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Resident Evil: No Escuro Absoluto – 1ª temporada | Crítica
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Resident Evil: No Escuro Absoluto – 1ª temporada | Crítica

A série animada é um arco curto dentro da franquia, mas que serve como uma boa introdução para mais produções do tipo

Tayná Garcia
Tayná Garcia
08.jul.21 às 14h01
Atualizado há mais de 1 ano
Resident Evil: No Escuro Absoluto – 1ª temporada | Crítica

Apesar de não ser a primeira animação da franquia, Resident Evil: No Escuro Absoluto estreia com a tarefa de inaugurar as produções da saga nas mãos da Netflix, que não perdeu tempo e já tem outros dois projetos encomendados — uma série e um filme, ambos live-action.

A série animada apresenta uma história original e canônica, que se passa entre os jogos Resident Evil 4 e Resident Evil 5 e oferece um arco curto, mas competente dentro desse universo.

A trama acompanha o desenrolar de uma guerra civil no país fictício Penamistão, onde uma equipe militar americana foi morta sob circunstâncias misteriosas que, é claro, envolve um pouco de bioterrorismo.

Leon e Claire são os protagonistas, contando a mesma história em pontos de vista diferentes. Ele é um agente especial sob comando do presidente dos EUA, enquanto ela é uma ativista que conduz suas próprias investigações sobre vítimas de armas químicas.

Por ironia (ou não) do destino, os dois sobreviventes de Raccoon City acabam envolvidos no mesmo caso e buscam descobrir o que realmente aconteceu em Penamistão.

Mais um caso de bioterrorismo

Há uma boa dose de inspiração em Resident Evil 2 no clima, estrutura e história por aqui, com direito até a Leon fazendo algumas escolhas duvidosas e Claire usando a clássica jaqueta vermelha de couro.

Mas a série entende que seu formato é diferente do videogame e procura focar mais em diálogos e menos em cenas de ação. Ainda há momentos de luta e tensão contra infectados, que acertam em cheio por serem poucas, diferentes uma das outras e com uma pitada de gore.

No Escuro Absoluto opta por não ter reviravoltas imensas ou acontecimentos chocantes (afinal, sabemos já sobre o futuro de Leon e Claire), mas há pequenas surpresas durante todos os quatro episódios — uma estrutura narrativa que lembra muito as histórias dos primeiros jogos da franquia.

O ritmo de cada episódio é constante e sem enrolações, graças à duração de 25 minutos, só que a quebra entre eles é ruim e um tanto sem nexo, deixando a série parecendo um filme que simplesmente foi picotado.

Mesmo com essa duração curta, a série consegue desenvolver relativamente bem os personagens novos — não a ponto do espectador se importar com eles, apenas entendendo suas motivações — e dar início, meio e fim ao arco.

Em relação ao visual, as animações são bem feitas e mantêm a mesma qualidade durante toda a temporada, desde os detalhes dos cenários até a aparência dos infectados. No entanto, o mesmo não pode ser dito sobre as atuações da dublagem original (em inglês), que teve a dupla protagonista como melhor desempenho, que é dublada pelos mesmos atores de Resident Evil 2.

Já a dublagem em português brasileiro é satisfatória e bem carismática que, apesar de também ter algumas baixas com personagens secundários, é um agrado muito bem-vindo aos fãs da franquia, que estão vendo os jogos de Resident Evil começarem a receber nossa língua só agora.

O objetivo geral de No Escuro Absoluto é entregar um capítulo extra no currículo de Leon e Claire, e isso é cumprido de maneira eficaz. No entanto, o agente recebe mais destaque e é responsável pelos principais acontecimentos da história, deixando Claire um pouco ofuscada e com uma participação que poderia ter sido mais aproveitada.

Um bom Resident Evil para fãs

No Escuro Absoluto faz referência a Resident Evil 4, Resident Evil 2, Resident Evil 5 e conceitos mais gerais da franquia. Então, espectadores novos podem ficar confusos e até perder partes da trama, o que deixa a produção mais voltada para fãs com bagagem.

Com um arco fechado e simples, a primeira temporada de No Escuro Absoluto não decepciona e também não surpreende, acabando rápido demais.

A impressão que passa é que a animação é mais uma introdução para mais temporadas — ou até outras produções do tipo. Até porque há alguns ganchos que foram deixados que dão espaço para isso.

Mas é bom ver um Resident Evil competente e coerente fora dos videogames, depois de tantos fracassos na televisão e no cinema. Agora é torcer para que o mesmo se repita (e seja ainda melhor) com as próximas produções.

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