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Astrônomos observam corona de buraco negro sumir e reaparecer pela primeira vez
Ciência e Tecnologia

Astrônomos observam corona de buraco negro sumir e reaparecer pela primeira vez

O fenômeno pode ter sido causado por uma estrela errante

Priscila Ganiko
Priscila Ganiko
30.jul.20 às 12h15
Atualizado há quase 5 anos
Astrônomos observam corona de buraco negro sumir e reaparecer pela primeira vez
Ilustração do momento da possível colisão | Imagem: NASA/JPL-Caltech

Pela primeira vez, os astrônomos conseguiram ver a corona de um buraco negro supermassivo desaparecer e reaparecer, e estão estudando como isso aconteceu.

Nesse caso, a corona é um halo de partículas de alta energia que gera luz de raio-x, representada em branco na imagem.

O buraco negro observado fica na galáxia 1ES 1927+654, que está a cerca de 100 milhões de anos-luz da Terra. O fenômeno observado mostrou que a corona desapareceu, e, ao longo dos próximos meses, voltou a aparecer.

Os estudos, relatados em artigo publicado no Astrophysical Journal Letters em 17 de julho, mostram que logo antes do halo de luz desaparecer, houve um clarão com cerca de 40 vezes mais brilho do que o normal. O artigo sugere que uma estrela errante pode ter sido engolida pelo buraco negro, o que explicaria não apenas o desaparecimento da corona, como também o distanciamento do disco de acreção — a nuvem avermelhada ao redor.

O buraco negro após o desaparecimento da corona | Imagem: NASA/JPL-Caltech

Caso uma estrela tenha passado muito perto, ela pode ter sido despedaçada pela força gravitacional do buraco negro, espalhando detritos pelo disco de acreção e jogando materiais repentinamente no buraco, mudando as linhas magnéticas de uma forma que ele não geraria mais uma corona.

Essa é apenas uma das possibilidades, uma vez que um dos telescópios de raio-x da NASA, o Neutron star Interior Composition Explorer (NICER), detectou uma enorme variação nos níveis de brilho em um curto período de tempo. O próximo passo envolve observar o comportamento de outros buracos negros para determinar se esse tipo de acontecimento pode ser considerado como algo comum ou raro.

Com informações da NASA e do MIT News.

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