Muitos jogadores foram pegos de surpresa durante a BlizzConline com o anúncio de Diablo II: Resurrected, uma remasterização do clássico da Blizzard, prevista ainda para 2021.
Para entender melhor o que está por vir das profundezas do inferno, tivemos a oportunidade de conversar com o designer Andre Abrahamian e o produtor Matthew Cederquist, que detalharam várias informações sobre o jogo.
Visual moderno, essência original
A principal filosofia por trás do desenvolvimento de Diablo II: Resurrected é “encontrar a diversão”, conforme explica Abrahamian. A ideia consiste em entender o que será divertido para um jogador ao revisitar um clássico.
A resposta foi fazer uma remasterização para manter tudo que fez Diablo II um dos RPG de ação mais relevantes da indústria, mantendo “a alma do jogo intacta” tanto para fãs de longa data quanto para novos jogadores.
Então, o objetivo do projeto foi dar uma roupagem inédita, com visual 3D e áudios aprimorados, mas manter basicamente a mesma jogabilidade com poucos ajustes, que serão feitos apenas para “modernizar” o jogo — como pequenas mudanças na interface para mostrar mais janelas de status ao mesmo tempo, tornando a navegação mais fluída e rápida, por exemplo.
“Terá um visual incrível, mas vai parecer o mesmo [jogo]”, reforça Cederquist ao explicar como Resurrected se trata sobre entregar a mesma experiência, mas a melhor possível para os dias atuais.
Apesar de não dar um tempo exato, os desenvolvedores contaram que o desenvolvimento começou já há algum tempo e está sendo feito em um novo motor gráfico.
A nova arte que os jogadores vão ver é do novo motor gráfico 3D que construímos em cima do jogo, então tudo está rodando pela simulação do jogo original que está por baixo [desse motor]. Isso significa que, na essência, ainda é o mesmo jogo. Por isso que tudo será tão fiel e autêntico ao original. [...] É um novo motor, renderizando Diablo II em 3D.
A busca pela autenticidade também aparece em opções que ficarão disponibilizadas para os jogadores mais nostálgicos, como a arte e a trilha sonora originais. “Estamos sempre a um botão de distância de revisitar o original”, conclui Abrahamian.
Um projeto em desenvolvimento
A conversa com os desenvolvedores também deixou claro que é um projeto que ainda não está em uma etapa tão avançada do desenvolvimento, então algumas coisas podem mudar até o lançamento.
Cederquist reforça que não há planos para crossplay por enquanto, enquanto Abrahamian ressalta que a equipe não está trabalhando em conteúdo inédito para o game. Mas tudo em um tom de “pelo menos, por enquanto”.
Segundo a dupla, a equipe está ansiosa para ver o feedback dos jogadores do alpha técnico, disponível para registro apenas para PC. E, dependendo do que ouvirem, novidades e mudanças podem surgir.
Mas uma coisa já é certa: no meio de tantos Diablos — como o IV e Immortal —, é um ótimo momento para revisitar aquele que fez a franquia fazer história na indústria.
Diablo II: Resurrected será lançado ainda neste ano para PC, Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e Nintendo Switch.