A Epic Games, a dona de Fornite e da Unreal Engine, demitiu cerca de 830 funcionários, o que equivale a 16% dos trabalhadores totais da empresa.
A informação foi revelada pelo CEO Tim Sweeney em email geral, mais tarde publicado no site oficial da Epic. O motivo, segundo o próprio, foi por conta de expectativas irrealistas de lucro após os grandes investimentos em novas tecnologias feitos pela empresa.
“Andamos gastando mais dinheiro do que que ganhamos há um tempo, investindo na evolução da Epic e crescendo Fortnite como um ecossistema para criadores, inspirado pelo metaverso. Sempre fui otimista de que passaríamos por essa transição sem demissões em massa mas, em retrospecto, vejo que isso foi irrealista.[...] Concluímos que demissões em massa são a única forma de prosseguir, e que fazê-las agora e nessa escala vão estabilizar nossas finanças.”
Na carta, Sweeney ainda detalhou medidas que a Epic tomou para cortar custos ao redor do mundo, como diminuir gastos em marketing e eventos, além de garantir que os funcionários receberão todos os seus direitos — incluindo nas demissões de trabalhadores na vertente brasileira da empresa.
O CEO explica que “cerca de dois terços das demissões foram nas equipes paralelas aos produtos principais”, ou seja, os times por trás de Fortnite e da Unreal Engine não foram tão afetados quanto outras áreas da empresa. Por fim, o email garante que não haverão mais demissões em massa na Epic.
No Twitter, diversos desenvolvedores manifestaram frustração com o estado atual da indústria de games, repudiaram a decisão da empresa e mandaram solidariedade aos funcionários demitidos pela Epic.
O corte de gastos da Epic vem em um ano marcado por várias crises na indústria de jogos, incluindo frequentes demissões em massa em estúdios pelo mundo todo e uma possível greve dos atores de videogames.
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Fonte: Epic Games