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The Witcher - 2ª Temporada | Crítica
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The Witcher - 2ª Temporada | Crítica

A série do bruxeiro retorna com uma temporada que expande seu universo e melhora sua qualidade geral, mas mantém a mesma pegada

Tayná Garcia
Tayná Garcia
17.dez.21 às 13h50
Atualizado há mais de 1 ano
The Witcher - 2ª Temporada | Crítica

Após dois anos de espera, a série de The Witcher retorna à Netflix com o objetivo de desenvolver os núcleos principais de sua trama, uma vez que já passamos da fase introdutória da primeira temporada – que foi guiada por contos paralelos.

Agora, Geralt de Rívia (Henry Cavill) decide levar Ciri (Freya Allan) a Kaer Morhen, a fortaleza dos bruxos da escola do Lobo, para ensiná-la a se defender e entender melhor seus poderes. Enquanto isso, os reis, humanos e elfos travam uma guerra pela supremacia do Continente.

Com isso, a série elimina as múltiplas linhas temporais para se focar em apenas uma, o que é um dos maiores acertos do roteiro por alinhar a história, deixando-a mais clara ao espectador, seja ele um fã com bagagem ou não. E essa era uma tarefa complicada, considerando que há a adaptação de praticamente três livros ao mesmo tempo agora.

A nova temporada adapta principalmente o terceiro livro, o romance O Sangue dos Elfos, mas ainda encontra espaço para mais contos e personagens das primeiras obras. Para encaixar tudo de forma que faça sentido e exista uma linearidade, a série se apoia também em acontecimentos originais. Só que essa estrutura oscila, funcionando muito bem em alguns momentos, mas em outros nem tanto assim.

Isso porque o ritmo é algo que muda consideravelmente ao decorrer da temporada. Os primeiros episódios são bem construídos, tomando tempo para desenvolver e aprofundar personagens e arcos que estão começando a ganhar forma. Mas a reta final é apressada, fazendo com que ações e motivações de alguns personagens mudem rápido demais, sem ter uma construção convincente.

Apesar de uma participação mais enxuta, Jaskier continua como um excelente alívio cômico e traz mais uma música grudenta

A chegada de vários personagens amplia o universo da série – em que o foco inicial é a tríade Geralt, Ciri e Yennefer (Anya Chalotra) –, movimentando bastante a trama e aprofundando arcos que se tornam o núcleo da temporada, como a guerra do Continente.

No entanto, enquanto alguns dos rostos novos (e antigos) são bem aproveitados e fiéis ao material original, outros têm uma passagem rápida ou rasa. Os destaques positivos ficam com Dijkstra (Graham McTavish), personagem que esbanja sagacidade e adiciona um tempero à la Game of Thrones, e Vesemir (Kim Bodnia), bruxo que exerce um grande papel nas descobertas sobre os poderes de Ciri. Em contrapartida, os bruxos restantes da escola do Lobo, principalmente Eskel (Basil Eidenbenz), são alguns dos que deixaram a desejar em termos de desenvolvimento.

O visual de Kaer Morhen transmite uma sensação de que é um local antigo e vazio, mas ao mesmo tempo aconchegante

Em relação ao primeiro ano da série, os efeitos especiais estão levemente superiores. Criaturas como liches, chernobogs e lâmias são assustadoras e imponentes. No entanto, há deslizes e momentos em que a qualidade cai consideravelmente de um monstro para outro.

Além disso, também fica a sensação de que a série poderia abusar mais de efeitos especiais em outros elementos, como feitiços e principalmente Sinais dos bruxos – uma vez que visualmente todos parecem idênticos e fica difícil de diferenciá-los.

Cenas que envolvem lutas com espadas e feitiços acontecem com menos frequência nos episódios, mas todas são bem executadas e convincentes. Mas, repetindo o tom da primeira temporada, ainda há aqueles momentos que tentam algo diferente e chamativo, só que apenas caem no brega – como uma cena em câmera lenta, para mostrar que um inimigo perdeu um dente.

O rosto de Nivellen (Kristofer Hivju) é um dos exemplos de quando os efeitos visuais caem de qualidade

Como uma camada extra para os fãs, a nova temporada ainda apresenta muitos easter eggs e referências aos livros e jogos, principalmente durante o treinamento de Ciri em uma Kaer Morhen lotada de neve – então preparem-se, fãs de The Witcher 3!

Mais uma moeda para o bruxeiro

De forma geral, a segunda temporada de The Witcher prova que aprendeu com a maioria dos erros da primeira e demonstra uma evolução de qualidade em muitos aspectos, sobretudo no roteiro. Apesar de alguns deslizes de ritmo e adaptação, a história consegue empolgar e manter o espectador entretido até o fim — e também ansioso pelo que está por vir, graças a aparições reveladoras no último episódio.

No fim, a série mostra que teve melhorias gerais, mas mantém a mesma pegada em vários elementos. Isso acabou repetindo a mesma sensação que a primeira temporada me causou: The Witcher é divertido e empolgante, mas há ressalvas aqui e ali. Com gancho para mais temporadas, ainda temos espaço para que mais parafusos soltos sejam ajustados no futuro.

Enquanto isso, os fãs podem continuar jogando algumas moedas para o bruxeiro porque ele merece mais uma vez.


As duas temporadas da série de The Witcher estão disponíveis na Netflix. Além disso, o box dos livros de The Witcher e a action figure da Dark Horse do Geralt estão à venda para você curtir ainda mais a série. Caso garanta pelos links, o Jovem Nerd pode receber comissão.

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