As greves de roteiristas e atores de Hollywood têm promovido encontro entre elencos de grandes produções para chamar a atenção para a causa. A reunião mais recente foi a do elenco de Breaking Bad, que se uniu em prol da paralisação.
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Na última terça-feira (29), os atores Bryan Cranston, Aaron Paul, Betsy Brandt, Jesse Plemons, e o roteirista Peter Gould, se uniram em mais um piquete. Confira abaixo:
Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Bryan Cranston resumiu a principal reivindicação do sindicato dos atores, que é a atualização de contratos para que se tornem mais justos aos intérpretes:
"Estamos buscando um contrato justo, em que o ator possa pagar as contas, o aluguel e comprar comida para suas famílias. Esse é o ponto, é um momento divisor de águas para o nosso sindicato. Nós precisamos ganhar essa luta, porque... Eu não quero soar apocalíptico, mas acho que o sindicato estaria em risco de não sobreviver se não definirmos os padrões agora e aceitarmos que a dinâmica de negócios a qual estávamos acostumados há décadas não é mais apropriada. Precisamos acitar que há novos elementos que precisam ser negociados. Estamos basicamente procurando por contratos decentes."
O ator também falou sobre a exigência dos sindicatos em regular o uso de Inteligências Artificiais. Segundo ele, a ideia dos estúdios em substituir atores e roteiristas por IAs é uma forma de desumanizar os profissionais:
"Esse contrato terá uma frase que diz 'atores precisam ser seres humanos'. Isso é loucura, mas é o que dirá. Ao mesmo tempo, o do sindicato dos roteiristas dirá que 'precisa ser escrito por um ser humano'. Nós nunca tivemos que imaginar isso antes, mas esse é o aqui e agora, pode acontecer agora. E nós precisamos nos posicionar e dizer 'vocês estão desumanizando os trabalhadores e isso não pode continuar."
As greves dos sindicatos de atores e de roteiristas de Hollywood não têm data para acabar. Os profissionais seguem aguardando por negociações mais justas com os grandes estúdios e produtoras.
Fonte: THR.