Faz 50 anos que estamos vendo Star Wars em diferentes mídias por aí, como cinema, televisão, livros, quadrinhos — e, é claro, jogos. Agora, a franquia está perto de dar mais um passo com Star Wars Outlaws, que será o primeiro mundo aberto da galáxia muito, muito distante nos games.
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Durante a semana da Summer Game Fest, em Los Angeles, tivemos a oportunidade de jogar a próxima aposta da Ubisoft para 2024. Além de bater um papo com o diretor Mathias Karlson e o diretor de narrativa Navid Khavari.
Como fã da franquia, confesso que minhas expectativas não estavam tão otimistas, mas todo o receio foi acalentado após quase uma hora com Outlaws. Esse tempo foi o suficiente para ver que há muito cuidado dos desenvolvedores com o projeto, que pode se tornar um dos melhores jogos da saga.
Uma nova esperança
Ambientado entre os filmes O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi, Star Wars Outlaws é descrito como um jogo de ação e aventura, protagonizado pela contrabandista Kay Vess ao lado do pequeno Nix, uma criatura da raça merqaal.
Com esse contexto, o título promete ter um mundo aberto com cinco planeta diferentes para explorar — Tatooine, Kijimi, Toshara Moon, Cantonica e Akiva —, um sistema de reputação no mundo do crime e muito “pew pew pew” para todo lado.
Pude testar trechos de três missões da campanha principal, de diferentes partes da história, que destacaram justamente esses pilares da jogabilidade.

A primeira missão é ambientada dentro de uma frota espacial do Império, com foco no combate com blasters contra grupos de Stormtroopers. A jogabilidade é direta ao ponto e bem fluida, incentivando o jogador a pensar no posicionamento e usar o ambiente ao seu favor.
Também é possível descer a porrada nos inimigos com socos, mas é nítido que os esforços dos desenvolvedores estão voltados para longa distância e armas de fogo. É simplesmente divertidíssimo roubar a arma de um Stormtrooper e usá-la contra os grupos, ou conseguir atingir aqueles que se protegem por escudos.
Há ainda mecânicas de furtividade, que são simples e escassas, mas eficazes. Às vezes, é melhor esperar os inimigos se movimentarem para evitar conflito, além de usar um modo especial do blaster de Kay, que possibilita fazer nocautes sem causar barulho.

Com o objetivo de chegar até um reator nos cenários gelados de Kijimi, a segunda missão apresenta exploração e quebra-cabeças de travessia, ou seja, muitas plataformas e paredes para saltar e escalar. Kay precisa usar a blaster como parte da resolução de puzzles — e é agora que Nix finalmente mostra ao que veio.
A pequena criatura atua como uma mecânica de “visão sonar”, marcando os pontos de interesse e os inimigos, o que acaba sendo extremamente útil na prática. Assim, Kay e Nix precisam trabalhar juntos para avançar nessa missão que tem uma estrutura relativamente linear. Esse trecho dá a sensação de estar jogando um Star Wars à la Uncharted, com uma boa pegada de aventura.
Por fim, a terceira e última missão destaca o combate no espaço, mostrando uma jogabilidade que lembra os clássicos títulos de Star Fox, e revelando que não há telas de carregamento para acessar os outros sistemas solares — a transição é feita de modo orgânico, e o jogador realmente precisa viajar até lá e adentrar a atmosfera do planeta ao acelerar.

Outro destaque é o cuidado com as ambientações, que parecem bem únicas entre si, mas sem se afastar da identidade visual da franquia. Explorar as ruas, cidades, cavernas e espaço transmitem um sentimento bem familiar, e a qualidade gráfica chega a impressionar. Além disso, ao explorar, Kay reage ao mundo com falas, adicionando uma camada de imersão ao andar por aí.
Por fim, Outlaws também promete ser regido por um sistema de reputação criminal em que Kay pode agradar (ou desagradar) quatro diferentes facções — sendo uma delas liderada por ninguém menos do que Jabba the Hutt.
Infelizmente não pude ver as consequências disso no teste, mas, segundo o diretor Mathias Karlson, esse sistema oferece liberdade de escolha ao jogador, o que causará consequências no mundo aberto.
“O sistema de reputação te dará oportunidades e ameaças, dependendo dos lados que você tomar, mudando o que cada facção pensa sobre você. Isso adiciona uma sensação de que suas ações têm consequências, que podem ser imprevistas ou até causadas pelo jogador. Você pode, por exemplo, intencionalmente influenciar e ‘mudar’ o mundo com as facções a seu favor”.
A reputação, no entanto, tem apenas consequências no mundo aberto e não diretamente na história — o que significa que Outlaws apresenta apenas um final. A ideia, de acordo com o diretor de narrativa Navid Khavari, é que a jornada de Kay se encaixe perfeitamente na linha temporal de Star Wars, uma vez que se passa durante a trilogia original dos filmes.
Um mundo muito, muito promissor
Seja pelo mundo aberto cativante ou pelos inúmeros “pew pew pew” que ouvi ao jogar as três missões, Star Wars Outlaws mostrou que tem potencial em trazer algo bem único para o universo da franquia.
Star Wars Outlaws será lançado no dia 30 de agosto para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.
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