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Yars Rising celebra as origens em metroidvania com gostinho retrô | Review
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Yars Rising celebra as origens em metroidvania com gostinho retrô | Review

Novo jogo homenageia clássico do Atari 2600 com criatividade

Paloma Pinheiro
Paloma Pinheiro
10.set.24 às 11h50
Atualizado há 7 meses
Yars Rising celebra as origens em metroidvania com gostinho retrô | Review
(Imagem: Atari/Divulgação)

Muitos podem não lembrar (ou não ter vivido o momento), mas Yars’ Revenge deixou uma geração de gamers vidrados ao chegar ao Atari 2600, no início dos anos 1980. Agora, cerca de quatro décadas depois, a franquia ganha um novo capítulo com o lançamento de Yars Rising — um sucessor espiritual do clássico criado por Howard Scott Warshaw.

Desenvolvido pela WayForward (Shantae, River City Girls) e publicado pela Atari, o jogo de ação e aventura 2D é um metroidvania que celebra as origens desse universo, sem deixar a criatividade de lado.

Aventura sombria e conspiração intergaláctica

A narrativa acompanha Emi “Yars” Kimura, uma jovem hacker contratada por uma figura misteriosa para se infiltrar na sombria corporação QoTech. Contudo, ao adentrar os corredores e salas secretas do local, a protagonista se depara com eventos cada vez mais sinistros – incluindo um segredo intergaláctico.

Bem-humorada, Emi faz o estilo “perde o amigo, mas não perde a piada”. Durante a jornada, ela recebe ajuda virtual de outros companheiros hackers, e essa relação traz certa leveza (e boas risadas) em meio ao mistério. A princípio, a jovem hacker não possui habilidades especiais, o que força o jogador a ter o primeiro contato com a parte furtiva da jogabilidade.

Tal cenário coloca a protagonista para se esconder de guardas e robôs maléficos, enquanto tenta desvendar os segredos da QoTech. Aqui, é importante se esgueirar, não fazer barulho e, principalmente, não ser notada de jeito nenhum.

Na pele de Emi “Yars” Kimura, o jogador precisa combinar habilidades furtivas e superar desafios de plataforma (Imagem: WayForward/Captura de tela)

Metroidvania completamente viciante

Como esperado de um metroidvania, o jogador precisa explorar um mapa interconectado. À medida que desbrava diferentes áreas, Emi desbloqueia habilidades específicas, que possibilitam acessar locais anteriormente inacessíveis.

Nesse sentido, uma das primeiras melhorias de combate é o Zorlon Shot – que adiciona a possibilidade de atacar inimigos com uma onda de energia. Em outro momento, por exemplo, habilidades de travessia como Grasshopper Legs e Mayfly Gills – que permitem escalar paredes e atravessar áreas com água, respectivamente — elevam a jogabilidade a outro patamar.

Dito isso, a palavra-chave é explorar. Para isso, o jogador pode acessar um aplicativo com a localização de Emi e direcionamentos sobre qual área percorrer em seguida. Outro ponto importante é o medidor de vida. Sofrer danos diminui a porcentagem, por isso é importante salvar o game sempre que possível, para restaurar as energias e não perder progresso. Caso o medidor seja zerado, a protagonista não perde habilidades e itens, mas volta para o último ponto de salvamento.

De volta às origens com gostinho retrô

Charme do jogo, minigames de hacking são um retorno às origens de Yars' Revenge (Imagem: WayForward/Captura de tela)

Até agora, Yars Rising pode parecer um metroidvania comum, mas o jogo ganha um charme a mais com a adição dos desafios de hacking. Enquanto  explora o mapa, a jovem Emi precisa hackear terminais para liberar novas áreas e desbloquear habilidades inéditas.

Brilhantemente, esses desafios funcionam como minigames retrô, que celebram a jogabilidade do Yars’ Revenge original, de 1982. Com gráficos e sons oitentistas, essas disputam colocam o jogador para assumir o controle de um ser alienígena semelhante a uma mosca. O objetivo é atirar e mordiscar as defesas do temível Qotile, enquanto evita ataques simultâneos.

Os desafios também adicionam uma camada a mais de dificuldade, já que, em alguns casos, superar chefões também coloca as habilidades de hacker à prova. Para aqueles que desejam uma experiência menos desafiadora, o game possui um modo Invincible Hack – que facilita a jogabilidade nos minigames.

Biohack concede melhorias para as habilidades de combate, travessia e mais (Imagem: WayForward/Captura de tela)

Outro destaque nostálgico fica por conta dos Biohack. Espalhados por várias áreas do mapa, esses recursos concedem melhorias para as habilidades de combate, travessia e hacking. Para ativá-los, o jogador precisa encaixá-los em uma espécie de quebra-cabeça de blocos no estilo Tetris. Para completar o combo retrô, a aventura hacker é embalada por uma trilha sonora imersiva, que traz de volta as clássica batidas da música oitentista.

Diversão garantida

De modo geral, Yars Rising moderniza os elementos que tornaram o universo tão popular para entregar uma aventura inédita, com um charme único. O visual, que remete a animes, somado a uma jogabilidade que combina furtividade, ação e desafios de plataforma, chega como um prato cheio tanto para os gamers das antigas quanto para os novatos nesse universo.

A aventura é guiada pelo bom humor de uma protagonista carismática, uma narrativa que ganha tons sinistros e, claro, um toque de anos 1980 que deixa tudo ainda mais especial, com horas de exploração viciante.


Esta review foi feita com uma cópia digital cedida pela WayForward.

Yars Rising será lançado no dia 10 de setembro para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch, Atari VCS e PC (via Steam e Epic Games Store).

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