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Dawntrail é a primeira fase do novo futuro de Final Fantasy XIV | Preview
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Dawntrail é a primeira fase do novo futuro de Final Fantasy XIV | Preview

Fomos até Los Angeles para jogar a expansão e conversar com o produtor Naoki Yoshida

Tayná Garcia
Tayná Garcia
06.jun.24 às 07h00
Atualizado há 12 meses
Dawntrail é a primeira fase do novo futuro de Final Fantasy XIV | Preview
Final Fantasy XIV/Square Enix/Divulgação

30 milhões. Esse é o número de jogadores ativos de Final Fantasy XIV ao redor do mundo atualmente, o que se torna ainda mais impressionante ao considerar que o jogo está prestes a comemorar seu 11º aniversário — e parece que mais anos estão por vir.

Desde a “ressurreição” liderada pelo produtor Naoki Yoshida (também conhecido como Yoshi-P pelos fãs), a franquia Final Fantasy encontrou um espaço no território dos MMORPGs, deixando uma marca tão grande quanto um Summon no gênero.

Isso nos leva a Dawntrail, a quinta expansão do XIV, que promete não desacelerar o ritmo que o jogo construiu até hoje. A convite da Square Enix, viajei até Los Angeles para jogar mais de sete horas (!) e conferir a novidade em primeira mão, além de bater um papo com o lendário Yoshi-P.

Um dia com Dawntrail

Em Little Tokyo, pequeno bairro japonês de Los Angeles, pude participar de um dos célebres “media tour” de Final Fantasy XIV — o meu primeiro. Foi um evento de dia inteiro, em que a imprensa e a mídia puderam colocar as mãos em um trecho de Dawntrail, que deu um gostinho do que veremos na expansão.

A ocasião, é claro, teve a presença do responsável pelo sucesso do MMO. Mesmo após 10 anos, Naoki Yoshida se mostrou empolgado e dedicado ao jogo, chegando até a se preocupar e perguntar aos jornalistas se a tela inicial da expansão não estava “brilhosa demais” ao ponto de incomodar os olhos dos jogadores.

O local do evento estava todo temático, com muitos pôsteres, decorações e até mocktails inspirados nos novos jobs (Imagem: Tayná Garcia/Reprodução)

O produtor também afirma (com empolgação) que o número de fãs tem aumentado ao decorrer dos anos. Para efeitos de comparação, o pico registrado de jogadores em A Realm Reborn (2013) foi quatro milhões, enquanto Endwalker (2021) teve 25 milhões — um salto de 21 milhões em oito anos.

A nova expansão, então, é uma tentativa de manter o crescimento e a constância de conteúdo, sendo o primeiro passo de um novo futuro. Para isso, Yoshi-P avisa que podemos esperar que XIV evolua ainda mais como MMO, e não apenas em narrativa.

Antes de entrar em território de primeiras impressões, no entanto, é preciso avisar que a “build” que joguei de Dawntrail não é a versão final da expansão, e é possível que mudanças tanto de jogabilidade quanto de gráficos sejam feitas até o lançamento.

Dawntrail também é uma tentativa para deixar o jogo mais “palatável” para jogadores solo (Imagem: Square Enix/Divulgação)

Em termos de história, Dawntrail é ambientado dois anos após a conclusão da épica saga de Hydaelyn e Zodiark, em Endwalker (2020). São várias novidades que chegam com a expansão, então listei as principais para você, caro leitor, não ficar perdido (e nem eu):

  • Uma história inédita em Tural, um novo continente;
  • A introdução da versão feminina da raça Hrothgar (finalmente!);
  • Mais variações de dungeons, deep dungeons, trials, unreal trial e raids;
  • Aumento do nível máximo para 100;
  • Melhorias gráficas para todo o jogo (incluindo Free Trial e expansões passadas);
  • Novos jobs: Viper e Pictomancer (que logo falaremos sobre);
  • Novo job limitado: Beastmaster.

Com isso em mente, pude explorar três regiões de Tural logo de cara: a capital litorânea Tuliyollal; a área montanhosa de Urqopacha; e a aldeia colorida de Kozama’uka.

Apesar de Yoshi-P afirmar que nenhum país foi usado de inspiração direta para a ambientação, é inevitável sentir um toque latino no novo continente — além dos nomes dos locais. Há muitas artes têxteis e estruturas que se assemelham à arquitetura inca em todo canto.

“Não tentamos recriar nenhum país por assim dizer. Mas nosso foco, principalmente na história, foi retratar diferentes valores e pessoas que vão oferecer novas experiências aos jogadores. Vocês vão ver culturas diferentes, além de uma variedade imensa de história e cultura. [...] E até há algumas áreas que referenciam o Brasil de alguma maneira. Mas o foco é assegurar que acertamos e fomos respeitosos com a essência da proposta”, afirmou o produtor ao NerdBunker.

As três regiões que explorei têm pequenos povoados com novos aliados, e as áreas abertas estão regadas de inimigos com um estilo pré-histórico — o que, curiosamente, combina com a estética de Tural. O mesmo pode ser dito sobre a trilha sonora, que apresenta um tom levemente “selvagem” e otimista, transmitindo a sensação de “nova aventura” da proposta de Dawntrail. É, Masayoshi Soken ataca mais uma vez!

Os novos jobs de Dawntrail

Até o momento, Final Fantasy XIV apresenta 20 jobs (as classes do jogo) ao todo, mas o número aumenta com Dawntrail, que adiciona mais dois DPS.

Viper é um Melee DPS — ou seja, focado em dano a curta distância — e usa uma lâmina dupla (que pode ser combinada em uma só) para atacar. A jogabilidade se baseia principalmente em sequências de três combos, então exige que a mente esteja afiada na memorização.

O job, no entanto, é bem “direto ao ponto” de forma geral, com uma curva de aprendizado similar à do Reaper. Há habilidades bem eficazes para ataques contra um único inimigo, além de skills de cura, dash (corrida rápida) na direção de um membro do grupo e um estado de “despertar” para golpes poderosos e únicos.

Só não senti tanto estilo nos efeitos e animações dos ataques do Viper — algo que não posso dizer sobre a outra classe que também chega com a expansão.

Tenha em mente que jogamos com Viper e Pictomancer de nível 100 (o novo máximo!), então todas as habilidades já estavam desbloqueadas (Imagem: Square Enix/Divulgação)

Pictomancer é um Magical Ranged DPS, em que o foco é combate à distância com lançamento de feitiços. Com um conceito lúdico, a classe se baseia na ideia de que a imaginação do jogador se materializa por meio do pincel.

Assim, a jogabilidade consiste em dois pilares: a mecânica de Gauge que é preenchida com habilidades de cores primárias (o que é bem simpático por conversar com o conceito da classe); e um sistema de canvas, com três telas em branco, em que você faz pinturas para desencadear combos poderosos.

Soa complicado — e realmente é! Pictomancer é um job com combos bem específicos, apresentando uma curva de aprendizado alta. Os “cooldowns” (tempo de espera para ativar uma habilidade) são consideráveis, o que faz um único erro custar caro. Além de não ter cura, apenas recuperação de MP.

Certamente é uma classe exigente, que o jogador só realmente domina após muitas horas de treino. Algo curioso e chamativo, no entanto, é que as habilidades têm uma estética diferente do visual padrão do jogo, algo que precisou ser refeito oito vezes até a equipe acertar, segundo Yoshi-P.

Os canvas ocupam um bom espaço na tela, fazendo com que o jogador cuide mais com o posicionamento da câmera (Imagem: Square Enix/Divulgação)

Dawntrail também adiciona mudanças em alguns jobs já existentes, principalmente Dragoon, Monk, Black Mage e Astrologian. O quarteto passou por um “rework” (uma reformulação), com alterações que mexem com as rotações.

Além disso, há um ajuste geral na jogabilidade básica do XIV: as habilidades vão passar a ter um sistema de substituição na interface. Ou seja, o primeiro golpe de um combo é automaticamente substituído pelo segundo — eliminando a necessidade de ambos estarem equipados na “hotbar”.

É uma mudança significativa, principalmente para os jogadores que usam controle em vez de teclado e mouse, uma vez que dependem de uma “hotbar” mais enxuta.

Não pudemos espiar nada sobre a história no “media tour”, nem fazer missões principais ou ter conversas com NPCs (Imagem: Square Enix/Divulgação)

Com Viper e Pictomancer, pude testar uma dungeon (de quatro membros) da expansão, que começa em uma balsa no meio da chuva e termina em uma luta contra um chefão imenso, com golpes capazes de surpreender até jogadores mais veteranos. Fica apenas o aviso de que o posicionamento continua como um dos pilares do combate!

Entre aldeias, jobs e dungeons, o “media tour” também ofereceu uma espiada nas melhorias gráficas que serão adicionadas com Dawntrail. A versão testada no evento, no entanto, não é a final — o que, curiosamente, acaba sendo uma boa notícia. Isso porque melhorias em iluminação e de textura em roupas, vegetação, cidades e objetos estavam nítidas, então é possível que o upgrade chegue ainda mais polido no lançamento.

Início de uma alvorada

Como era de se esperar, mais de sete horas com Dawntrail serviram como um vislumbre do conteúdo parrudo da expansão, cujas novidades e propostas têm potencial para dar uma boa mexida no jogo após o épico Endwalker.

Yoshi-P ainda soltou que os desenvolvedores já pensam nas próximas fases após Dawntrail — então há ainda mais por vir! (Imagem: Square Enix/Divulgação)

Há 11 anos, os fãs de Final Fantasy XIV viram o renascimento de um reino pelas mãos de Naoki Yoshida. Agora, o jogo está prestes a entrar em uma fase parecida, mas que não é exatamente um recomeço, sendo uma nova aventura com potencial para revigorar o legado do MMO — como um amanhecer, fazendo jus ao título do novo capítulo.


Final Fantasy XIV está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Dawntrail será lançado no dia 2 de julho, e terá acesso antecipado a partir do dia 28 de junho para os jogadores que adquiriram a expansão na pré-venda.

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