Alguns críticos internacionais tiveram acesso ao Snyder Cut da Liga da Justiça antes de seu lançamento, que está marcado para quinta-feira (18), e as críticas começaram aparecer na internet.
Ainda que sejam bem diferentes em uma opinião geral sobre o longa, boa parte das críticas concorda que a história da versão de Snyder foi melhor desenvolvida do que na versão de 2017 — seja pelo dobro de duração do filme ou simplesmente por dar o contexto para os acontecimentos — mas que a trama continua rasa, abrindo espaço para uma sequência que nunca vai existir.
O arco do Ciborgue, interpretado pelo ator Ray Fisher, foi muito elogiado. Segundo Joshua Rivera, do Polygon, o personagem é o que tem mais investimento emocional no longa, e "às vezes, ele até parece o protagonista". Apesar de criticar o exagero no uso de CG, que faz o Ciborgue destoar do resto da equipe, a performance do ator em si foi aclamada.
Rivera ainda menciona que o jeito mais interessante de ver o Snyder Cut é com o longa original em mente, encontrando pontos que permaneceram na versão dos cinemas e vendo como seriam trabalhados. Em suma, o crítico diz que o longa não é coerente, mas que mostra os heróis como deuses, e que este "deve ser o único filme honesto de super-heróis nos cinemas, um filme que realmente entende estas figuras como ferramentas de dominação."
Tom Jorgensen, do IGN, afirma que os personagens são melhor explorados, e até mesmo o vilão Lobo da Estepe ganha um propósito, ainda que seja meio superficial. Ele encerra dizendo que "ainda que nem todas as adições sejam totalmente necessárias e que alguns novos efeitos visuais se destacam por sua falta de polimento, é difícil exagerar no quanto esta versão de Liga da Justiça é mais agradável" em comparação à que foi para os cinemas em 2017.
O crítico da Entertainment Weekly, Darren Franlch, ressaltou a quantidade de repetições, seja em pontos da trama como dois acidentes de carro cruciais, ou até mesmo repetições de cenas como o Superman indo para o espaço e repetindo a cena de Homem de Aço. "No fim das contas, os espectadores ficam com a promessa de que as coisas mais legais acontecerão da próxima vez", e que "esta versão não é pior do que a anterior, mas certamente é mais longa."
Richard Lawson, da Vanity Fair, afirma que é impossível avaliar o filme sem levar em consideração todo o histórico anterior da produção: "tudo ao redor do filme não pode ser separado dele, tanto a história pessoal de Zack Snyder quanto a mitologia que envelopou seu projeto no passado."
Lawson afirma que os fãs devem ficar satisfeitos com o desfecho providenciado pelo longa, chamando-o de "um artefato despedaçado vindo do passado, como se o Flash tivesse corrido para trás para salvá-lo."
As críticas também comentaram a trilha sonora, que foi completamente trocada, e a resolução 4:3, que seria ideal para as telas do IMAX.
Entre comentários positivos e negativos, o consenso é de que este lançamento encerra toda uma saga fora das telonas, impulsionada por fãs e pela visão pessoal do diretor. A versão de Zack Snyder do filme Liga da Justiça será lançada em 18 de março de 2021.