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Assistimos a Exorcistas do Vaticano
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Assistimos a Exorcistas do Vaticano

FIlme é pouco original e falha em criar bons momentos de tensão

Marina Val
Marina Val
17.ago.15 às 12h34
Atualizado há quase 10 anos
Assistimos a Exorcistas do Vaticano

Se você está procurando um bom filme de terror com momentos de tensão e uma história intrigante, continue na busca, pois não há nada que possa ser aproveitado aqui.

Exorcistas do Vaticano tem uma premissa simples. A jovem Angela Holmes (Olivia Taylor Dudley) leva uma vida relativamente normal até sofrer um leve acidente no qual corta o dedo e relutantemente vai ao hospital.

Depois disso, eventos assustadores começam a acontecer aparentemente sem explicação, tudo escala rapidamente e um novo acidente evolui para um coma. Quando acorda, a garota está totalmente mudada e começa a ter um efeito devastador sobre as pessoas.

Com uma história tão simples, muitos imaginariam um filme de terror comum, com alguns sustos bem executados, mas sem grandes inovações. Porém, o longa tem dificuldade de entregar até mesmo o medo.

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Os personagens parecem um monte de caricaturas com perninhas e o roteiro tem a terrível mania de explicar tudo nos mínimos detalhes, simplesmente porque as cenas não conseguem ter o impacto que precisariam ter para ser um terror de qualidade.

Em um dos momentos iniciais do filme quando ainda está se estabelecendo que Angela não é mais a garota doce e perfeita que costumava ser, a moça ameaça um recém nascido da maneira mais sem graça possível.

Talvez por ter percebido que a cena, ao sair do papel, ficou simplesmente tosca, o diretor, Mark Neveldine, decide que seria bom mostrar em close uma placa que mostra o tipo de risco que o bebê está passando. Uma escolha patética que subestima o espectador ao assumir que ninguém é esperto o suficiente para entender o que está acontecendo. Claro que o único efeito obtido é apenas de diminuir ainda mais a tensão.

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Por conta do incidente em que ameaçou um bebê e de outros eventos em que se envolve, Angela é enviada para um hospital psiquiátrico para ser avaliada. É ali que Exorcistas do Vaticano começa a conseguir alguns acertos.

Uma das melhores cenas de Exorcistas do Vaticano envolve a conversa que a protagonista tem com uma parede. Considerando que personagens são extremamente rasos e mal desenvolvidos, uma parede não parece tão desinteressante em comparação. Brincadeiras à parte, o trecho é interessante e consegue dar algumas evidências de que tem algo bem errado acontecendo, que talvez a medicina não consiga explicar.

Pouco depois disso, alguém da produção parece ter lembrado que aquele deveria ser um filme sobre exorcismo e a história consegue entrar em um formato conhecido que é até difícil de errar. Mesmo assim, o filme ainda consegue pecar pelo excesso, tanto pela insistência de criar algo épico quanto pela velocidade em que tudo acontece.

Depois de muitos tropeços e de algumas cenas bizarras que forçam um pouco a barra tentando criar relação com simbolismos católicos do renascimento, o longa chega a um momento que poderia ser a sua redenção rumo à lista de bons filmes de terror, mas subitamente acaba.

Por conta disso, Exorcistas do Vaticano se junta à pilha de tentativas que buscam fazer algo original, mas que são apenas uma cópia insossa de algo que já veio antes. O filme tenta ser grandioso, mas falha miseravelmente em detalhes básicos e a única coisa que assusta mesmo é a possibilidade de que ele ganhe uma continuação.

Exorcistas do Vaticano estreia em 20 de agosto de 2015 no Brasil.

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