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Estúdio do jogo lamentável do King Kong explica o que deu errado
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Estúdio do jogo lamentável do King Kong explica o que deu errado

Equipe de Skull Island: Rise of Kong afirma que publisher não deu tempo ou recursos para algo decente

Arthur Eloi
Arthur Eloi
21.out.23 às 12h16
Atualizado há mais de 1 ano
Estúdio do jogo lamentável do King Kong explica o que deu errado
Skull Island: Rise of Kong/Divulgação

Convenhamos: é divertido rir da bizarrice quando um jogo saí repleto de bugs e texturas ruins. Foi o caso de Skull Island: Rise of Kong, lançado há poucos dias e já considerado um dos piores jogos de 2023. Mas, nos bastidores, a realidade é bastante séria e lamentável.

Ao The Verge, a repórter Ash Parrish conversou com vários desenvolvedores da IguanaBee, desenvolvedora chilena responsável pelo projeto desastroso. Falando em condição de anonimato, os funcionários explicaram que a publisher do game, a GameMill Entertainment, deu apenas um ano para os desenvolvedores criarem o jogo do zero.

O desenvolvimento começou em junho do ano passado e tinha conclusão prevista para 2 de junho desse ano”, explicou um dos funcionários. Já outro afirmou que, além do prazo apertado, tiveram que lidar com falta de materiais e direcionamentos: “É bem comum não termos todas as informações sobre o projeto, o que é bem frustrante porque temos que improvisar com base no pouco que sabemos.

Segundo a matéria, a IguanaBee é colaboradora frequente da GameMill por uma questão de necessidade. O estúdio localizado em Santiago do Chile não tem verba para criar obras originais, portanto se vê na necessidade de aceitar trabalho em jogos licenciados do tipo.

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Os desenvolvedores descrevem a parceria com a GameMill como “uma relação de amor e ódio”: é uma das poucas fontes de renda, mas é conhecida por impor prazos minúsculos para projetos grandes, o que resulta em desastres que nem Rise of Kong.

Por fim, os desenvolvedores afirmaram que tiveram que fazer crunch (hora extra não-remunerada) a partir de fevereiro de 2023, só para garantir que o jogo fosse minimamente finalizado: “Entrei em piloto automático no fim de fevereiro porque já tinha perdido as esperanças”, afirmou um funcionário.

É importante entender a realidade por trás do desenvolvimento dos games para não acusar as pessoas erradas quando algo tão precário assim chega às lojas. A GameMill é uma empresa conhecida apenas por publicar jogos licenciados questionáveis, feitos por estúdios pequenos que precisam de trabalho.

A IguanaBee provou no passado que tem talento de verdade. Seu outro jogo, What Lies in the Multiverse, desenvolvido em parceria com a Studio Voyager, chegou até a vencer a categoria de Melhor Jogo: América Latina no BIG Festival 2023. O fracasso do novo jogo licenciado apenas prova como um ano é tempo muito apertado para desenvolver quase qualquer coisa do zero, especialmente com uma equipe de 20 pessoas, no máximo.

Seja como for, Skull Island: Rise of Kong está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, Nintendo Switch, Xbox Series X |S e PlayStation 5.

Fonte: The Verge

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