A Crytek, conhecida pelo jogo Crysis, está processando os criadores de Star Citizen, alegando que estão quebrando o contrato ao usar a CryEngine 3 de forma indevida para os jogos relacionados da franquia (via Polygon).
Os estúdios Cloud Imperium Games (CIG) e Roberts Space Industries (RSI) são acusados no processo, ambos fundados por Chris Roberts, criador da franquia clássica de jogos Wing Commander.
No ano passado, os estúdios revelaram que deixariam a CryEngine para usar a Lumberyard, da Amazon. No entanto, segundo o processo, o motor gráfico da Crytek continua sendo usado nos produtos, mesmo que parcialmente, o que seria confirmado por diversas linhas de códigos.
Outro problema é que Star Citizen se dividiu em dois jogos: uma campanha single-player chamada Squadron 42 e o jogo original multiplayer, que é conhecido como Persistent Universe. Ambos utilizam os mesmos códigos, o que pode significar uma quebra ainda maior no contrato.
A acusação ainda afirma que a logo da CryEngine foi removido de forma imprópria do jogo e que os desenvolvedores não divulgaram as modificações relacionadas ao motor gráfico como era previsto no acordo original.
Um representante da CIG e da RSI fizeram uma declaração afirmando que as acusações são infundadas:
Estamos cientes da acusação registrada pela Crytek. A CIG não usa a CryEngine já há algum tempo desde que mudamos para a Lumberyard da Amazon. Esta é uma ação judicial sem mérito da qual vamos nos defender vigorosamente, incluindo buscar recuperar da Crytek qualquer custo gasto na questão.
O título está em desenvolvimento há mais de cinco anos e se Chris Roberts for considerado culpado da acusação, isso pode significar modificar boa parte do código do jogo, prejudicando ainda mais sua produção.
Star Citizen é o jogo de exploração espacial da Roberts Space Industries, que detém o recorde de maior financiamento coletivo da história dos videogames. O jogo tem uma versão beta apenas com multiplayer disponível e o jogo completo, bem como seu modo história, não tem data de lançamento.