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11 melhores filmes de terror de 2022
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11 melhores filmes de terror de 2022

Pânico, Barbarian, Não! Não Olhe! e mais dos filmes que nos fizeram pular, gritar e arrepiar em 2022

Arthur Eloi
Arthur Eloi
22.dez.22 às 10h00
Atualizado há mais de 2 anos
11 melhores filmes de terror de 2022
Pânico (2022)/Divulgação

Depois de iniciar sua retomada em 2021 após o fechamento por conta da pandemia, o cinema voltou com força em 2022. O ano foi marcado por inúmeros lançamentos, especialmente de blockbusters e filmes de herói. Mas houve outro destaque: os filmes de terror.

O gênero brilhou esse ano com uma leva excelente de títulos originais, novas franquias e continuações de clássicos, sempre com um ar de novidade, surpresa e até mesmo bom desempenho nas bilheterias.

Para fechar o ano com chave de ouro, reunimos abaixo os 11 melhores filmes de terror de 2022!

1 - Pânico

Entre a sátira e o mistério, Pânico deu vida nova aos slashers nos anos 1990, ao brincar e desconstruir vários de seus tropos e clichês. 11 anos após o último filme, a saga voltou em 2022 com o mesmo humor e suspense, só que pela primeira vez pelas mãos de outros cineastas além de Wes Craven, diretor que faleceu em 2015.

O quinto filme segue a fórmula dos sucessores espirituais que são tão presentes em Hollywood, colocando personagens clássicos ao lado de uma nova geração, e aproveita para cutucar a tendência e a obsessão do cinema com franquias. No meio disso tudo, entrega um ótimo retorno para a final girl Sidney Prescott (Neve Campbell), e também um maníaco Ghostface mais violento do que nunca.

2 - Halloween Ends

Finalizando a mais nova trilogia da saga clássica dos slashers, Halloween Ends deu o que falar e dividiu os fãs. Ainda assim, é facilmente um dos títulos mais originais dentro dessa franquia que já passa dos 40 anos de continuidade, e enfim mostra o diretor David Gordon Green indo além de apenas homenagear o trabalho de John Carpenter.

Além de um último confronto entre o assassino Michael Myers e a final girl Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), o filme enfim dá destaque para a ideia de que o mal é um ciclo, acompanhando como o jovem Corey (Rohan Campbell) se deixa seduzir por seus instintos mais perversos. É um longa sombrio, romântico, violento e que entrega uma excelente conclusão para a franquia.

3 - X - A Marca da Morte

Se não ficou claro pelo dois primeiros itens da lista, o slasher - subgênero de maníacos assassinos - passa por uma nova era de ouro! Além da retomada de franquias clássicas, há também o surgimento de novas sagas, e poucas conseguiram se destacar tanto quanto X - A Marca da Morte.

A obra de T.I. West é uma homenagem aos filmes de Exploitation dos anos 1970, aquelas obras de baixo orçamento e altamente apelativas - em especial, O Massacre da Serra Elétrica (1974). O longa segue uma equipe de cineastas de filmes adultos que se vê na mira de um casal de idosos assassinos no interior do Texas. É uma jornada bastante sangrenta, muito bem dirigida e que serviu para dar destaque a duas atrizes que dominaram 2022: Jenna Ortega, e Mia Goth.

X também é o ponto inicial de uma trilogia, que volta ao passado com o prequel Pearl (ainda não lançado no Brasil), e que depois seguirá com a continuação MaXXXine, prevista para chegar nos cinemas dos EUA em algum ponto de 2023.

4 - Morte, Morte, Morte

Pânico não foi o único terror ácido a conquistar o público em 2022. Morte, Morte, Morte rapidamente se tornou um queridinho dos entusiastas do gênero por trazer um mistério de assassinato inteiramente protagonizado por jovens modernos do tipo mais insuportável, trancados em uma casa durante uma tempestade. É a receita perfeita para um caos delicioso!

Apenas o segundo filme da cineasta Halina Reijn, o longa cria um mistério envolvente e abraça o drama quando os corpos começam a cair e dedos são apontados. Com muito humor, o longa critica o egocentrismo da Geração Z de forma que não soa forçada, com personagens adoravelmente detestáveis. O horror é um gênero altamente flexível, e a cineasta mostra entender muito bem tudo que torna um suspense de assassinato tão intrigante.

5 - Terrifier 2

Não tem como: nenhum outro terror dominou a atenção do público em 2022 que nem Terrifier 2. Melhor ainda, o diretor Damien Leone conseguiu essa façanha com um filme de baixo orçamento, lançado em poucos cinemas nos Estados Unidos, e com quase nada de marketing além da divulgação orgânica. E “orgânica” não só no sentido de boca-a-boca, mas também de vômito.

O longa do palhaço assassino Art conquistou manchetes por seu intenso nível de violência explícita, sadismo e nojeiras em geral. Não é brincadeira, não: ao longo de 2h20m, Art mata, tortura, escalpa e até multila partes íntimas. Não é para os fracos de coração, mas é mais um slasher ultraviolento que prova a força do subgênero - e, de quebra, ainda entrega uma excelente final girl!

6 - Não! Não Olhe!

Todo ano com um novo filme de Jordan Peele é um bom ano para o horror! Um dos maiores cineastas do gênero na atualidade, o diretor agora combina seu tradicional humor e suspense com uma premissa de ficção científica. No meio dessa combinação, ainda aproveita para refletir sobre raça e a história do cinema blockbuster, de forma que só Peele consegue fazer sem parecer forçado ou tedioso.

O longa acompanha os irmãos O.J. (Daniel Kaluuya) e Em (Keke Palmer), que administram um rancho para cavalos atores. Um dia, porém, passam a suspeitar de atividades extraterrestres em sua fazendo, e logo partem em uma missão para expor a existência dos aliens em grande estilo. Pode não ser tão assustador quanto Corra! ou Nós, mas nunca uma obra de Jordan Peele foi tão grandiosa e ambiciosa assim!

7 - O Predador: A Caçada

2022 foi o ano da retomada das grandes franquias. Depois de décadas de continuações mornas (ou então péssimas), até mesmo O Predador ganhou um filme à altura do original, de 1987. Ambientado 300 anos no passado, O Predador: A Caçada resgata a tensão da sobrevivência ao colocar o monstro alienígena para disputar contra os guerreiros Comanche.

Com uma diferença ainda mais acentuada na tecnologia e equipamentos, a jovem Naru (Amber Midthunder) usa sagacidade, estratégia e conhecimento da floresta para brigar contra o monstro em um duelo memorável e empolgante. Mesmo tendo sido lançado direto no streaming e sem maiores expectativas antes de sua estreia, A Caçada deu aula do melhor jeito de reviver uma franquia sem se preocupar com continuidade.

8 - Órfã 2: A Origem

Sejamos francos: ninguém pediu por um prequel de A Órfã (2009), especialmente estrelado por Isabelle Fuhrman aos 25 anos, que já não consegue mais se passar por uma criança de forma convincente. Esse filme não só acabou virando realidade, como também surpreendeu por ser ótimo.

Órfã 2: A Origem entende o quão absurda sua premissa e produção são, e abraça essa descrença para criar uma experiência verdadeiramente histérica. É um filme imprevisível, sem medo de ser cafona e divertido, e que conquista pela performance de Fuhrman como uma Esther mais amadora, e por Julia Stiles como uma psicopata quase tão perturbadora quanto a “garota”.

9 - Noites Brutais

2022 foi o ano dos filmes de terror originais e meio insanos. Noites Brutais (ou Barbarian) se tornou rapidamente um queridinho cult por suas constantes reviravoltas cada vez mais estranhas e divertidas, expandindo uma situação comum até se tornar um pesadelo claustrofóbico. É o filme mais ousado do ano, e ganha ainda mais pontos se você não souber nada sobre ele.

O longa segue um homem e uma mulher que acidentalmente acabam reservando o aluguel da mesma casa nas mesmas datas. Ao decidirem dividir o lugar até resolverem esse pepino, acabam esbarrando em violentos segredos do passado do local. O diretor e roteirista Zach Cregger construiu uma obra sob medida para surpreender e impactar os espectadores, e tira tudo isso de letra. Não leia mais nada sobre e nem veja trailers ou imagens promocionais - apenas assista.

10 - Fresh

Uma comédia romântica pode virar um filme de terror? Pode sim, claro! Fresh segue um casal perfeito que se torna um pesadelo quando é revelado que um deles é nada menos que um canibal. A melhor parte: o homem é interpretado por Sebastian Stan (Capitão América: Soldado Invernal) em um papel que usa e abusa de todo o seu charme e carisma.

O longa de Mimi Cave transita perfeitamente entre os gêneros, sustentado por ótimas atuações de Stan e Daisy Edgar-Jones (Normal People), que vive a protagonista Noa, uma mulher desacreditada em relacionamentos que se deixa seduzir pelo canibal.

11 - O Telefone Preto

Joe Hill não teve tanta sorte nas adaptações de seu trabalho, até que decidiu emprestar seu conto O Telefone Preto para o diretor Scott Derrickson (A Entidade, Doutor Estranho). O resultado é um filme que deixa bem claro que Hill é filho de Stephen King, com crianças de décadas passadas enfrentando perigos reais e sobrenaturais em um mundo repleto de adultos imprestáveis.

O longa coloca um garoto para enfrentar seu sequestrador com a ajuda das outras vítimas do maníaco, que se comunicam com ele do além através de um telefone desativado em seu cativeiro. Além de um suspense sufocante pela ótima direção de Derrickson, O Telefone Preto ainda dá espaço para Ethan Hawke interpretar um vilão bizarro e amedrontador.

Menções honrosas

Diferente de blockbusters, a distribuição de filmes de horror no Brasil nem sempre segue o calendário dos Estados Unidos. Assim, é comum que títulos prestigiados lá fora demorem bastante para pintar por aqui, o que causa certa confusão: numa lista de melhores do ano, se leva em conta o ano de produção ou ano de lançamento no país?

A lista acima contou apenas com obras feitas e oficialmente lançadas no Brasil em 2022, porém há alguns respingos de 2021 que só ganharam distribuição por aqui esse ano. No caso, os excelentes A Médium e Titane.

A Médium é um intenso drama sobrenatural tailandês, do diretor Banjong Pisanthanakun. Se o nome não soa familiar, apenas saiba que é o responsável pelo traumatizante Espíritos - A Morte Está ao seu Lado (2004).

No longa mais recente, ele retorna com um found footage que acompanha a xamã de uma vila na Tailândia tendo que lidar com um caso de possessão em sua família. É uma obra aterrorizante, de arrepiar a nuca e dormir de luz acesa depois.

Titane é o mais recente trabalho de Julia Ducournau, diretora francesa conhecida pelo bizarro Raw (2016). Depois da obra de canibalismo jovem, ela retorna com algo ainda mais estranho, acompanhando uma serial killer com tesão (naquele sentido mesmo) em carros.

Ainda que tenha sido exibido na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio em 2021, o longa só chegou oficialmente no início de 2022, direto no catálogo da Mubi. É um filme de embrulhar o estômago e fazer sorrir de felicidade no espaço de algumas horas, com gostinho de algo que David Cronenberg faria - mas com a sensibilidade que só Ducournau tem!

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