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Planeta com densidade de algodão doce é descoberto por cientistas
Ciência e Tecnologia

Planeta com densidade de algodão doce é descoberto por cientistas

Só existe um corpo celeste mais leve que o "WASP-193 b" em toda a história catalogada até então

Saori Almeida
Saori Almeida
17.mai.24 às 16h00
Atualizado há 12 meses
Planeta com densidade de algodão doce é descoberto por cientistas
NASA/Reprodução/Edição NerdBunker

Uma equipe de cientistas encontrou uma surpresa bastante fofa no universo. Um novo exoplaneta foi descoberto, e esse corpo celeste tem densidade tão baixa quanto um algodão doce.

A descoberta por realizada pelo Laboratório Exotic da Universidade de Liège, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e o Instituto de Astrofísica da Andaluzia.

O exoplaneta foi chamado de "WASP-193 b" e está localizado a cerca de 1.200 anos-luz da Terra — orbitando uma estrela como o Sol a uma distância de aproximadas 6,3 milhões de milhas (10,138 milhões de quilômetros). Ele é praticamente 50% mais largo que Júpiter, mas possui pouco mais de um décimo da massa do gigante do nosso Sistema Solar.

Dando detalhes mais aprofundados, a Terra tem uma densidade de 5,5 gramas por centímetro cúbico, enquanto o novo exoplaneta ostenta apenas 0,059 gramas por centímetro cúbico. Um algodão doce, por sua vez, tem uma densidade de cerca de 0,05 gramas por centímetro cúbico.

Tais características fazem da novidade o segundo planeta mais leve do catálogo de exoplanetas existente na história — que inclui mais de 5.400 astros. O único corpo celeste com densidade menor que o novato "WASP-193 b" se chama "Kepler 51 d".

Nas palavras de Khalid Barkaoui, colíder da equipe de descoberta:

“O planeta é tão leve que é difícil pensar num material análogo, em estado sólido. A razão pela qual ele é próximo do algodão doce é porque ambos são feitos principalmente de gases leves. O planeta é basicamente super fofo."

Barkaoui ainda acrescenta que “encontrar esses objetos gigantes com uma densidade tão pequena é muito, muito raro”. O "WASP-193 b", então, seria um caso extremo de uma classe de planetas chamada "Júpiteres inchados" — que é um mistério para a ciência há 15 anos.

A equipe do MIT encontrou o novo exoplaneta usando o sistema Wide Angle Search for Planets (WASP), composto por dois observatórios robóticos e conjuntos de telescópios. Um ponto interessante é que foram necessários quatro anos de observações para detectar um sinal de “oscilação” de estrela e determinar a massa do gigante gasoso em questão.

De acordo com Julien de Wit, membro da equipe de pesquisadores do MIT, e com o colíder Francisco Pozuelos:

"Normalmente, grandes planetas são muito fáceis de detectar, porque são massivos e provocam uma grande atração em suas estrelas. Mas o complicado com nesse planeta foi que, apesar de ser grande - enorme - a massa e densidade são tão baixas que se tornaram realmente muito difíceis de detectar apenas com a técnica da velocidade radial. [...]

Não sabemos onde colocar esse planeta em todas as teorias de formação que temos nesse momento, porque ele é uma exceção de todas elas. Não podemos explicar como o corpo celeste foi formado com base em modelos clássicos de evolução.”

O estudo que descreve a descoberta do "WASP-193 b" foi publicado na revista Nature Astronomy.

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Fonte: Space.com, CNN

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