A montadora Tesla, empresa do bilionário Elon Musk, foi acusada pelo Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia (DFEH, na sigla em inglês) de segregação racial e discriminação em sua fábrica em Fremont, Califórnia, entre 2015 e 2019.
Segundo Kevin Kish, diretor da agência, o órgão "encontrou evidências de que a fábrica de Fremont da Tesla é um local de trabalho segregado racialmente, onde os trabalhadores negros enfrentam insultos raciais e discriminação em atribuições de tarefas, disciplina, salários e promoções".
Além disso, o DFEH relata ter recebido centenas de reclamações dos trabalhadores da fábrica que eram alvos frequentes de ofensas e piadas racistas de colegas e gerentes. Um dos colaboradores disse ouvir insultos racistas de "50 a 100 vezes em um dia".
Ainda de acordo com o departamento, a Tesla manteve os trabalhadores negros nos cargos de nível mais baixo da empresa, negou treinamentos e os designou para trabalhos fisicamente mais exigentes.
A agência pediu ao tribunal da Califórnia que a Tesla seja forçada a parar com o tratamento desigual em sua fábrica e que pague danos morais ao órgão e aos trabalhadores negros que sofreram discriminação.
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Em um post em seu blog, a empresa de Musk se defendeu do processo dizendo que é uma "narrativa criada pelo DFEH e diversas de empresas para gerar publicidade".
A companhia também alega que todos os trabalhadores envolvidos em má conduta, incluindo os que supostamente fizeram insultos raciais, foram demitidos.