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Street Fighter 6 resgata a franquia com estilo e atenção aos novatos
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Street Fighter 6 resgata a franquia com estilo e atenção aos novatos

Curtimos o game da Capcom na BGS 2022 e no beta fechado - e queremos mais

Arthur Eloi
Arthur Eloi
11.out.22 às 18h34
Atualizado há mais de 2 anos
Street Fighter 6 resgata a franquia com estilo e atenção aos novatos
Street Fighter 6/Capcom/Divulgação

Street Fighter segue supremo quando se trata de porradaria, mas é difícil ignorar que a popularidade da franquia oscilou para baixo com o lançamento turbulento de Street Fighter V em 2016, marcado por servidores ruins, monetização duvidosa e atualizações abaixo do esperado. Street Fighter 6 chega agora para relembrar que a franquia continua excelente, apesar daquele pequeno tropeço.

Ao longo do último fim de semana, não faltaram oportunidades para curtir o novo game da Capcom antes do lançamento. Além de um período de beta fechado online, também era possível encontrar o jogo na BGS 2022. O NerdBunker aproveitou ambas as ocasiões, e os testes só aumentaram a vontade de tirar uns contras.

No evento, que acontece entre os dias 6 e 12 de outubro em São Paulo, a porradaria acontecia in loco. A demo em questão trazia oito personagens, entre novatos e veteranos, e permitia tirar até três partidas por vez. A dinâmica se mantém sem maiores novidades - o que é bom, já que Street Fighter não precisa necessariamente reinventar a roda a cada edição, apenas afinar o que já funciona e experimentar com novas estéticas.

É justamente o que o novo game faz. Esteticamente, Street Fighter 6 transborda carisma. Depois de introduzir um estilo visual semi-realista no antecessor, mal recebido pelos fãs, o título inédito agora abraça estilização e cores, com muita influência da cultura urbana, regadas por hip-hop e grafite.

Por mais que nem sempre se pareça assim, Street Fighter 6 conquista com visual colorido e impactante

Os controles são familiares para quem já trocou Hadoukens ao longo dos últimos 35 anos, com todos seus socos/chutes fracos, médios e fortes. A maior mudança está nos ataques especiais, que agora contam com diferentes categorizações. O golpe finalizador - os Critical Arts - conta com um barrinha própria, enquanto outro medidor pode ser usado para amplificar o dano de movimentos únicos.

Pode parecer sutil, mas é uma mudança importante por abrir todo um novo leque de opções para os combates, já que tentar encaixar golpes mais fortes não diminui o progresso de um poderoso especial. O jogador comum poderá aproveitar bem isso, mas é o tipo de alteração que brilhará na mão dos profissionais. Curiosamente, os testes deixaram claro que eles não são exatamente o foco.

Aí vem um novo desafiante!

Street Fighter 6 dá bastante opções para quem quer aprender sobre jogos de luta

Ainda que tenha tudo para render confrontos intensos nos palcos de um EVO ou Treta! Championship da vida, Street Fighter 6 parece redobrar a atenção aos novatos. Isso ficou evidente tanto na BGS, quanto no beta, já que em ambos os casos era possível escolher um esquema de controles simplificados. Com essa opção ativa, um Hadouken ou Shoryuken sai com apenas um botão, ao invés de uma combinação.

Muita gente vai virar os olhos para a ideia, mas é uma ótima sacada que, inclusive, já havia sido praticada antes por games como Killer Instinct (2013). Isso praticamente elimina a barreira mecânica, permitindo que qualquer um pegue o controle e já saia jogando. Pense o quão mais fácil vai ser receber amigos em casa e poder tirar uns contras até com quem nunca encostou num videogame antes?

Além disso, sem se preocupar com os controles, a dinâmica da luta ganha mais importância. Afinal, não se vence só sabendo fazer os golpes, e sim controlando a distância e atingindo um certo equilíbrio entre ataque e defesa. No beta fechado, ficou claro que ensinar os conceitos da porradaria é quase tão importante para Street Fighter 6 quanto a execução dos golpes.

O teste beta serviu para ver se os servidores aguentavam as tretas online (e a resposta é sim), mas acabou trazendo toda uma nova gama de funções e modos que não estavam disponíveis para o público da BGS. Parte disso foi o modo de treino, que não é exatamente a função mais empolgante em um jogo de luta, mas é bastante robusto para transformar qualquer noob em um lutador minimamente decente.

Ao invés de só bater em um boneco indefeso controlado pelo computador, o novo treinamento traz uma impressionante variedade de situações para praticar como reagir a vários cenários diferentes. Você pode aperfeiçoar seus antiaéreos, para castigar aquele seu amigo que só joga pulando, ou então aprender os básicos de como criar combos eficientes.

Por terem uma comunidade tão apaixonada e envolvida em uma longa tradição desde a época dos fliperamas, jogos de luta podem soar meio intimidadores para quem quer começar. Por isso é altamente admirável ver obras que estendem uma mão amiga para os novatos.

Street Fighter 6 não é o único a fazer isso: Killer Instinct, Mortal Kombat 11, MultiVersus e muitos outros entenderam que há valor em olhar para a próxima geração de jogadores - seja valor cultural ou financeiro, já que mais gente viciada no gênero significa mais pagantes.

Street Fighter 6 oferece bastante o que fazer entre lutas

Falando em fliperamas, uma das partes mais divertidas do beta online é justamente o que você pode fazer entre uma partida e outra: caminhar por um mundo virtual que remete aos ambientes dos arcades - tudo com um personagem altamente customizável pelo jogador. O lugar serve apenas como um divertido limbo entre lutas, mas ajuda a mostrar como o foco da Capcom no game não é só funcionalidade, mas também personalidade.

Mesmo podendo jogar em duas ocasiões diferentes, Street Fighter 6 ainda deixa qualquer um sedento por mais. Com sistemas robustos, afinados ao longo de três décadas, e agora contextualizados de formas acessíveis para qualquer um entender, é um game que pede para ser destrinchado, seja sentado no sofá com amigos ou trocando socos na internet.

Street Fighter 6 chega ao PC, Xbox Series X | S e PlayStation 5 em algum ponto de 2023, sem data definida até o momento.

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