A Activision Blizzard recebeu um novo processo por alegações de discriminação e assédio sexual no ambiente de trabalho. Uma funcionária com nome fictício "Jane Doe" abriu uma ação contra a editora após inúmeros casos de constrangimento praticados por pessoas dentro da empresa, principalmente homens.
O processo, descoberto pela Bloomberg Law, relata que Doe começou a trabalhar em 2017 como assistente administrativo sênior de executivos do departamento de TI. No seu primeiro dia de trabalho, participou de um "almoço de inicialização", onde a obrigaram a beber bebida alcoólica e contar segredos embaraçosos.
Além disso, a funcionária relata ter sido coagida a permanecer na companhia após o expediente para jogar um jogo em que as pessoas precisavam dar "respostas criativas", e todas as situações tinham conotação sexual.
Por conta disso, Doe destaca que começou a se vestir de forma mais conservadora para tentar evitar o assédio no trabalho. Ao tentar reclamar com seus supervisores, foi dito que apenas "era apenas sua liderança sendo legal e tentando ser amiga dela".
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O processo também revela que a funcionária buscou cargos mais importantes na empresa para fugir do assédio, mas não teve sucesso. Ela alega ter enviado uma reclamação por escrito para o ex-presidente da Blizzard, Allen J. Brack, para conseguir mudar de departamento, mas em uma função inferior e com o salário reduzido.
Por fim, a ação cita que o ambiente da "Activision Blizzard promove sexismo desenfreado, assédio e discriminação com 700 incidentes relatados ocorrendo sob a supervisão do CEO Robert Kotick”.
É solicitado que a editora crie uma política de rotação de funcionários no departamento de recursos humanos, investigação neutra e a demissão de Kotick.
Até o momento, a publisher de Call of Duty não se posicionou sobre as novas denúncias.
Os casos de assédio e discriminação na Activision Blizzard foram revelados em julho de 2021, após o estado da Califórnia entrar com um processo contra a empresa por conta de denúncias de empregados.