Ana Moser, atual Ministra do Esporte do Brasil e ex-jogadora de vôlei, declarou que esports não são verdadeiros esportes. De acordo com ela, o governo federal não irá investir no segmento competitivo de jogos eletrônicos.
Moser acredita que os esports fazem parte da indústria de entretenimento. O treinamento dos atletas desse mercado foi comparado "ao da cantora Ivete Sangalo".
Em entrevista para o UOL (via Ge), a ministra comentou:
"O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte."

Ana Moser também mencionou a ONG "Atletas pelo Brasil" e a Lei Geral do Esporte, cuja proposta está em tramitação no Senado e não inclui as disputas virtuais.
"O texto está lá protegendo o esporte raiz. Na definição de esporte, tinha sido dado uma abertura que poderia incluir esporte eletrônico, e a gente fechou essa definição para não correr esse risco."
A discussão sobre os esports já é antiga e não há um consenso até hoje. Em 2022, o Comitê Olímpico Internacional (COI) descartou a possibilidade de inserir títulos eletrônicos no seu quadro de atividades. No entanto, os Jogos Olímpicos Asiáticos mais recentes tiveram competições nessa modalidade, com entrega de medalhas. Singapura também será sede da Semana Olímpica de Esports em 2023.
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De acordo com dados da Newzoo (via Ge), a indústria de esports faturou mais de US$ 1 bilhão em 2021. Na final do Campeonato Mundial de League of Legends (Worlds) de 2019, o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking de países com mais espectadores, atrás apenas da China e Estados Unidos.