Um dos maiores mitos de Skyrim é relacionado às raposas que às vezes podem guiar os jogadores a tesouros, mas chamam a atenção por apresentarem um comportamento esquisito.
Agora, após quase dez anos do lançamento do jogo, o designer Joel Burgess revelou que os animais poderem levar a baús não foi algo intencional dos desenvolvedores, mas uma consequência de sistemas colidindo na programação.
Em uma série de postagens no Twitter, Burgess explicou que Skyrim usa uma navegação de inteligência artificial, apelidada de "navmesh", que é basicamente uma "folha 3D invisível de polígonos que é colocada sobre o mundo aberto, indicando para onde um personagem pode ou não ir".
Então os personagens andam com base nos caminhos propostos pelo "navmesh", que mapeia o mundo aberto com triângulos de ação — o que significa que, em locais abertos, há poucos triângulos, mas pontos de interesse como acampamentos, casas e baús aparecem com muitos triângulos.
As raposas também se baseiam nessa navegação, só que foram programadas apenas para fugir do jogador ao se deparar com ele. "Mas por qual motivo elas guiam aos tesouros? É aqui que fica interessante", continua Burgess.
Ao se aproximar do jogador, os NPCs entram em modo de alto desempenho com uso intensivo de CPU, o que faz com que eles busquem o caminho mais sofisticado. Mas as raposas, por apenas fugirem, estão sempre presas nesse modo.
Isso faz com que os animais sejam "atraídos" pelos pontos de interesse compostos por mais triângulos no "navmesh". Burgess, então, resume: "A raposa não está tentando fugir por 100 metros, mas apenas tentando se afastar por 100 triângulos". E os locais com mais de 100 triângulos normalmente têm tesouros.
"Então as raposas não estão te guiando para um tesouro. A maneira como elas se comportam que as levam para áreas que normalmente têm tesouros. [...] Para um jogador, no entanto, dá no mesmo!", finaliza.
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The Elder Scrolls V: Skyrim foi originalmente lançado em 2011.