores andarem livremente. Só não se deixe enganar, uma vez que há corredores estreitos e objetos pelos cenários que servem como armadilhas, podendo atrapalhar a movimentação. Um passo em falso na frente de uma horda pode significar uma derrota.
Isso nos leva à cooperação, que é essencial para o grupo causar dano conjunto e ninguém ser encurralado por inimigos, além da combinação de Campeões também ser importante — Jinx e Illaoi no mesmo grupo, por exemplo, fazem um estrago! Mas também é possível jogar sozinho, o que adapta a quantidade e a barra de vida dos adversários para um único player, adotando uma estratégia mais focada em posicionamento.

Minhas horas com o modo apontaram para uma mistura entre o estilo de League of Legends e a fórmula caótica do aclamado Vampire Survivors, rendendo uma experiência desafiadora e divertida nas mesmas medidas, principalmente no co-op.
A proposta é bem diferente dos modos antigos de PvE do MOBA, mas faz jus à característica mais marcante do “lolzinho”: ser extremamente viciante! Sem perceber, estava comemorando até com os braços estendidos para o ar por ter sobrevivido a todos os rounds — e mal esperava por mais uma tentativa no mapa seguinte.
Curiosamente, “Swarm” veio de uma ideia de Riot Sirhaian, artista de efeitos visuais (VFX) de League of Legends. “Eu estava viciado em jogos de sobrevivência com ‘loop’, então criei um protótipo para o nosso jogo. A Riot, no entanto, não estava interessada na época. Então os anos se passaram até que decidi criar um protótipo mais elaborado, que acabou sendo aceito”, contou. O que ajudou a proposta ser aceita foi uma ajudinha do modo Arena, que foi bem recebido em 2023, fazendo o estúdio ser mais aberto a ideias PvE.
Sirhaian ainda afirma que, apesar das semelhanças, “Swarm” não é inspirado em nenhum jogo específico — nem mesmo Vampire Survivors. O modo, na verdade, é uma homenagem ao gênero de sobrevivência.

Após um dia inteiro na Riot Games, com horas de jogatina, papos com desenvolvedores e apresentações pelo campus do estúdio, “Swarm” aparece como uma bela mexida na dinâmica de League of Legends, e com potencial de dar um toque ainda mais especial à nova versão do Esquadrão Anima — que chega no dia 17 de julho.
O MOBA está disponível gratuitamente para PC.
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