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Agente Stone é um ótimo filme comum da Netflix | Crítica
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Agente Stone é um ótimo filme comum da Netflix | Crítica

Ação protagonizada por Gal Gadot é competente em entregar um bom “arroz com feijão”

Camila Sousa
Camila Sousa
10.ago.23 às 22h01
Atualizado há mais de 1 ano
Agente Stone é um ótimo filme comum da Netflix | Crítica
(Divulgação)

Há algum tempo se fala no cansaço do público com grandes franquias nos cinemas, e o argumento se torna mais forte quando vemos produções como Oppenheimer e Barbie indo bem nas bilheterias, enquanto o novo Indiana Jones não teve o sucesso esperado, por exemplo. Assim, longas que não são sequências ou continuações têm conquistado diversos fãs em busca de um entretenimento rápido e sem tanto compromisso – e Agente Stone, novo filme da Netflix, é um prato cheio para esse público.

Estrelada por Gal Gadot, a produção segue uma agente, que trabalha para uma agência global de inteligência, tentando impedir que uma das maiores tecnologias do mundo acabe em mãos erradas. Se a sinopse parece genérica, é porque Agente Stone é realmente um filme muito genérico, mas isso não quer dizer que ele não entregue bons momentos e seja divertido o suficiente para valer algumas horas no final de semana.

Um bom exemplo disso é a cena de abertura, que estabelece toda a ação que os fãs podem esperar nas duas horas seguintes. Em apenas alguns minutos, Rachel Stone (Gadot) hackeia tecnologias rapidamente, pula de paraquedas, rouba uma moto na neve e elimina diversos capangas com tiros certeiros e ágeis movimentos de luta.

Tudo é muito intenso logo no começo para consolidar um ritmo que não deixa o espectador pensar muito sobre a história: afinal, quem é a tal agente Stone? Qual é sua origem? E como a agência especial para a qual ela trabalha construiu uma tecnologia tão bizarramente poderosa, que é capaz de acessar qualquer sistema no mundo? Nada é explicado e está tudo bem, na verdade. Agente Stone não finge ser um filme que não é, e tal autoconsciência só ajuda a produção a focar em seus pontos fortes.

E um desses pontos é justamente Gal Gadot. Fora da pele da super-heroína Diana Prince/Mulher-Maravilha, da DC, a atriz interpreta uma protagonista que é sim muito forte, mas também sofre, se machuca, apanha e precisa de alguns analgésicos aqui e ali para aguentar a dor. Gadot se sai bem em tal construção e entrega uma atuação suficientemente dramática em certos momentos, mostrando que uma mudança de ares pode fazer bem para a carreira de qualquer astro de Hollywood.

Sem muitas surpresas, Agente Stone peca realmente em alguns clichês, como reviravoltas sobre quem está do lado de quem, personagens que traem outros “inesperadamente” e um projeto de vilão que até tem uma história passada pincelada, mas não convence ao mudar rapidamente de uma pessoa razoável para um “gênio do mal que quer se vingar e conquistar o mundo [inserir risadas maléficas aqui]”.

Mas mesmo tais momentos de baixa não soam como um grande problema, já que, minutos depois, estamos investidos em mais uma sequência de ação com trilha sonora empolgante e uma Gal Gadot correndo por aí à la Tom Cruise em suas missões impossíveis. Assim, saímos ao final de Agente Stone tendo a certeza de que vamos esquecer o filme em algumas horas, mas que tivemos uma diversão honesta durante o período da sessão. E não há nada de errado nisso.

Agente Stone estreia na Netflix em 11 de agosto.

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