A primeira temporada da série de The Last of Us chegou ao fim na noite de domingo (12), quando o nono episódio foi ao ar na HBO e HBO Max.
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Como era de se esperar, o capítulo finaliza a história de Joel e Ellie em The Last of Us Part I. E, acredite, ninguém (principalmente quem não jogou o game) está preparado para ele.
[Atenção! A partir de agora, spoilers de The Last of Us]
De forma surpreendente, o episódio final começa com uma volta ao passado, mostrando o nascimento de Ellie e revelando como ela é imune ao Cordyceps.
As cenas iniciais acompanham Anna, a mãe da personagem, que é interpretada por Ashley Johnson, atriz e dubladora que interpretou Ellie nos jogos. Johnson interpretar Anna, quem literalmente deu a vida à protagonista, é simbólico e uma referência singela da adaptação, que ressoa com quem já é fã da franquia.
Anna está grávida e aparece fugindo de um infectado em uma floresta até encontrar refúgio em uma casa vazia (muito parecida com a fazenda de The Last of Us Part II, vale ressaltar). No entanto, ela ainda acaba sendo mordida pela criatura enquanto está em trabalho de parto e, poucos segundos depois, dá à luz à pequena Ellie.
Marlene chega ao local, e descobrimos a forte amizade da personagem com Anna, que pede para ela proteger e cuidar de Ellie. A cena termina de forma impactante, com Marlene atirando em Anna como um ato de compaixão.
A sequência inédita preenche lacunas deixadas pelos jogos, expandindo a lore da franquia de uma maneira que os fãs esperavam, sendo a maneira perfeita de iniciar a finale. O episódio, então, volta ao tempo presente com Joel e Ellie.

A caminho de Salt Lake City e com uma ambientação que parece ter saído diretamente do game, Joel aparece todo “paizão”, planejando jogos de tabuleiro e aulas de violão para Ellie. No entanto, ela está quieta e retraída, mostrando que os acontecimentos com David deixaram uma marca.
Então, temos um dos momentos mais marcantes de The Last of Us: a cena com as girafas. Com a mesma trilha sonora, enquadramentos de câmera e diálogos, o momento é recriado de forma fiel e transmite o mesmo peso sentimental entre os personagens.
No entanto, é uma cena inédita da série que retrata e resume perfeitamente a relação entre os dois. Joel revela que tentou se matar após a perda de Sarah, mas hesitou na hora de puxar o gatilho e que, agora, está feliz por isso. Ellie, então, diz que o tempo cura tudo e Joel responde: “Não foi o tempo que curou”. É um momento profundo e reflexivo, que mostra como a jornada mudou os personagens, com uma atuação emocionante de Pedro Pascal.
Logo em seguida, a dupla abre o livrinho de piadas da Ellie para melhorar o humor após o papo sério e, em uma cena com um jogo de câmera inteligente, vemos alguém atacá-los com uma granada de luz – e os dois ficam inconscientes.
Joel acorda sozinho e logo descobre que eles finalmente encontraram os Vaga-lumes. De forma mais profunda, Marlene explica que Ellie é imune porque já nasceu com o Cordyceps em seu DNA. Então, ao ser mordida por um infectado, o fungo entende que já existe a presença do Cordyceps no corpo e não se prolifera. Com isso, o médico do grupo rebelde acredita que consegue produzir uma cura. No entanto, o Cordyceps cresce no cérebro, o que significa que custará a vida de Ellie.
Joel não aceita a notícia e, em uma sequência de violência, ele começa a matar os Vaga-lumes um a um até a sala de cirurgia. O momento apresenta um tom fúnebre e pesado, intensificado pelo rearranjo sombrio da música tema de The Last of Us como trilha sonora. Joel mata todos que tentam impedi-lo, até mesmo o cirurgião e Marlene.
A cena de Joel no hospital é impactante, mesmo para quem já está familiarizado com o jogo, o que é um grande acerto. Em alguns minutos, fiquei até desconfortável com a sequência na série, pela maneira como foi construída. Todo o tom do momento é mais sombrio e pesado, graças à fotografia e mixagem de som. A cena de Joel pelo hospital é longa e lenta, focando em cada pessoa morta pelo protagonista enquanto o som das balas da arma são destacados.

O episódio termina seguindo os passos do jogo. Joel mente para Ellie, afirmando que os Vaga-lumes não encontraram uma maneira de produzir uma cura. Os dois, então, vão para a comunidade de Tommy em Jackson, mas acabam tendo uma conversa antes de chegar lá, em que Ellie relembra as mortes de Riley, Tess e Sam, e Joel se mantém firme na mentira sobre o que aconteceu no hospital.
Não pode ser em vão
De forma exemplar, o capítulo finaliza a jornada de Joel e Ellie de The Last of Us Part I com fidelidade e, ao mesmo tempo, encontra espaço para preencher lacunas importantes da história, que nunca foram preenchidas pelos jogos. Com isso, a adaptação se manteve coerente para novos espectadores e ainda foi relevante para fãs já antigos ao agregar informações inéditas da franquia.
Apesar da duração relativamente curta de 43 minutos, o episódio aborda com cuidado todas as questões delicadas e complicadas da história, que vão continuar gerando muito debate na comunidade. O impacto das ações de Joel e do final aberto da história no espectador é grande, principalmente para quem conheceu a história pela primeira vez com a série, reproduzindo o que o jogo alcançou em 2013.
A primeira temporada de The Last of Us está disponível na íntegra no HBO Max. A segunda temporada da série já foi confirmada.
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