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Diretores de Pânico 6 querem tirar fãs da franquia da “zona de conforto”
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Diretores de Pânico 6 querem tirar fãs da franquia da “zona de conforto”

Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett conversaram com o NerdBunker sobre o que os fãs podem esperar do novo filme

Gabriel Avila
Gabriel Avila
20.jan.23 às 11h30
Atualizado há cerca de 2 anos
Diretores de Pânico 6 querem tirar fãs da franquia da “zona de conforto”
(Pânico/Paramount/Reprodução)

Pânico voltou aos cinemas em 2022 com um filme que reviveu a franquia prestando muitas homenagens ao longa original. O sucesso da produção levou a Pânico VI, que promete tomar o caminho contrário e fazer diferente para surpreender os fãs da saga. Ao menos, esse foi o grande objetivo dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett.

A convite da Paramount, o NerdBunker teve a chance de conversar (novamente) com os cineastas, que explicaram que Pânico 6 foi criado com base em três mandamentos: “nos deixar orgulhosos, se sustentar por si próprio e não ser como Pânico 5”. Para a dupla, o primeiro passo foi “ter certeza de que não seria uma cópia do que fizemos antes”.

“Com Pânico VI, quisemos nos afastar das homenagens e referências mais óbvias. Há muitos tributos no filme, porque ainda é Pânico, não se preocupe. Mas queríamos meio que fazer nossa própria versão disso, sabe? Um dos nossos guias no processo foi a pergunta ‘como fazemos para que isso não seja um cobertor quentinho como Pânico 5 foi?’. Queríamos que essa fosse uma nova experiência.”

Para a dupla, o resultado desse planejamento foi uma abordagem diferente que resultou em um filme como nunca haviam feito antes. Porém, isso não significa que eles tenham abandonado as particularidades da franquia:

“Ainda teremos todos os ingredientes que amamos em Pânico: emoção, ação, aventura e o terror, é claro. Ghostface ainda é uma ameaça gigantesca, mas brincamos com as coisas que os personagens passam. Tentamos uma abordagem diferente.”

Adeus a personagens clássicos e retornos esperados

Outra grande diferença é que Pânico VI não contará com Sidney (Neve Campbell) e Dewey (David Arquette), dois dos personagens principais em todos os outros filmes da saga. Questionados sobre a ausência de dois dos pilares dessa série, os diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett definiram a questão como um dos grandes desafios para o novo filme:

“Esses personagens são muito importantes para nós e para os fãs. Acho que levamos a ausência de Sidney muito a sério, no sentido em que gostaríamos de entregar algo rico, emocionante e com nuance, para demonstrar o valor dela para nós. Acho que levamos esse desafio muito a sério e ele nos forçou a cavar fundo nos personagens que retornam e nos novos.”

Sidney Prescott e Dewey em cartazes de Pânico (Divulgação/Paramount) Sidney e Dewey, duas grandes ausências de Pânico VI (Divulgação/Paramount)

Porém, nem tudo é despedida. O lançamento terá o aguardado retorno de Kirby, de Pânico 4 (2011). Segundo os diretores, a ideia era incluir a personagem de Hayden Panettiere já no quinto filme. Porém, acabaram desistindo porque não aprofundar o que aconteceu à personagem nos últimos 10 anos seria um “desserviço”.

Com isso, eles incluíram uma rápida aparição no quinto como uma dica de que ela estaria envolvida no próximo filme – caso ele fosse feito. “Ficamos realmente empolgados com a ideia de explorar onde ela está agora e o que passou”, dizem os diretores.

Após a confirmação da sequência, a equipe retomou o contato com Panettiere, cujo retorno trouxe um sabor único à produção:

“Trabalhar com ela foi como um sonho. Ela é um amor, muito bacana e talentosa. Assisti-la trazer Kirby de volta dez anos depois enriqueceu o filme. Faz ligação com o passado, mas traz novidade. É simplesmente empolgante.”

Hayden Panettiere de volta como Kirby em Pânico VI (Paramount/EW/Divulgação) Hayden Panettiere de volta como Kirby em Pânico VI (Paramount/EW/Divulgação)

Pânico em Nova York

Uma das grandes novidades do novo filme está na ambientação. Ao invés da fictícia cidade de Woodsboro, cenário da maior parte da saga, Pânico 6 se passa na grande cidade de Nova York. Para os diretores, levar Ghostface para um local maior e mais populoso foi uma das partes mais empolgantes do projeto.

Os cineastas afirmam que a escolha não foi “superficial”, já que a arquitetura da cidade influenciou muito da ação e das grandes sequências do filme:

“Vamos dizer que há grandes sequências muito específicas ao cenário de Nova York e elas são realmente empolgantes e interessantes, da mesma forma que as de todos os filmes de Pânico. Todas as mortes são muito distintas e únicas neste filme.”

Citando como exemplo a cena do metrô, que pode ser vista no primeiro trailer, a dupla explicou que a cidade impactou diretamente no planejamento das mortes: “Todas elas precisam se encaixar no que se espera de um local como Nova York”.

Ghostface, o assassino de Pânico VI, no metrô O assassino Ghostface no metrô de Nova York

Segundo os diretores, a forma como algumas mortes acontecem em Pânico 6 foi planejada conforme a equipe procurava locações para servir de cenário. Apesar dos novos ares, a ideia é ser fiel a um elemento fundamental da saga:

“Queríamos que a cidade fosse como um personagem da mesma forma que os outros filmes tratam Woodsboro como um personagem. Queremos que importe o fato de a história se passar lá.”

Pânico VI conta com o retorno de Courteney Cox como Gale e os sobreviventes do quinto filme, como Melissa Barrera, Jasmin Savoy-Brown e Mason Gooding. Entre os novos rostos estão Samara Weaving (Casamento Sangrento) e Tony Revolori (Homem-Aranha).

O longa chega aos cinemas brasileiros em 9 de março.

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