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Alerta Vermelho | Crítica
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Alerta Vermelho | Crítica

Filme da Netflix reúne The Rock, Gal Gadot e Ryan Reynolds em aventura pouco inspirada, mas divertida

Gabriel Avila
Gabriel Avila
11.nov.21 às 11h04
Atualizado há mais de 3 anos
Alerta Vermelho | Crítica

A estratégia de trazer grandes atores para um filme é tão velha quanto a própria Hollywood, e a Netflix não demorou para aprender essa valiosa lição para suas produções originais. A mais nova prova de que a tática funciona é Alerta Vermelho, produção que se vendeu praticamente sozinha graças à presença de Dwayne "The Rock" Johnson, Gal Gadot e Ryan Reynolds. Lançamento do streaming, o longa reúne o trio em uma aventura pouco inspirada, mas que diverte ao saber navegar o mar de clichês que propõe.

A produção acompanha John Hartley (Johnson), um agente do FBI que está na caça de um famoso assaltante de arte chamado Nolan Booth (Reynolds). A dupla se vê forçada a trabalhar junto para deter Sarah Black (Gadot), outra assaltante que pretende realizar um grandioso roubo que cruza o caminho da dupla.

Apenas pela sinopse, já é possível perceber algumas das várias influências de que o diretor e roteirista Rawson Marshall Thurber bebeu para a criação de Alerta Vermelho. Essa mistura de aventura e assalto que coloca uma dupla improvável em situações ainda mais improváveis ao redor do mundo é resultado de uma verdadeira mistura de dezenas de filmes que utilizaram qualquer uma dessas características. Assim, a história cria uma sensação de familiaridade que se torna a grande marca da produção: um lugar-comum que não arrisca, mas também não ofende.

Thurber usa essas referências para propor uma verdadeira “lista de tarefas” com elementos do gênero ação e aventura, o que inclui pancadaria, frases de efeito e piadinhas. O cineasta inclusive o faz sem a menor vergonha, chegando a usar o texto para rir constantemente da própria falta de originalidade. Essa familiaridade é amplificada por outros departamentos da produção, como a fotografia de Markus Förderer (Bliss: Em Busca da Felicidade) e a trilha sonora de Steve Jablonsky (Transformers), que evocam clássicos do cinema como quem busca na nostalgia a saída para que o público não se incomode com as várias forçadas de barra que a história promove.

Esses pontos baixos só não prejudicam o projeto porque Alerta Vermelho se mostra consciente desse tom e se aproveita dele para se divertir no processo, o que justifica a escolha de um do trio tão carismático como protagonista. Velho conhecido do diretor graças a filmes como Um Espião e Meio e Arranha-Céu: Coragem Sem Limite, The Rock retorna à velha forma de brucutu cheio de marra que está pronto para distribuir socos e frases de efeito.

Dessa forma, a verborragia cômica de Ryan Reynolds vem bem a calhar tanto para o formato de “dupla improvável”, quanto para que Dwayne Johnson não caia nas armadilhas de viver o mesmo personagem novamente. Eles são complementados por Gal Gadot, que inicialmente parece pouco à vontade no papel de femme fatale, mas logo se encontra e constantemente rouba as cenas em que aparece.

E nessa gangorra, Alerta Vermelho chega ao fim justamente como se estabeleceu nos minutos iniciais: um filme divertido que só não se torna marcante porque prefere ficar na zona de conforto. Com gostinho de Sessão da Tarde, a produção pode se tornar muito querida por quem busca um lazer inofensivo que não se leva muito à sério.

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