Astro Bot é o jogo que o mascote da PlayStation sempre mereceu

Astro’s Playroom é uma experiência curtinha e gratuita do PlayStation 5, criada para demonstrar os recursos inusitados do controle DualSense no lançamento do console. Só que acabou conquistando muitos corações por aí (incluindo o meu!) e, agora, estamos prestes a receber a primeira aventura completa do pequeno mascote.

Durante a semana da Summer Game Fest 2024, em Los Angeles, o NerdBunker foi convidado pela PlayStation para jogar cerca de 45 minutos de Astro Bot, além de bater um papo com o diretor criativo Nicolas Doucet — para dar uma espiada no que está por vir.

Esse tempinho com o jogo rendeu uma dose incrível de diversão, muitas risadas e até mesmo uma sensação de “voltar no tempo”, que só nos fizeram ficar ansiosos por mais.

O verdadeiro “playroom”

Logo de cara, é perceptível que Astro Bot é maior em escopo e mais ambicioso do que as experiências passadas da franquia.

Segundo Doucet, o jogo terá 80 fases ao todo em 50 planetas diferentes, sendo que muitos terão mecânicas exclusivas. Toda a estrutura também foi pensada para fazer sentido como um todo — ao contrário de Astro’s Playroom, que era composto por várias fases soltas.

Ao todo, pudemos jogar cinco fases, sendo três da campanha principal e dois desafios secretos (que são curtos, porém mais difíceis).

A dupla principal do teste apresenta dois mundos diferentes, em que um é ambientado numa floresta e o outro num mundo magnético. Ambos têm o foco de apresentar uma clássica aventura do gênero de plataforma 3D — e acertam em cheio na proposta, com exploração transversal, elementos interativos e uma jogabilidade rápida e intuitiva.

Os cenários são muito vivos e coloridos, com vários detalhes, coletáveis, moedas, inimigos e até NPCs amigáveis por todo lado, tanto que, em vários momentos, até fiquei sem saber o que fazer primeiro por ter tantas opções.

Cada ambientação também teve uma mecânica exclusiva: a floresta conta com um equipamento para inflar o personagem e flutuar por alguns segundos, e o magnético com uma espécie de ímã e um jato. Os itens são usados para a resolução de quebra-cabeças de plataforma, que são simples, mas desafiadores o suficiente para colocar você para pensar por alguns segundos.

Os comandos são parecidos com Astro’s Playroom, com o diferencial ficando para as mecânicas exclusivas das fases, que mudam a dinâmica do jogo. A jogabilidade é propositalmente rápida para não ter espaço para frustrações ao “morrer”, colocando o jogador para tentar de novo logo em seguida, o que o faz ser convidativo a todo público.

Esse aspecto de “agilidade” é intensificado pela trilha sonora e pelos efeitos sonoros do DualSense. Durante o teste, a própria equipe da PlayStation pediu para ninguém usar headsets para ouvir os sons que saem do controle ao jogar. Isso porque cada ação gera não apenas um efeito tátil, como vibrações localizadas, sensor de movimento e gatilhos mais resistentes, mas também sons variados — que atuam como um complemento cativante da experiência. Usar o ímã, por exemplo, causa um endurecimento incomum nos gatilhos e sons metálicos impressionantes, que adicionam uma camada extra de imersão.

Para explorar tanto o DualSense, Doucet conta que há uma equipe focada nisso no estúdio Team ASOBI, apelidada de “DualSense 2.0”. Mas, curiosamente, o diretor criativo afirma que ninguém teve problemas para pensar em novas maneiras de usar os recursos do controle, uma vez que são muitos: “Esse controle tem muito a oferecer, então, se você continuar fuçando e testando, ele vai continuar te dando retorno”, completa.

A terceira fase principal do teste é, na verdade, uma luta contra um chefe: o polvo gigante que aparece no trailer de anúncio do jogo. Como fã de chefões mirabolantes, ouso dizer que foi o momento mais divertido, principalmente por ter dado de cara com uma criatura imensa e desafiadora, com múltiplas fases que mudam a estratégia de ataque, além de exigir atenção ao posicionamento.

A maior surpresa foi a parte final da luta, na qual a arena se expande e coloca obstáculos entre o jogador e o chefão. Então, é preciso saltar entre plataformas e desviar das ondas do mar até alcançar o polvo novamente e dar continuidade ao combate. Isso dá uma mexida na dinâmica, que adiciona uma dose imensa de adrenalina à jogabilidade.

Por fim, os desafios secretos são fases de quebra-cabeças de travessia, com cenários simples em visual, mas complexos em level design. Há muitas plataformas, elevações, inimigos e dispositivos fatais que atuam como obstáculos — e o objetivo é chegar vivo até o final. Eles colocam as habilidades do jogador à prova, e são divertidíssimos para quem gosta de um desafio a mais.

Explosão de diversão

A experiência, de forma geral, pode ser resumida como uma dose explosiva de diversão e carisma. Não apenas testei todas as fases do evento, como fiquei tão imersa na experiência que cheguei a concluir tudo com 100% por lá (!).

Como amante de jogos de plataforma, Astro Bot aparece como o projeto que o pequeno mascote da PlayStation sempre mereceu e teve potencial para entregar, além de me fazer “voltar no tempo” para a época em que eu jogava clássicos do gênero, como Banjo-Kazooie e Jak and Daxter, na infância. Todo o coração, a diversão e a criatividade que o gênero exige está ali — e eu mal posso esperar para jogar a versão completa.

Astro Bot será lançado no dia 6 de setembro para PlayStation 5.

Aproveite e conheça todas as redes sociais do NerdBunker, entre em nosso grupo do Telegram e mais - acesse e confira.