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Xógum surpreende com sangue, cobiça e intrigas no Japão feudal
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Xógum surpreende com sangue, cobiça e intrigas no Japão feudal

Entenda por que você precisa assistir a uma das grandes surpresas do ano na TV

Pedro Siqueira
Pedro Siqueira
06.mar.24 às 17h14
Atualizado há cerca de 1 ano
Xógum surpreende com sangue, cobiça e intrigas no Japão feudal
(FX/Divulgação)

O vácuo de poder deixado por um poderoso governante abre espaço para um ninho de cobras entre familiares, e partes que também querem defender o seu quinhão. Poderia ser a sinopse de Succession, Game of Thrones ou talvez até de um episódio de Casos de Família, mas é a fórmula de uma das primeiras excelentes surpresas do ano na TV, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão.

A série, que chega ao Brasil pelo Star+ e Disney+, mistura realidade, ficção em uma envolvente trama política, temperada por uma bela ambientação e astros de peso no elenco, encabeçado por Hiroyuki Sanada.

Colecionando papéis de destaque na TV e no cinema com Westworld (2016-2022), Trem-Bala (2022), John Wick 4 (2023) e mais, o astro dá vida a Yoshii Toranaga. O lorde feudal faz parte de um conselho de regentes formado após a morte do poderoso Taiko, no Japão de 1600. Toranaga e demais senhores devem manter a paz até que o herdeiro de sangue do governante chegue à maioridade, mas o equilíbrio delicado de interesses pode ser rompido com sangue e matança.

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Política na espada

As maquinações políticas sob o pano de fundo das mudanças reais na sociedade do país logo antes do período Edo devem agradar os fãs de Game of Thrones e outras produções de fantasia histórica, como Vikings, Outlander e mais. O que diferencia Xógum é sua completa identidade japonesa dentro e fora da ficção.

Isso porque, além de Sanada, a maioria esmagadora do elenco é do país, e boa parte da série se desenrola no idioma. Xógum emprega também uma forma de narrativa relativamente mais lenta, tomando o tempo necessário para que cada relação, aliança ou traição se desenvolva.

Se, em outra produção, os arroubos de violência, lutas e carnificina seriam o principal chamariz, Xógum opta por batalhas de diálogos por vezes tão cortantes quanto a lâmina dos samurais.

Xógum traduz a grandiosidade do Japão pré-Edo. Crédito: FX/Divulgação

Um estranho no ninho

O ponto fora da curva na trama é o navegador inglês John Blackthorne (Cosmo Jarvis). Capturado pelos samurais após um naufrágio, o homem do mar se vê no meio de uma cultura desconhecida, ao mesmo tempo funcionando como uma estranha peça importante no cabo de guerra de poder, mas apresenta uma profundidade própria ao não largar mão de seus poucos escrúpulos para tentar se dar bem na terra nova.

Xógum, claro, passa longe do complexo de “salvador branco”, retratando Blackthorne como uma minúscula parte de uma enorme engrenagem política, em contraste com as versões anteriores.

Isso porque, além de se firmar como um projeto próprio, a série tem êxito também em atualizar (e até superar) sua obra original. Já que a série é baseada no livro de mesmo nome, que virou minissérie pela TV americana em 1980.

Com tanto sucesso ao ponto de chegar até ao Brasil, pela Rede Globo, a Shogun (com “sh” mesmo) oitentista apresentava uma visão mais enviesada da trama, com o protagonismo claro do inglês Blackthorne (lá, vivido pelo lendário Richard Chamberlain).

Hiroyuki Sanada dá o peso emocional a Xógum. Crédito: FX/Divulgação

Nesse quesito, com apenas três episódios exibidos, a nova Xógum já aponta para um futuro bastante promissor na TV, apropriando-se, com orgulho, da própria identidade, sendo fácil candidata aos melhores do ano.

Para as próximas semanas, a trama promete ainda mais intrigas e o domínio de tela de Hiroyuki Sanada, como um excelente guia pelo fascinante universo da trama, sob o peso do dever e o fardo das vontades próprias. Que venha, então, o shogunato.

Xógum: A Gloriosa Saga do Japão exibe episódios inéditos às terças, no Disney+ e Star+. Aproveite e conheça todas as redes sociais do NerdBunker, entre em nosso grupo do Telegram e mais - acesse e confira.

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