Mesmo com a presença de Gal Gadot ainda incerta, o universo da Mulher-Maravilha no audiovisual será expandido com o prelúdio Paradise Lost. A série feita para o HBO Max está entre os primeiros anúncios da nova fase da marca, sob a chefia de James Gunn e Peter Safran, e promete fazer a alegria dos fãs da DC.
Descrita pelo próprio Gunn como uma espécie de "Game of Thrones das heroínas", a trama ainda não teve maiores detalhes divulgados, mas já promete abordar um lado mais político no universo dos quadrinhos, com algumas possibilidades interessantes a serem exploradas.
Lar, escondido lar
Tanto nos quadrinhos quanto no cinema, a ilha secreta de Themyscira é o lar de Diana Prince e as Amazonas. Na linha temporal abordada na primeira versão do DCU, sob produção de Zack Snyder, o local é/era governado pela Rainha Hyppolita (Connie Nielsen), com a força militar feminina liderada pela imponente Antíope (Robin Wright).

O cotidiano e o treinamento de Diana desde a infância foi destaque de boa parte do primeiro Mulher-Maravilha (2017). Assim como nos quadrinhos, Themyscira é povoada apenas por mulheres, até ser descoberta por acidente pelo piloto Steve Trevor (Chris Pine).
Elas apareceram também descendo a porrada, lanças e flechas do Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), em cena de flashback da Liga da Justiça de Zack Snyder (2021).
O lado competitivo das amazonas foi explorado também em Mulher-Maravilha 1984 (2020). O treinamento árduo e a constante rivalidade entre as guerreiras é mostrado por meio de diferentes jogos em Themyscira, com a própria Diana dando o máximo de si em corridas, piruetas e mais.
O desejo da heroína em se provar diante das outras amazonas e da própria família pode ser ecoado na nova série, mostrando como a própria filosofia de vida na ilha pode ser a causa de conflitos entre as amazonas.
Game of Thrones no universo DC
Tanto na coletiva de imprensa quanto no vídeo de anúncio dos novos projetos, Gunn e Safran compararam Paradise Lost às intrigas de Game of Thrones. Gunn diz (via Collider):
“Como essa sociedade de mulheres se formou? O que isso significa? Como é a política delas? Quais são as regras? Quem está no comando? Que tipo de manobras elas precisam fazer entre si para chegar ao topo?!
Além de todas as reviravoltas e mortes sanguinolentas que fizeram a alegria dos fãs da HBO, a trama de George R.R. Martin sempre foi destacada também pela profundidade nas relações políticas e jogos de poder entre os Sete Reinos. Caso siga por esse caminho, Paradise Lost pode abrir o leque do DCU para uma trama não focada só na porradaria, abordando de que forma o isolamento das Amazonas as beneficia em relação aos humanos comuns, mas também todos os problemas que isso acarreta.

Gal Gadot de volta?
Embora trate-se de um prelúdio, situado anos antes do nascimento de Diana, Paradise Lost pode também ser a chave para o retorno de Gal Gadot no papel da heroína, ainda que para participações curtas. Vale lembrar que o DCU tem tradição de conectar as tramas da TV com o cinema, levando a Amanda Waller de Viola Davis a Pacificador (2022). Se o plano de Gunn e Safran é manter uma história coesa entre as diferentes plataformas, a filha mais poderosa de Themyscira pode trazer elementos de Paradise Lost para a telona.
Briga de Amazonas
Se o título escolhido por Gunn e Safran servir de pista, a série pode tomar inspiração no arco Paradise Island Lost, publicado na HQ da Mulher-Maravilha em 2001. A trama aborda uma guerra civil entre nações rivais de Amazonas em Themyscira, colocando até a própria Diana contra a mãe.

Ao longo das edições, os roteiristas Phil Jimenez (que também assina a arte) e George Perez debatem o funcionamento da sociedade Amazona, com seus prós e contras. Resta saber como Gunn, Safran e equipe pretendem levar as heroínas à telinha.
Paradise Lost ainda não tem data de estreia nem elenco confirmado. A série chega para streaming no HBO Max. Siga de olho no Nerdbunker para mais novidades. Aproveite e baixe o novo aplicativo do Jovem Nerd para iOS ou Android.