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Quem é a incrível Jenna Ortega, estrela de Wandinha
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Quem é a incrível Jenna Ortega, estrela de Wandinha

Conheça mais sobre um dos nomes mais promissores do horror moderno, com passagem por Pânico, X e muito mais

Arthur Eloi
Arthur Eloi
28.nov.22 às 12h00
Atualizado há cerca de 2 anos
Quem é a incrível Jenna Ortega, estrela de Wandinha
Wandinha/Netflix/Divulgação

A estreia de Wandinha é um momento muito bem-vindo para os fãs do macabro por conta de uma junção ideal: o diretor Tim Burton, A Família Addams e Jenna Ortega. Se você ainda não a conhece, é hora de mudar isso.

A jovem que fecha essa trinca de peso na série da Netflix é um nome recente em Hollywood, que está crescendo rapidamente - especialmente dentro do gênero de terror. Com apenas 20 anos de idade, Ortega nasceu em setembro de 2002 na Califórnia, nos Estados Unidos, e é descendente de mexicanos e porto-riquenhos, com outros cinco irmãos.

É muito comum no cinema e na TV que jovens atores sejam filhos de pessoas da indústria, mas não é o caso de Jenna Ortega. Seus pais trabalham em empregos comuns - sua mãe, por exemplo, é enfermeira. Foi a própria menina que decidiu atuar aos seis anos de idade, influenciada por Dakota Fanning em Chamas da Vingança (2004). Segundo ela, a atriz mirim (que tinha 10 anos no longa) a impressionou pelo enorme talento em alguém tão jovem, e Ortega acreditou que gostaria de tentar o mesmo.

A atriz dedica todo o seu sucesso à sua família, que apostou no sonho de uma menina de seis anos e tentou conciliar tudo isso com suas rotinas, mesmo que envolvesse longas viagens de carro até Los Angeles para fazer testes de elenco. Felizmente, os resultados não demoraram a aparecer.

Você pode não lembrar, mas Jenna Ortega estava em Homem de Ferro 3

Aos 10 anos, Ortega começou a pegar os típicos papéis de começo de carreira, como participações especiais em séries procedurais como CSI: Nova York. Mesmo nessa fase, a garota demonstrou que tinha sorte, e em pouco tempo conquistou aparições breves em obras mais chamativas, como Homem de Ferro 3 (2013), onde viveu a filha do vice-presidente dos EUA; e também em Sobrenatural: Capítulo 2 (2013), filme de James Wan que marcou o início de sua carreira no horror.

Essa "sorte" de encontrar bons papéis só cresceu após um período atuando em produções no Disney Channel. Ortega foi escalada como a protagonista da sitcom A Irmã do Meio, onde viveu a brilhante Harley Diaz, uma jovem inventora entre uma família de sete filhos.

Antes do horror, Jenna Ortega chamou atenção nas telas do Disney Channel, com A Irmã do Meio

O papel começou a lhe dar notoriedade, e a levou até Elena de Avalor, animação da primeira princesa latina da Disney - que, no idioma original, é interpretada por Ortega.

Com reputação de adorável pelos seus papéis na Disney, a atriz entrou no mundo da comédia ao viver a versão jovem da protagonista de Jane the Virgin. Ainda que pudesse ter se dado muito bem por lá, ela queria outros tipos de projetos - alguns mais sangrentos e intensos, tipo o que havia presenciado ao atuar em Sobrenatural: Capítulo 2.

Devoção à desgraça

Intrigada por obras perturbadoras, Jenna Ortega rapidamente se consagrou no horror

Foi assim que Ortega passou a explorar o mundo do horror. Em 2020, viveu o interesse romântico (e antagonista) de A Babá: Rainha do Mal. Ainda que não seja uma continuação a altura do original, talvez a franquia tenha o poder de lançar nomes promissores para o gênero, já que o antecessor consagrou Samara Weaving (Casamento Sangrento).

A partir daí, ficou claro que a carreira de Jenna Ortega tomaria outro rumo. A jovem passou a explorar obras mais complexas, e geralmente com temáticas macabras mesmo sem ser de terror. É o caso do filme A Vida Depois (2021), em que vive uma sobrevivente de um tiroteio escolar.

2022 é quando a atriz colheu os resultados dessa mudança de rumo, em um ano que foi dominado por seu rosto em produções de gênero. Logo em fevereiro, conquistou os holofotes como a excelente Tara Carpenter em Pânico (2022), quinto filme de uma das franquias mais populares dos slashers. Com sagacidade, talento e uma excelente cara de amedrontada, ela logo passou a ser apontada como uma scream queen - como são chamadas as atrizes icônicas do horror.

Em questão de meses, ela retornou com uma participação especial em Terror no Estúdio 666, filme de terror escrito e atuado pelos integrantes do Foo Fighters. No longa, ela vive uma jovem música que se torna vítima de forças satânicas além de sua compreensão.

Por mais que Terror no Estúdio 666 não tenha chamado muita atenção além de entusiastas do gênero e fãs da banda, foi o suficiente para manter o nome de Ortega fresco no consciente popular até a chegada de seu próximo sucesso: X - Marcas da Morte. Neste slasher de T.I. West, inspirado por O Massacre da Serra Elétrica (1974), um grupo de cineastas alugam uma casa no interior do Texas para rodar um filme pornô, mas acabam se tornando vítimas de um par de idosos maníacos.

Jenna Ortega faz jus ao título de "Scream Queen"

Jenna Ortega não é a protagonista de X - esse posto é muito bem ocupado pela excelente Mia Goth -, porém seu talento não deixa de ser magnético. No longa, ela interpreta Lorraine, a namorada do excêntrico diretor RJ (Owen Campbell), que não só larga a imagem de menina inocente, como também eventualmente descobre todo o esquema sádico dos idosos. Seu grito de horror ao encontrar um cadáver é tão marcante que chegou a ser usado como pôster e thumb do trailer no Youtube.

Wandinha é só mais um passo nessa celebração do macabro que se tornou a carreira da atriz. Conversando com a cantora Olivia Rodrigo - sua amiga de longa data dos sets do Disney Channel - em entrevista à revista The Face, Jenna Ortega explicou o que a atrai para obras sombrias:

O horror e eu nos encontramos. Há uma conexão invisível entre serial killers, monstros, criaturas e eu, não importa onde eu vá. É algo que me atrai desde que era mais nova, sempre curti.

Sempre me pareceu certo, e geralmente são os roteiros que eu costumo gostar. Amo coisas que são desconcertantes, que não são exatamente bonitas, e que são perturbadoras.

Na mesma entrevista, a atriz garantiu que quer atuar em mais projetos independentes, e que sonha em dirigir e compor trilhas sonoras, mas que sempre dará espaço para fazer “um slasher ou outro”. O motivo é que Jenna Ortega não só ama a temática provocante das obras, mas também o enorme carinho de todos os envolvidos e dos fãs de horror:

Filmes de terror me ajudaram a vencer meus medos. Deveria ser o contrário, mas me apaixonei pela técnica e pela enorme paixão dos envolvidos. Não é preciso tanto dinheiro para fazer um ótimo filme de terror ou suspense.

É a adrenalina pura que você está criando para o público, e todos os envolvidos estão muito felizes de estarem lá. Depois de trabalhar em alguns sets, produções de horror se tornaram os lugares que mais quero estar pelo amor e dedicação nos bastidores. São sempre muito divertidos.

Além de estrelar Wandinha, já disponível no catálogo da Netflix, Jenna Ortega segue no elenco do vindouro sexto filme de Pânico, previsto para chegar aos cinemas em março de 2023. Seus próximos projetos ainda não estão definidos, mas pode ter certeza que sempre haverá um espaço para o macabro em sua agenda.

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