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Assistimos a O Agente da U.N.C.L.E.
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Assistimos a O Agente da U.N.C.L.E.

Só um filme engraçadinho da sessão da tarde ou para se assistir no Netflix sem muito compromisso

Marina Val
Marina Val
01.set.15 às 12h34
Atualizado há mais de 9 anos
Assistimos a O Agente da U.N.C.L.E.

O Agente da U.N.C.L.E. conta a história de dois rivais forçados a trabalharem juntos, um clichê antigo, e essa não é a única parte da história que parece batida. Nada no filme é realmente novo, especialmente porque o longa é baseado em um seriado dos anos 1960, mas ele consegue ter alguns momentos divertidos apesar disso.

A história se passa no começo da década de 60 e o agente Napoleon Solo (Henry Cavill), da CIA, e Illya Kuryakin (Armie Hammer), da KGB, precisam se unir conta uma organização criminosa que está trabalhando para produzir armas nucleares em grande escala, algo que ameaça tanto os Estados Unidos quanto a Rússia.

A parceria acontece apenas um dia depois que os dois agentes se enfrentaram ainda como rivais e, como era de se esperar, o reencontro não é dos mais amistosos e objetos de cena são destruídos no processo.

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Napoleon Solo é apresentado como um agente eficaz, mas também muito malandro, do tipo que consegue uma graninha por fora ignorando algumas regras básicas e furtando itens durante as missões. Ele também é um conquistador que não pode ver uma garota sem que acabe se distraindo um pouco do objetivo principal.

Henry Cavill consegue deixar de lado a aura de cara certinho que ganhou interpretando o Homem de Aço e encarnar bem um picareta de mãos leves e língua afiada.

Já Illya Kuryakin é muito mais centrado em suas tarefas, mas também não é perfeito. O pavio curto do agente é o seu maior defeito. Quem quiser manter todos os dentes, é melhor não ousar falar nada sobre a família dele, especialmente sobre a mãe.

Os dois tem estilos totalmente distintos, mas são equivalentes em talento e eficácia, sempre se complementando nas missões. A questão aqui não é mostrar qual país ou agente é melhor, e sim como eles se relacionam.

O segmento que encerra com um sanduíche mostra isso muito bem: Depois de muitos contratempos e vários momentos onde eles se alternam em salvar a pele do outro, um deles saboreia um lanchinho enquanto o outro continua sendo perseguido pelos vilões. Só depois da pausa para o rango, o agente decide intervir.

Se os protagonistas são um tanto estereotipados, os vilões são ainda mais rasos. A líder da organização criminosa pode ser descrita apenas como “Paris Hilton que trocou o Chihuahua por armas nucleares”.

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Entretanto, o filme cometeu uma falha que afeta bastante a percepção: a data de lançamento muito próxima de Missão: Impossível – Nação Secreta, um filme que consegue ser melhor em todos os aspectos e é difícil não comparar, para não dizer impossível. Perto do longa de Tom Cruise, O Agente da U.N.C.L.E. é só um filme engraçadinho da sessão da tarde ou para se assistir no Netflix sem muito compromisso.

Este é um longa tão levinho e pipoca que encerrar em uma cena que basicamente anuncia que há uma grande expectativa para uma continuação acaba forçando um pouco a amizade. É um filme divertido, mas está longe de ser algo incrível. Ele entretém com algumas cenas de ação – muitas das quais foram mostradas no trailer – e alguns momentos que conseguem tirar sarro dos próprios clichês, mas não vai muito além disso.

O Agente da U.N.C.L.E. estreia em 3 de setembro no Brasil.

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