A nova heroína do universo cinematográfico da Marvel, Coração de Ferro, é alvo de muita expectativa. Não é pouca coisa herdar o legado de Tony Stark, o maior ícone das adaptações do estúdio. A jovem Riri Williams, fez sua estreia no filme Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, e agora assume de vez o protagonismo com uma série própria no Disney+.
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Entrando no ritmo desta nova aventura, preparamos aqui um especial com as principais informações da nova heroína. Coração de Ferro, afinal, tem tudo para ganhar cada vez mais destaque rumo ao confronto com o Doutor Destino na nova fase dos Vingadores.
Origens e poderes
Riri Williams fez sua primeira aparição nos quadrinhos em 2016, no terceiro volume de O Invencível Homem de Ferro, publicado no Brasil pela Panini. Criada pelo roteirista Brian Michael Bendis e pelo artista Mike Deodato, ela rapidamente se destacou como uma das personagens mais promissoras da nova safra da Marvel.
Desde criança, Riri demonstrava uma genialidade fora do comum. Criada em um bairro marcado por dificuldades sociais, encontrou na tecnologia um refúgio e uma paixão. Quando perdeu o padrasto e sua melhor amiga Natalie em um tiroteio, a dor se transformou em motivação. Aos quinze anos, recebeu uma bolsa integral para estudar na MIT, onde começou a desenvolver sua própria armadura, inspirada, é claro, por Tony Stark.
A notícia da morte de Stark foi o estopim para que ela assumisse o manto de Coração de Ferro, determinada a continuar o legado do herói e lutar por justiça — com as próprias ideias, invenções e princípios.
O coração tecnológico de Riri está em sua armadura, criada por ela mesma com tecnologia de ponta e materiais avançadíssimos. Seus principais recursos incluem os famosos disparos repulsores com as mãos, além de voo, sensores avançados, campo de força e comunicação holográfica.
Aliados e inimigos
Riri já protagonizou histórias marcantes nos quadrinhos, interagindo com outros personagens importantes da Marvel. Em The Search for Tony Stark (2018), ela se alia a Pepper Potts e até ao Doutor Destino para encontrar o Homem de Ferro original. Em sua própria série solo, acompanhamos os conflitos entre sua vida pessoal e seu papel como heroína.
A heroína chegou a enfrentar Arno Stark, irmão de Tony, num embate que põe em jogo diferentes visões sobre tecnologia e poder.
Entre seus principais adversários estão também a Dama de Ferro, uma assassina altamente treinada com sua própria armadura mortal, e o Coração Negro (ou Blackheart em inglês), filho demoníaco do famoso vilão Mephisto.
Riri no MCU: o que rolou até aqui
Riri Williams foi introduzida no MCU em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022). Aluna brilhante do MIT, ela cria um detector de Vibranium para um projeto escolar e, sem saber, coloca sua vida em risco. O aparelho é utilizado pela CIA para localizar reservas do metal, o que chama a atenção de Namor, líder da nação submarina Talokan.
A partir daí, Riri é envolvida em uma guerra entre Wakanda e Talokan. Ela sobrevive graças ao sacrifício da Rainha Ramonda e passa a lutar ao lado de Shuri, a nova Pantera Negra, construindo uma armadura com a tecnologia local.
Resolvido o conflito, Shuri e Riri seguem caminhos separados, pelo menos por enquanto. A herdeira do legado de Stark se prepara para continuar o trabalho, agora com mais consciência dos riscos e responsabilidades envolvidos.
A nova série
Criada por Chinaka Hodge e produzida por Ryan Coogler, a minissérie do Disney+ terá seis episódios, lançados em dois blocos semanais (três por vez). Sam Bailey dirige a primeira metade, e Angela Barnes assume a segunda.
Dessa vez, Riri volta para sua cidade natal, Chicago, e vamos conhecer mais sobre sua origem, família e o que a levou a se tornar uma heroína. O elenco inclui Anthony Ramos, Lyric Ross, Alden Ehrenreich e Sacha Baron Cohen — este último, segundo rumores, pode interpretar Mephisto, um dos vilões mais aguardados pelos fãs.
Outro antagonista confirmado é Parker Robbins, o Capuz Vermelho, um criminoso que mistura magia sombria com ambições tecnológicas.
Apesar da origem, Riri Williams não entra no MCU para ter o protagonismo que um dia foi de Tony Stark. Esse papel parece ter ficado com o Peter Parker de Tom Holland. Mas ela representa o futuro da tecnologia desenvolvida pelo Homem de Ferro. Desde que Stark se sacrificou, em Vingadores Ultimato, seu legado ficou em aberto. A Coração de Ferro pode preencher esse espaço sem necessariamente se tornar o centro das atenções dentro dos novos Vingadores.
Além de encerrar a Fase 5 do MCU, a série também marca uma mudança na abordagem da Marvel, que desta vez apresenta uma heroína em um filme antes de dar a ela uma série solo — o oposto do que foi feito com Kamala Khan e She-Hulk. A ideia agora é desenvolver Riri com profundidade e prepará-la para, talvez, encarar papéis maiores no futuro da franquia.
Representatividade e futuro
A passagem de bastão que Riri Williams representa é, evidentemente, bastante simbólica. Assim como aconteceu com Miles Morales nas histórias do Homem Aranha, a Coração de Ferro traz para o centro das histórias a representatividade dos descendentes da diáspora africana, com seus próprios temas, questões e culturas.
A saga de Riri costuma abordar questões sociais e éticas relevantes, como desigualdade, justiça e o uso responsável da tecnologia. Esse último tema, inclusive, é muito mais importante hoje do que era em 2016, quando ela estreou nos quadrinhos, dada a urgência do debate sobre usos éticos da inteligência artificial.
Ainda é cedo para dizer o quão longe Riri Williams chegará dentro das produções da Marvel Studios. Isso depende, como tudo nessa indústria, da recepção positiva do público. Mas, considerando a popularidade do Homem de Ferro original e a boa bilheteria de Wakanda Forever, parece provável que ainda vamos ouvir muito sobre ela nos próximos anos.
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