Após quase dez anos de espera, Dragon Age: The Veilguard marca o retorno de uma das principais franquias de RPG da indústria de games — chegando com a “leve” pressão de superar o antecessor, Dragon Age: Inquisition (2014), que foi até condecorado como Jogo do Ano no lançamento.
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Com as expectativas no topo, parece que a BioWare está disposta a adicionar alguns ajustes e mexer na fórmula clássica para dar o próximo passo de Dragon Age, sendo convidativo a uma nova geração de jogadores.
Tivemos a oportunidade de assistir à primeira hora de The Veilguard, em uma apresentação a portas fechadas na Summer Game Fest 2024 — e o que vimos aponta para um jogo com muita ação, escolhas e criação detalhada de personagens.
Um começo familiar
Essa é a primeira vez que um Dragon Age apresenta opções de personalização de corpo inteiro, o que é um bom resumo para exemplificar um dos pilares de The Veilguard: o sistema de criação do protagonista.
A ideia dos desenvolvedores é oferecer ferramentas o suficiente para cada jogador “ser quem ele quer ser”, o que inclui cabelos com física de movimento, diferentes tons de pele e uso de pronomes. Toda armadura e vestimenta ainda se adapta perfeitamente ao corpo do personagem, independente da estatura.
Além do visual, a criação também inclui quatro raças disponíveis — Humano, Elfo, Anão e Qunari —, três classes iniciais — Guerreiro, Mago e Ladino — e seis facções que servem como história de origem, desbloqueando opções únicas de falas e escolhas ao decorrer do jogo.

A história de The Veilguard gira em torno de Solas, um deus élfico com o objetivo de destruir o Véu — a barreira entre o mundo físico e o reino espiritual — para amplificar as habilidades dos elfos. Isso, no entanto, pode acarretar a destruição do mundo, e é aí que entra Rook, o protagonista, para tentar impedir a catástrofe.
Algo curioso é que, após o fim da primeira cutscene, o jogo começa com uma escolha logo de cara. Você está num bar em busca de informações sobre Solas e pode sair de uma enrascada na lábia ou na porrada. Segundo a diretora Corinne Busche, começar com uma decisão do jogador foi proposital para fazer jus a uma das marcas da franquia: as escolhas afetam a trama.
Toda a situação leva a um cenário caótico na cidade, onde Rook se junta a Varric e Harding para impedir um ritual do Solas. A ambientação é escura e realista, aparentando um bom polimento e um sistema impressionante de iluminação. Busche ainda ressalta que cada cantinho foi feito com cuidado pelos desenvolvedores, além de avisar que locais que até então só foram citados no universo de Dragon Age vão finalmente aparecer em The Veilguard.

Com foco tático, a jogabilidade mantém a identidade da franquia, com três habilidades principais, ultimate, comandos para companions e opções para combos. Os desenvolvedores ainda ouviram o feedback da comunidade e trouxeram “healing magic” (ou seja, cura por magias) de volta, independente da classe escolhida.
Há também a roda de habilidades no esquema de “pause and play”, em que o tempo congela para o jogador pensar (com calma) na próxima estratégia. Isso, no entanto, é algo opcional, e é possível realizar todos os ataques e feitiços com atalhos para gerar uma dinâmica mais fluida.
A apresentação, porém, foi do início do jogo, então pudemos bisbilhotar poucas habilidades em prática, o que limitou (e muito) para ver o potencial e a variedade da jogabilidade.

Após uma hora com Dragon Age: The Veilguard, vimos um game com bastante foco em ação, escolhas, sistema de relacionamentos e liberdade de criação — sendo perceptível que a BioWare quer manter a essência da franquia, mas sem deixar de dar algumas mexidas. Isso faz o projeto ser atraente tanto para fãs de longa data quanto para um novo público, mas que também pode ser algo divisivo para a comunidade.
Seja como for, só nos resta esperar para ver a versão final que nem está tão longe assim, uma vez que Busche afirma que o jogo está pronto, e que a equipe já se foca na fase final de polimento e correção de bugs.
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