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The Division Resurgence é a nova aposta da Ubisoft para levar a franquia Tom Clancy’s The Division aos dispositivos móveis, de forma totalmente gratuita para jogar.
É um jogo ao estilo shooter com câmera em terceira pessoa, que apresenta uma experiência completa da série, com uma campanha single-player inédita, elementos de mundo aberto e MMO e modos multiplayer – só que, claro, em um escopo menor.
A convite da Ubisoft Brasil, tivemos a oportunidade de participar do beta fechado de Resurgence (disponível entre os dias 8 e 22 de dezembro para jogadores selecionados) para um teste em primeira mão dos conteúdos, oferecendo uma ideia melhor sobre o que esperar do game.
Uma versão “pocket” de The Division
O beta fechado contou com o início da campanha, que apresenta uma história sem ligação direta com os outros títulos da franquia. A trama, no entanto, mantém a mesma pegada – pelo menos, a princípio.
O universo de The Division é pós-apocalíptico, em que um vírus perigoso se espalhou por meio de notas de dólares em uma sexta-feira de “Black Friday”. Assim, uma epidemia se alastrou pelo mundo e, para tentar conter os danos, o governo dos Estados Unidos criou um grupo de agentes de elite.
Em Resurgence, você é um dos agentes que atuam na cidade de Manhattan, em Nova Iorque, enfrentando a primeira onda de perigos após o incidente. Os desenvolvedores prometem que a história mostrará um “ponto de vista diferente” do que os fãs viram até o momento. Mas parece que isso ficará para a versão final do game.
É possível diminuir a opacidade dos botões de comando (nas partes laterais da tela), o que dá um alívio para a interfaceAs missões iniciais de história têm objetivos simples e diretos, sempre envolvendo combate direto contra inimigos – ou seja, muito tiroteio e explosões para todo o lado. A jogabilidade é praticamente a mesma dos outros jogos da franquia, sendo uma experiência de loot’n’shoot com um combate majoritariamente focado em armas de fogo, com equipamentos que podem ser melhorados e atualizados ao progredir.
O jogador ainda precisa criar seu próprio personagem, em um sistema limitado de personalização, e escolher sua “Especialização”, que é um conjunto de três habilidades exclusivas. A primeira é focada em porradaria com explosivos (pessoalmente, a minha favorita), a segunda apresenta recursos táticos (como ver inimigos através de objetos) e a terceira é mais defensiva (com escudos). Há poucas diferenças marcantes entre o trio na prática, com todas apresentando basicamente a mesma sensação de gameplay.
Os comandos são de toque pela tela, com os botões de andar, atirar e afins indicados na interface e com uma boa distância entre si, sendo agradável ao jogar. No entanto, a HUD fica poluída com tantas informações ao mesmo tempo. Mas há a opção de conectar um controle via bluetooth no celular, o que alivia o problema.
Visualmente, Resurgence impressiona com gráficos e cutscenes bem feitos, que se aproximam dos jogos da série nos consoles e no PC. Os personagens têm boas aparências, e os cenários apresentam riqueza em detalhes.
Por ser um jogo para mobile, os gráficos impressionam no acabamento e nos detalhesAlém da campanha, o beta fechado também contou com modos multiplayer (PvP), trazendo os clássicos "Dominação" e "Dark Zone". As partidas funcionam quase da mesma maneira no mobile, mas com alguns ajustes, sendo um bom passatempo para quem quer uma distração rápida no celular.
A "Dominação" se baseia na ideia da equipe dominar os três pontos do mapa na maior parte do tempo, o que gera uma experiência curtinha e muito frenética. Enquanto a "Dark Zone" dura 20 minutos e se foca mais na ação, trazendo o desafio de completar o máximo de objetivos possíveis em áreas que misturam elementos de PvE e PvP.
De forma geral, o multiplayer funcionou bem e sem travamentos ou dificuldade para encontrar partidas – isso que ainda se trata de um beta limitado. A parte negativa é que a HUD ficou ainda mais poluída, uma vez que destaca mais informações além das básicas, como as barras de HP dos companheiros de equipe, o placar de pontuação e pop-ups de objetivo.
Há tantas informações na HUD nos modos multiplayer que, dependendo do tamanho da tela do celular que você está usando, é fácil ficar perdidoPerformance balanceada
The Division Resurgence é um jogo mobile parrudo, o que já é possível notar pelo tamanho, que ocupa generosos 10 GB no armazenamento do celular.
Isso reflete no desempenho geral, principalmente em celulares que não são tão potentes para jogos eletrônicos mais pesados. Testamos em um Samsung Galaxy S10e e tivemos que enfrentar telas de carregamento longas, além do dispositivo esquentar consideravelmente ao jogar por um período de tempo maior do que trinta minutos.
No entanto, não tivemos problemas diretamente no gameplay. Resurgence rodou em 30 fps e não teve travamentos ou queda de performance. Além disso, o menu conta com um leque grande de opções para personalizar a potência gráfica e até recursos ligados à jogabilidade, como mira e giroscópio.
Um triple A que cabe na mão
Os jogos ao estilo FPS têm ganhado mais espaço na comunidade voltada para mobile. Não à toa, alguns dos títulos mais jogados em dispositivos móveis no Brasil incluem Free Fire e Call of Duty, enquanto vimos Apex Legends Mobile ser eleito como melhor game para Android e iOS em 2022.
A tendência é que mais franquias explorem o segmento, o que é o caso de The Division Resurgence, que tem potencial para ainda ir além, oferecendo tanto conteúdo PvE quanto PvP para alcançar mais de um tipo de público.
Mesmo em uma versão limitada do beta, o jogo já aparece polido, bem construído em ideias e muito divertido na prática. Então, sendo até uma jogadora que não é tão fã de experiências no mobile, estou animada para ver o que Resurgence pode entregar.
The Division Resurgence ainda não tem previsão de lançamento.
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