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Elden Ring Nightreign se reinventa com abordagem criativa e desafiadora | Preview
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Elden Ring Nightreign se reinventa com abordagem criativa e desafiadora | Preview

Jogo surpreende ao mesclar a fórmula souls com multiplayer cooperativo e roguelite; leia as impressões

Jessica Pinheiro
Jessica Pinheiro
12.fev.25 às 11h00
Atualizado há 2 meses
Elden Ring Nightreign se reinventa com abordagem criativa e desafiadora | Preview
(Divulgação)

Ainda lembro como se fosse ontem quando a Bandai Namco revelou Elden Ring Nightreign oficialmente, durante a transmissão do The Game Awards 2024. A reação de todo mundo que acompanhou a premiação (incluindo a minha) foi um misto de espanto, confusão e alegria.

O espanto foi por conta de um novo jogo da franquia Souls ser revelado apenas seis meses após o lançamento da expansão Shadow of the Erdtree, de Elden Ring. Em paralelo, também houve alegria pelo anúncio de um novo título da FromSoftware em tempo recorde.

A confusão, por sua vez, ocorreu principalmente porque o trailer de anúncio não esclarece em qual (ou quais) gênero(s) Nightreign se encaixa. No comunicado para a imprensa, compartilhado pouco tempo depois da apresentação, algumas dúvidas foram sanadas, mas ainda era difícil imaginar um game ao estilo Elden Ring que mistura multiplayer cooperativo e roguelite com algumas mecânicas de battle royale e boss rush.

Felizmente, tive a oportunidade de ter as dúvidas que sobraram respondidas e, de quebra, testar uma build de Nightreign, durante um evento de preview realizado pela Bandai Namco em Las Vegas. Na ocasião, diversos jornalistas e criadores de conteúdo estiveram presentes, incluindo o NerdBunker, para encarar os perigos do novo conteúdo derivado de Elden Ring.

Nightreign 101

Imagem de Elden Ring Nightreign Nightreign funciona de forma isolada em relação aos demais jogos de Elden Ring (Divulgação)

Antes de mais de nada, vale explicar que Nightreign é um standalone game, o que significa que ele funciona independentemente de Elden Ring e quaisquer outros jogos da FromSoftware. Isso porque a aventura se passa em um mundo paralelo e o jogador assume o papel de um Viajante da Noite — mantendo a tradição dos demais jogos da franquia, em que o seu avatar se identifica por um título (Slayer of Demons, Chosen Undead, Bearer of the Curse, Ashen One, O Caçador, O Maculado).

Você pode jogar sozinho, claro, mas a verdadeira alegria está em formar trios. E não pense que juntar três bonecos vai facilitar sua aventura pelas sessões, pois o jogo se adapta à quantidade de jogadores para entregar uma experiência equilibrada. De toda forma, seja você um lobo solitário ou não, o grande objetivo de Nightreign é sobreviver por três noites.

A jornada começa na Mesa-Redonda de Elden Ring — só que em um universo paralelo — e após escolher seu boneco e concluir o prático matchmaking, você é literalmente carregado por uma Águia Espectral para Limveld, um ambiente em constante mudança.

Na demonstração que joguei, foi possível conferir apenas um dos cenários do jogo, mas na apresentação antes dos gameplay, foi confirmado que haverá mapas com biomas diferentes — e, se meus olhos não me enganam, inspirados em outros jogos da franquia Souls também.

Os bonecos podem cair em partes diferentes do mapa a cada sessão, o que pode, inclusive, mudar quem será o chefão do dia. Nas partidas que joguei, por exemplo, encontramos dois chefões diferentes, em locais distintos: o Centipede Demon do primeiro Dark Souls, e a dupla Demi-Human Queen e Demi-Human King de Elden Ring.

Em Nightreign, gerenciar bem o tempo é um aspecto primordial para a sobrevivência, assim ninguém fica para trás quando o ciclo de dia começa a virar noite, e o mapa vai afunilando. A cada Local de Graça encontrado, o grupo pode subir de nível se tiver as runas necessárias, e, quanto maior for o seu nível, melhores serão as armas que seu boneco poderá empunhar.

“Morrer” em Nightreign não é bem o fim

Imagem de Elden Ring Nightreign Se parte da jornada é o fim, aqui o fim é só mais uma etapa do caminho (Divulgação)

As partidas duram cerca de 20 a 30 minutos e toda sessão oferece experiências diferentes para cada jogador. Mas a maior diferença entre Nightreign é que o trio precisa estar em contato constante para tomar decisões rápidas, pois o tempo pode ser o seu maior inimigo aqui. Isso acontece, basicamente, porque o mapa contém um círculo que vai afunilando — bem semelhante a Fortnite nesse sentido —, e todos os jogadores precisam permanecer dentro da redoma para sobreviver.

Se passar mais do que cinco segundos fora do círculo, o boneco morre. Só que, curiosamente, esse não é o fim da jornada em Nightreign, pois o game traz uma dinâmica diferente para quando o personagem é derrotado durante a exploração: caso ele seja derrubado, seus aliados podem levantá-lo na base da porrada (literalmente).

Basta aplicar alguns golpes no boneco derrubado e ele se levanta. Essa “ressuscitação”, digamos assim, foi feita dessa forma para que os encontros com inimigos continuem dinâmicos 100% do tempo. Assim, o grupo não perde a oportunidade de acertar os inimigos ao redor, mesmo quando você estiver tentando erguer um aliado caído.

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Quanto mais o boneco cair no chão, mais difícil é para levantá-lo depois. Quando meu personagem caiu pela terceira vez, por exemplo, foram necessários uns cinco ou seis golpes para ele voltar à batalha. E, se todos os Viajantes da Noite caírem, aí é fim de jogo mesmo — pero no mucho.

Isso porque os membros do grupo que “morrem” retornam segundos depois, partindo do último Local de Graça ativado, ou do checkpoint mais próximo. Contudo, o boneco que “morreu” sofre uma penalidade que pode fazer toda a diferença depois: além das runas, também perde um nível de progresso.

Todas essas regras se aplicam apenas durante para o ciclo de dia, ou seja, quando os jogadores estão explorando o mapa em busca de equipamentos melhores e de subir de nível, mas sempre se mantendo dentro da redoma.

O círculo só para de diminuir com a chegada da Maré da Noite, que é justamente o momento de batalhar contra o Senhor da Noite (o chefão do dia). E é aqui que você coloca à prova todos os recursos e experiência que conseguiu reunir até então.

Além disso, durante o embate contra o Senhor da Noite, a mecânica de morte sofre uma alteração drástica: se o boneco “morrer” mesmo (ou seja, ser derrubado e nenhum aliado conseguir socorrê-lo), é game over pra valer.

Ao retornar para o menu inicial, vale se atentar às relíquias que você ganhou em sua última sessão, pois é possível equipá-las para personalizar e melhorar os personagens com esses itens, aplicando bônus permanentes de atributos com esse recurso.

Classes, loot e exploração

Imagem de Elden Ring Nightreign Há diferentes tipos de personagem para jogar em Elden Ring Nightreign, com habilidades únicas (Divulgação)

Em se tratando dos bonecos disponíveis, a Bandai Namco já confirmou que serão oito personagens únicos, cada um habilidades e técnicas Supremas (Ultimates) próprias. Porém, na demonstração que joguei, havia apenas quatro deles: Wylder, Guardian, Duchess e Recluse.

O Wylder é o mais próximo de uma build padrão em Souls, empunhando espada e escudo e vestindo armadura. O Guardian utiliza uma arma mais pesada com as duas mãos que é mais poderosa, e ele consegue se locomover um pouquinho mais rápido do que o Wylder. A Duchess é a classe focada na destreza: extremamente rápida e com ataques menos fortes; enquanto a Recluse praticamente não possui resistência nenhuma e foca em magias, lançando projéteis à distância.

Nas sessões de teste, joguei bastante com a Recluse e com a Duchess. A build de magia requer um manejamento maior com a barra de MP, e mais estratégia para se manter a uma certa distância, afinal, sua barra de HP é praticamente inexistente. Como todos os bonecos podem usar qualquer arma, segui a tática de procurar um arco para atirar flechas em inimigos comuns, guardando as magias para os chefões.

Com a Duchess, tive uma experiência mais divertida: a boneca é rápida e possui ataques menos fortes como citei anteriormente, mas tem uma habilidade Suprema roubadíssima: a de replicar os eventos dos últimos 3 segundos. Essa técnica exige coordenação, caso o jogador queira dobrar ou até triplicar o dano infligido em algum adversário, pois precisa ser ativado no momento certo para que as cópias repitam todo a sequência.

A exploração, por sua vez, é incrivelmente satisfatória. Não vou mentir que, no começo, estranhei o quanto os bonecos podem se locomover livremente em Nightreign, e a mobilidade diversificada deixa tudo ainda mais dinâmico. Além das Águas Espectrais, por exemplo, as quais podem te carregar para áreas mais distantes rapidamente; os saltos espirituais também estão presentes, permitindo alcançar superfícies altas em segundos. E sabe o melhor de tudo isso: não existe dano de queda nenhum.

Já os locais para você explorar e encontrar inimigos formidáveis abraçam diferentes tipos de cenários: masmorras subterrâneas, castelos, catedrais, acampamentos, entre outros ambientes com os quais os jogadores de Souls estão acostumados.

O loot de baús e caixas espalhadas pelos cenários, por sua vez, é individual — quem pegar, pegou. Já o loot deixado pelos chefes é compartilhado para toda a equipe, mas com itens diferentes para cada personagem. E claro, vale a máxima: quanto mais difícil a batalha, maior e melhor será a recompensa.

Por último, mas não menos importante, foi dito que, na versão final do jogo, os jogadores que sofrem com problemas de conexão e eventualmente caem das partidas, poderão voltar direto na sessão onde estavam. Quando isso aconteceu na versão que joguei, foi necessário que todo mundo desconectasse para retornar ao lobby e recomeçar o matchmaking.

Quando Elden Ring Nightreign será lançado?

Imagem de Elden Ring Nightreign O lançamento do título está mais próximo do que parece (Divulgação)

Elden Ring Nightreign será lançado em 30 de maio de 2025, para PC (via Steam), Xbox One, PlayStation 4, Xbox Series X|S e PlayStation 5. Um Teste de Rede Fechado para jogadores selecionados acontece entre 14 e 17 de fevereiro exclusivamente no PlayStation 5 e no Xbox Series X|S.

A versão Standard do game, disponível em formato digital e físico, custará US$ 39.99. A edição Deluxe, também disponível em formato digital e físico, e inclui DLCs com chefes exclusivos, sairá por US$ 54.99.

A Collector’s Edition vai custar US$ 199.99 (somente em formato físico), e a edição com uma réplica colecionável vai sair por US$ 189.99. Mais detalhes sobre os conteúdos dessas versões serão reveladas em breve pela Bandai Namco.

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