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Crítica | Death Note
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Crítica | Death Note

Filme está disponível na Netflix

Priscila Ganiko
Priscila Ganiko
25.ago.17 às 13h07
Atualizado há quase 8 anos
Crítica | Death Note

Tanto o mangá quanto o anime de Death Note alcançaram um sucesso tremendo dentro e fora do Japão. Trazendo uma história cheia de reviravoltas inteligentes com personagens bem construídos, a obra consegue prender o leitor e segurar sua atenção em todos os volumes e capítulos.

A megalomania de Light dá o tom à trama e L é um personagem extremamente icônico que conquistou milhares de fãs. Por abordar temas e dramas cotidianos, o enredo continua atual mesmo sendo de 2003.

Todas as coisas boas que a dupla Tsugumi Ohba e Takeshi Obata construiu, o recém-lançado filme da Netflix consegue ignorar.

A personalidade de Kira (Nat Wolff), tão marcante na obra original, perde-se quase que completamente na adaptação: o personagem parece um adolescente mimado e sua inteligência, presente ao longo de toda a trama no mangá, é mostrada somente quando é conveniente.

Ryuk, interpretado pelo brilhante Willem Dafoe, funciona quase como um alívio cômico durante o desenrolar da trama, perdendo parte de seu charme sombrio. Mia (Margaret Qualley), a Misa da adaptação, abandona tudo o que a personagem é na obra original para apresentar uma personalidade rasa e chata.

L (Keith Stanfield) é outro que deixa muito a desejar: apesar de manterem seu gosto por sentar em cadeiras de jeitos alternativos e de comer muitos doces, o personagem não tem a mesma inteligência do original e suas manias nunca são explicadas, o que faz com que o investigador pareça bobo.

Mesmo para quem não conhece o original e não traça os paralelos descritos acima, os personagens são rasos e suas motivações não são o suficiente para sustentar suas ações de forma verossímil; Ryuk se torna ainda mais dispensável, L fica mais desinteressante e Light/Kira passa a impressão de ser muito mais mimado.

A classificação de "para maiores" do filme serve unicamente para justificar o tanto de sangue e mortes esdrúxulas que vemos na tela, dignos de uma das sequências de Premonição. A tal batalha entre bem e mal sugerida pelo diretor Adam Wingard acaba ofuscada por uma história que não se sustenta e personagens que se aliam e traem uns aos outros sem grandes motivações.

O filme seria uma ótima adição ao elenco da Sessão da Tarde se não tivesse o gore, pois cumpre muito bem o papel de filme genérico de "suspense" para adolescentes.

Death Note está disponível na Netflix a partir de hoje, 25 de agosto.

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