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Sétimo episódio de What If…? transforma Thor na comédia festeira que o MCU precisava
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Sétimo episódio de What If…? transforma Thor na comédia festeira que o MCU precisava

Deus do Trovão mostra o lado festeiro e irresponsável

Gabriel Avila
Gabriel Avila
22.set.21 às 11h28
Atualizado há mais de 3 anos
Sétimo episódio de What If…? transforma Thor na comédia festeira que o MCU precisava

Não é segredo para ninguém que a Marvel demorou um bom tempo para entender o que fazer com o Thor nos cinemas. Peça fundamental nos Vingadores, o Deus do Trovão não ia particularmente bem fora da equipe, situação que só mudou no terceiro filme solo do herói. Thor: Ragnarok fez bonito ao misturar cenas de ação de proporções épicas com uma comédia caótica.

Essa retrospectiva é importante para analisar o sétimo episódio de What If…?, a série animada do Disney+. Isso porque a produção retorna à Fase 1 do MCU para imaginar o primeiro filme do Thor como uma comédia festeira e cheia de ação.

[Atenção! A partir daqui, spoilers do sétimo episódio de What If…?]

O capítulo que chegou ao streaming nesta quarta-feira (22) partiu de um princípio muito simples: como a vida do Thor mudaria se Odin não tivesse adotado Loki Laufeyson? O roteiro apresenta um universo em que a falta do irmão trapaceiro tornou o Deus do Trovão um festeiro irresponsável capaz de destruir planetas com suas celebrações.

Desta forma voltamos a 2011, quando o Pai de Todos entra em estado de sono profundo. Lady Frigga decide passar um final de semana descansando com as amigas e deixa o reino de Asgard nas mãos de Thor, que não poderá fazer festas porque Heimdall estará de olho. Para que o guardião da Bifrost não o dedure para a mãe, o herói decide levar a festa para o planeta Terra. Aqui eles são recepcionados pela doutora Jane Foster e sua estagiária Darcy Lewis.

Cena do sétimo episódio de What If...? (Divulgação) Howard, O Pato, Jane Foster e Darcy Lewis

Essa introdução apresenta toda a tônica do episódio, que usa Thor e seu elenco de apoio em uma espécie de “comédia de colegial” que troca valentões e festeiros por deuses nórdicos. Se por um lado essa escolha abre mão do tom épico das aventuras do herói ou até da riqueza emocional que sempre o acompanhou, por outro possibilita uma das histórias mais divertidas do MCU.

Inicialmente, o episódio diverte por proporcionar um exercício de imaginação sobre como teria sido o primeiro Thor se a Marvel tivesse investido completamente em comédia. Claro que não é possível comparar um filme que custou US$ 150 milhões e um episódio de 30 minutos. Mas é curioso perceber como esse direcionamento favorece desde o Thor de Chris Hemsworth até a Darcy de Kat Dennings, cujo humor falastrão se encaixa infinitamente melhor do que no filme de 2011.

Cena do episódio sete de What If...? (Divulgação) Thor confraterniza com Skrulls

Outro destaque para a festa é a extensa lista de convidados. Assim como o capítulo faz questão de lembrar, o primeiro filme do Thor marcou a primeira interação pública de civis do MCU com vida alienígena. Em What If…? essa interação é levada à décima potência, já que junto dos Asgardianos vêm os Guardiões da Gláxia, Skrulls, Krees, o Grão Mestre e até Howard, o Pato. Até Loki aparece com o visual de gigante de gelo em uma surpreendente amizade de Thor, a quem chama de “irmão de outra mãe”. Tudo isso para criar uma versão interplanetária de Projeto X: Uma Festa Fora de Controle.

Com medo de que a farra literalmente destrua a Terra, assim como festas anteriores de Thor fizeram com outros planetas, a S.H.I.E.L.D. recorre à Capitã Marvel. Adiantado em quase uma década, o retorno de Carol Danvers ao planeta natal ocorre como o esperado: ela pede para que o Deus do Trovão encerre a festa e se retire, mas ele se recusa e começa uma briga.

Capitã Marvel e Thor no sétimo episódio de What If...? (Divulgação) Capitã Marvel versus Thor

Vale lembrar que essa luta mora na imaginação dos fãs desde a divulgação do trailer de Vingadores: Ultimato com a famosa cena em que ele invoca o machado Jarnbjorn para intimidá-la. Para a alegria do público, o embate é tão empolgante e divertido quanto poderia, misturando golpes rápidos, câmeras lentas certeiras e um bem-vindo toque de humor. Esse, aliás, é um feito e tanto para a animação de What If…?, que não é exatamente primorosa, mas que aqui entregou o prometido.

Quando nem a própria Capitã Marvel consegue conter o Deus do Trovão, a S.H.I.E.L.D. pensa em atacar com bombas atômicas, arriscando a vida da própria heroína. Por sorte, o bombardeio não é necessário, já que Jane Foster consegue contactar Heimdall e Frigga, que abrevia os dias de descanso para ver o que o filho anda fazendo em Midgard. Esse retorno confirma o episódio como uma “comédia de festa”, com Thor implorando para que seus amigos baladeiros o ajudem a arrumar a bagunça antes que a mãe chegue.

Thor e Loki em What If...? (Divulgação) A curiosa amizade entre Thor e Loki

No fim, tudo dá certo e Thor consegue deixar tudo em ordem e fazer as pazes com a Capitã Marvel antes da chegada de Frigga. Em um final quase feliz, ele chama Jane Foster para o encontro que pode iniciar o romance dos dois. Porém, esse destino fica no quase, já que os segundos finais do episódio mostram a invasão de um exército de robôs controlados por uma versão do Ultron que não apenas reuniu todas as Joias do Infinito, como também está no corpo do Visão.

Assim chega ao fim um dos mais divertidos episódios da primeira temporada de What If…?. Sem muita pretensão, o capítulo conquistou por trazer Thor na roupagem que conquistou o público e ainda promoveu um festival de easter eggs que certamente vai agradar os fãs mais ávidos para pescar referências.

What If...? ganha novos episódios no Disney+ às quartas-feiras.

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