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Zet Zillions é um jeito estiloso de jogar cartas no espaço | Review
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Zet Zillions é um jeito estiloso de jogar cartas no espaço | Review

Criado por brasileiros, o jogo é um deckbuilder que parece ter saído de um anime de ficção científica

Tayná Garcia
Tayná Garcia
04.jun.24 às 16h42
Atualizado há 11 meses
Zet Zillions é um jeito estiloso de jogar cartas no espaço | Review
Zet Zillions/Ota Imon Studio/Divulgação

Com desenvolvedores de várias regiões do Brasil, o Ota Imon Studio fez sua estreia em 2021 com o lançamento de Wolfstride, um RPG que esbanjou personalidade com uma fórmula curiosa e muita inspiração em animes e k-dramas.

Agora, três anos depois, o estúdio indie reaparece com Zet Zillions, um novo jogo de cartas com proposta completamente diferente do projeto anterior, mas que também exalta a criatividade e a essência da equipe.

Ambientado no espaço sideral, Zet Zillions coloca o jogador como comandante de uma “nave-planetária” — a cativante Baby Violence —, com o objetivo de derrotar Thanatos, uma entidade alienígena misteriosa, que ameaça a humanidade.

Para isso, é preciso comandar sua equipe em batalhas contra criaturas espaciais, insetos gigantes, estrelas mal humoradas e até planetas inteiros, além de chefões no fim de cada Ato do jogo.

É dentro desse contexto que o jogo se foca em um combate por turno com cartas e estilo deckbuilder — ou seja, em que você precisa montar um baralho (também chamado de “deck”) ao progredir na história, dependendo de boas doses de sorte e estratégia.

A identidade visual é um forte aspecto em Zet Zillions, que impressiona a cada luta! (Imagem: Zet Zillions/Ota Imon Studio/Reprodução)

A jogabilidade é direta ao ponto, sem fugir das convenções do gênero. O baralho do jogador é sorteado a cada turno, disponibilizando apenas sete cartas por vez e uma quantidade limitada de movimentos, restando ao jogador saber manipulá-las a seu favor. Há ainda mecânicas de buffs e nerfs (para potencializar ou enfraquecer), barra de atordoamento e fusão momentânea de cartas que dão uma boa mexida na dinâmica.

Tudo resulta em uma experiência desafiadora, com inimigos que são bem variados e podem ser fatais a qualquer momento. Só que isso pode custar caro graças ao lado roguelite de Zet Zillions. O HP da “nave-planetária” não restaura entre as fases (apenas entre Atos), o que significa que é preciso tomar cuidado ao progredir, já que a derrota força o recomeço da jornada do zero.

A boa notícia, no entanto, é que existem melhorias e desbloqueios que são mantidos, então há um senso de progressão apesar do “reinício” do jogo. Algo curioso é que a estrutura roguelite também é justificada pela própria narrativa, envolvendo dobras temporais pelas mãos do vilão Thanatos — o que incentiva o nível de replay do jogo.

A disposição dos elementos na tela das lutas é bem original, o que aumenta e intensifica o dinamismo do combate (Imagem: Zet Zillions/Ota Imon Studio/Reprodução)

Mas o que dá um toque único a tudo isso é o humor de Zet Zillions, que afeta tanto a história quanto a jogabilidade.

O jogo apresenta um excelente humor em diálogos, nas mecânicas de algumas cartas e até nas personalidades de inimigos, arrancando risos do jogador. Nunca imaginei, por exemplo, que riria tanto ao ter que eliminar inusitadas pilhas de cocô do meu deck ou ao enfrentar um planeta velho que não para de reclamar que “na minha época não era assim…”.

Há também leves quebras de quarta parede e brincadeiras divertidas na localização em português brasileiro, como asteroides chamados Pedrinho e gírias populares.

Isso faz com que Zet Zillions seja o tipo de jogo que pega o jogador desprevenido em qualquer momento, apesar da natureza repetitiva do gênero. As fases são tão divertidas que percebi que nem estava preocupada em finalizar o Ato, mas focada em concluir o máximo de eventos possíveis para colonizar planetas, derrotar inimigos raros e coletar cartas cada vez mais mirabolantes.

A trilha sonora apresenta uma pegada eletrônica que combina com a temática sci-fi da história e do visual (Imagem: Zet Zillions/Ota Imon Studio/Reprodução)

Zet Zillions também esbanja muito estilo, como era de se esperar de um projeto do estúdio brasileiro. Há uma paleta de cores vibrantes que dita a estética que flerta com a ficção científica, gerando designs peculiares de personagens e inimigos, efeitos de habilidades chamativas e cartas com belas animações — com direito até a imagens que saem das molduras.

Tudo parece ter saído de um anime maluco e sci-fi da década de 1990, o que faz a experiência ainda ser estilosa acima de tudo!

Experiência única (e brasileira!)

Sendo capaz de se reinventar e ainda manter a essência, o Ota Imon Studio retorna aos holofotes com Zet Zillions como uma belíssima surpresa, que é uma experiência inusitada, divertida, desafiadora e viciante nas medidas certas.

Certamente um jogo obrigatório para fãs do gênero de cartinhas (e também para os otakus), sendo uma poderosa e estilosa adição ao portfólio do nosso cenário nacional — que está com tudo em 2024.


Zet Zillions está disponível para PC.

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