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Warner Bros. 100 anos: O que esperar do estúdio para 2023?
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Warner Bros. 100 anos: O que esperar do estúdio para 2023?

Estúdio celebra centenário em meio a reformulações e relações estremecidas com cineastas e atores

Pedro Siqueira
Pedro Siqueira
20.dez.22 às 10h08
Atualizado há mais de 2 anos
Warner Bros. 100 anos: O que esperar do estúdio para 2023?

Casa de franquias importantes como DC, HBO, Harry Potter, Looney Tunes, Game of Thrones e mais, a Warner Bros. chega ao centésimo ano de história em 2023. Mas nem só de festa vive a empresa, porque as comemorações chegam em meio a uma turbulenta reformulação, que custou projetos inteiros abandonados, relações estremecidas com astros da TV e do cinema e uma grande interrogação na cabeça de muitos fãs: Afinal, como será o próximo ano da WB?

Desde abril deste ano, o estúdio é gerido por David Zaslav, após compra e fusão com o grupo Discovery. A chegada do executivo chacoalhou produções com as novas medidas de contenção de gastos. Se você acompanhou o Nerdbunker ao longo de 2022, viu notícias de projetos como um filme dos Super Gêmeos levando o corte. Nem longas praticamente filmados, como Batgirl, se seguraram.

Não ajuda também as declarações públicas de cineastas veteranos da casa, como Christopher Nolan e Denis Villeneuve, contra a estratégia de lançamento simultâneo de filmes nos cinemas e no HBO Max, em 2021. Outrora responsável pela biblioteca de cineastas como Kubrick, Clint Eastwood, Martin Scorsese e mais, a Warner se vê na posição delicada de recuperar o prestígio com criadores, fazendo jus à própria história.

Batgirl levou corte mesmo com filmagens encerradas

Isso sem contar a DC, que passa por uma reformulação própria. Com quatro produções engatilhadas para lançamento em 2023 (Shazam! Fúria dos Deuses, The Flash, Besouro Azul e Aquaman e o Reino Perdido), o estúdio teve uma troca de chefia, com James Gunn e Peter Safran assumindo como CEOs da empreitada, e o desafio de trazer uma guinada positiva que pode inclusive trazer novos rostos para papéis queridinhos do público.

Uma nova Liga vai dar liga?

Convocados para a DC em outubro, Gunn e Safran prometeram já para o início do ano o anúncio dos próximos projetos do estúdio. Na imprensa internacional, o burburinho é de uma reescalação completa da Liga da Justiça. O rumor ganhou mais força com o próprio Gunn confirmando a produção de um novo longa do Superman, sem Henry Cavill.

O diretor de O Esquadrão Suicida (2021) definiu o projeto como a história de um jovem Superman, embora não se trate de uma história de origem. Tanto o cineasta quanto o astro confirmaram o fim da parceria, encerrando o ‘vai ou não vai’ envolvendo Cavill desde 2018.

James Gunn traz expertise da Marvel para reformular a DC

A mudança muito provavelmente deve afetar os outros heróis. Diretora dos dois Mulher-Maravilha, Patty Jenkins confirmou que um terceiro filme foi descartado. Publicações como o THR afirmam que o Aquaman de Jason Momoa também foi por água abaixo, embora o ator deva retornar em outro papel.

Se confirmadas, as mudanças marcarão o fim do SnyderVerso como conhecemos, e um amanhecer inédito para a Liga nos cinemas. E que comecem as apostas de quem serão os novos heróis. Ao menos já sabemos que em streaming eles terão uma casa diferente.

Max, traga minhas séries

Filmes, séries e realities dividirão streaming

Se você já se acostumou com o HBO Max, é melhor se preparar para o adeus. O streaming, ao menos como o conhecemos, dará lugar ao Max (isso mesmo, só Max), já no primeiro semestre de 2023. A nova plataforma combina as bibliotecas do HBO Max e Discovery+ e também chegará ao Brasil.

Por enquanto, informações sobre assinaturas, catálogo e mais ainda não foram confirmados. A fusão é mais uma das estratégias de Zaslav e companhia para alavancar os produtos da casa. Só o HBO Max tem atualmente 76 milhões de usuários pelo mundo, com mais 24 milhões vindo do Discovery+.

E a telona?

Apesar de ter perdido a parceria com Christopher Nolan (o diretor de Batman - O Cavaleiro das Trevas optou pela Universal para o lançamento de Oppenheimer, em julho), a Warner chega com títulos importantes no cinema ao longo do ano.

Barbie de Margot Robbie. Clássico moderno?

Além dos já citados longas da DC, o calendário de blockbusters tem:

  • Magic Mike 3 (fevereiro)
  • Evil Dead Rise (abril)
  • Barbie (julho)
  • Megatubarão 2 (agosto)
  • A Freira 2 (setembro)
  • Duna: Parte 2 (novembro)
  • Wonka (dezembro)

As continuações de séries de sucesso como Duna e o universo Invocação do Mal podem ser o respiro necessário para o estúdio, além do curioso caso de Barbie, que pode tornar-se uma surpresa nas bilheterias com o poder do “Mas que p***a?!”.

Para o bem e para o mal, a Warner Bros. chega aos 100 anos em plena mudança. Resta saber a que caminhos as pedras colocadas agora levarão na estrada do estúdio — e o que isso significará para as próximas décadas de conteúdo. Quem viver, verá.

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