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Último episódio de O Livro de Boba Fett conclui a série de modo… satisfatório
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Último episódio de O Livro de Boba Fett conclui a série de modo… satisfatório

O confronto final, o aguardado duelo e nenhuma surpresa

Daniel John Furuno
Daniel John Furuno
09.fev.22 às 11h23
Atualizado há mais de 3 anos
Último episódio de O Livro de Boba Fett conclui a série de modo… satisfatório

No último capítulo, com direção do produtor executivo Robert Rodriguez, O Livro de Boba Fett resolve todos os arcos sem grandes surpresas e confirma sua vocação de servir como um grande preâmbulo para a próxima temporada da série da qual se deriva.

ATENÇÃO: spoilers do episódio a seguir!

Em nome da honra começa nas ruínas do Santuário, onde Boba Fett (Temuera Morrison) e Fennec Shand (Ming-Na Wen) averiguam os resultados do atentado à bomba promovido pelos Pykes. Logo ganham a companhia de  Din Djarin (Pedro Pascal), que conta ter arregimentado reforços junto ao xerife Cobb Vanth (Timothy Olyphant) e os moradores de Mos Pelgo, ou melhor, Vila Livre.

O Daimyo demonstra comprometimento com o povo sob sua proteção. Primeiramente, ao concordar com os termos de Vanth de acabar de vez com o tráfico de especiaria – algo que representa perda para os negócios, mas pode ter efeito positivo a longo prazo para Mos Espa. Em seguida, ao seguir o conselho de Drash (Sophie Thatcher) e Skad (Jordan Bolger) de, em vez de se refugiar no palácio, se manter no Santuário, ao lado dos habitantes da cidade.

Nesse meio-tempo, Cad Bane (Corey Burton) se reúne com o líder do Sindicato para informar o sucesso na tarefa de assegurar a neutralidade da Vila Livre no confronto. E ouve do contratante que Fett não poderá recorrer à ajuda de mais ninguém – afinal, a tribo dos Tusken Raiders foi dizimada pelos contrabandistas, que oportunamente incriminaram a gangue dos Nikto pelo massacre. O mercenário então se voluntaria para atrair o Daimyo para fora de seu esconderijo no Santuário.

No hangar em Mos Eisley, Peli Motto (Amy Sedaris) é surpreendida pela chegada de uma X-Wing, que imediatamente assume se tratar de parte da frota da Nova República. O caça, no entanto, é o de certo cavaleiro Jedi, pilotado até ali por R2-D2, trazendo Grogu como único passageiro. Motto celebra a chegada do amiguinho servindo-o uma deliciosa porção de vermes e, fluente na língua do droide, diz a R2 que aquilo é mais urgente do que levar o pequenino até o Mandaloriano.

Em compasso de espera pela chegada dos aliados, Shand coordena os esforços para monitorar a possível aparição de novas forças do Sindicato, com vigias nos territórios dos três clãs do crime: os guardas Gamorreanos no espaçoporto de Mos Eisley, Krrsantan (Carey Jones) na prefeitura de Mos Espa e Drash e os mods no Distrito dos Trabalhadores.

Mas quem surge no Santuário é Bane, supostamente para negociar em nome de seus contratantes. Seu real objetivo, porém, é provocar seu ex-pupilo: ele conta sobre sua visita à Vila Livre, sugerindo ter assassinado o xerife, e revela que os Pykes foram os verdadeiros responsáveis pelo extermínio do Povo da Areia. Convencido por Shand, Fett resiste à provocação, adiando seu duelo com o mercenário.

Nem bem a tensão se desfaz, o Daimyo é informado da traição dos três clãs, que haviam prometido neutralidade: os Aqualish atacam os mods, os Trandoshanos partem para cima de Krrsantan e os Klatooinianos cercam e conseguem matar os guardas Gamorreanos. Ao mesmo tempo, o exército do Sindicato avança sobre o Santuário. Sem alternativa, Fett envia o mordomo do prefeito (David Pasquesi) para negociar, um estratagema para ganhar tempo e, ao lado de Mando, fazer um ataque surpresa. Shand, por sua vez, se encaminha para Mos Eisley, a fim de executar o próprio líder dos Pykes – no caminho, passa pelo Distrito dos Trabalhadores e elimina os soldados que haviam encurralado os mods.

No Santuário, quando a situação começa a se complicar, Fett e Mando são salvos pelo povo de Vila Livre, impelido à batalha após o ataque de Bane ao xerife e seu delegado. A eles, se juntam Drash e os mods, bem como Krrsantan; juntos, parecem conseguir repelir os inimigos. O recuo dos Pykes, todavia, é apenas para abrir espaço para a chegada de dois droides Scorpenek, espécie de versão marombada dos droidekas usados pela Federação do Comércio e vistos muitas vezes na trilogia prequel e em Clone Wars.

Ante o poder das máquinas, com seus armamentos pesados e campos de força, o grupo se divide: Djarin para um lado, todo o resto para o outro, enquanto Fett parte em busca de um nada misterioso reforço. Drash e companhia buscam refúgio nas ruas de Mos Espa e tentam resistir ao ataque de um dos droides. Mando atrai a atenção do outro e acaba sendo resgatado por Motto, que aparece a bordo de um riquixá; de quebra, ele tem seu aguardado reencontro com Grogu, um momento de ternura em meio à ação.

O veículo de Motto é atingido, atirando seus tripulantes ao chão. Quem salva o trio do perigo é Fett, montando seu rancor – disparando, assim, a “arma de Chekhov”. Aproveitando a oportunidade, Mando investe contra o droide empunhando o Sabre Negro e, pela primeira vez conseguindo usar efetivamente a arma, rompe o campo de força e corta um dos braços robóticos. A máquina revida, mas é detida por Grogu – que usa a Força para derrubá-la – e, finalmente, esmagada pelo rancor.

Fett e o monstro então vão atrás do segundo droide e também o destroem, em seguida partindo para cima dos Pykes. Só que Bane volta à cena e afugenta o rancor, usando o lança-chamas em seu pulso. O mercenário e seu antigo pupilo, enfim, têm seu adiado duelo, com Bane mostrando-se mais rápido ao sacar e ganhando a vantagem. Aqui, porém, o roteiro de Jon Favreau amarra o arco do protagonista, retomando seu período de aprendizado com os Tusken Raiders: Fett usa cajado tribal para derrotar o oponente.

Com o rancor enfurecido deixando um rastro de destruição pela cidade, Mando tenta detê-lo, mas é agarrado pela criatura e atirado ao chão. Mais uma vez, Grogu dá mostras da extensão de sua afinidade com a Força e a utiliza para acalmar a fera – ecoando a cena em que controlou o mudhorn no segundo episódio de O Mandaloriano.

Por fim, como em um filme de máfia, Shand tira proveito do fato de todos os inimigos estarem reunidos para eliminar um a um: os chefes dos três clãs, o prefeito Mok Shaiz e o líder do Sindicato dos Pykes. No epílogo, Fett descobre que conquistou o que almejava desde o princípio: o respeito dos habitantes de Mos Espa. Mando, por sua vez, cruza o espaço rumo a um destino desconhecido, com Grogu a bordo. Uma cena pós-creditos revela que o xerife Vanth está vivo: dentro do tanque de bacta, ele está prestes a ser operado pelo mesmo cirurgião que salvou a vida de Shand.

Apesar da narrativa coesa e da boa direção – com destaque para os trabalhos de Bryce Dallas Howard e Dave Filoni, responsáveis, respectivamente, pelos capítulos 5 e 6 –, O Livro de Boba Fett acabou parecendo mais um apêndice a O Mandaloriano do que uma série autônoma, com história própria. A expansão do universo de Tatooine e a introdução de novos personagens (e de velhos conhecidos das animações) foram bem-vindas. Mas os momentos de preparação para as novas aventuras de Mando e Grogu se mostraram mais interessantes do que a saga de Boba Fett em si. Talvez essa tenha sido a intenção, afinal.

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