Não parece, mas são mais de oito anos desde que o Nintendo Switch foi lançado. De lá para cá, o console híbrido conquistou uma legião de jogadores pela ideia versátil e inovadora de se transformar num portátil. Além de, é claro, ser a casa de muitos jogos de peso de franquias amadas, como Super Mario, Zelda, Splatoon, Smash Bros. e por aí vai.
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Agora, estamos prestes a entrar na mais nova era da Nintendo com o Switch 2 que, curiosamente, é o primeiro console da empresa a ser nomeado tão abertamente como uma espécie de “sequência” — o que também reflete no que ele entrega.
A convite da empresa japonesa, o NerdBunker esteve presente no evento dos primeiros testes do hardware no mundo, que aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos. E, após uma tarde de muitos cascos azuis no Mario Kart World e de até um mouse em Metroid Prime 4: Beyond, é difícil não dizer que ele reforça o que a Nintendo já é mestre em fazer: criar experiências.
Foco em amplificar
Algo curioso é que, ao segurar um Switch 2 pela primeira vez, a sensação foi parecida com a que tive com o Steam Deck, e não com o primeiro Switch. É aquela impressão de estar segurando uma máquina parruda em mãos, o que nos leva a um dos focos do hardware: os aprimoramentos técnicos.

Em modo portátil, o Switch 2 mantém a espessura do antecessor, mas aumenta a tela para 7,9 polegadas — uma evolução de 1,7 em relação à versão padrão do Switch 1 —, o que naturalmente faz com que o tamanho do console seja maior. O material também é diferente, com uma textura mais suave ao toque, o que o torna levemente mais confortável.
A parte negativa, no entanto, é que tais melhorias também contribuem ao peso, adicionando cerca de 70 gramas à contagem, que acaba sendo uma mudança significativa na prática.
A potência ampliada também aparece nas entranhas do hardware. O armazenamento é oito vezes maior (!) do que o Switch 1, há um pequeno ventilador para refrigeração na parte interna, e a GPU é bem mais potente e promete dar suporte a HDR, ray tracing, resolução em 4K e até um alcance de 120 fps. Esses recursos, no entanto, são possíveis apenas no dock.
Pouco foi testado e dito, no entanto, sobre a bateria. Segundo os três criadores do console — Kouichi Kawamoto, Tetsuya Sasaki e Takuhiro Dohta —, não é possível traçar comparações da duração por conta de variáveis como cuidado do usuário, tempo de uso, tipo de jogo e afins. Mas o trio também afirmou que o Switch 2 consome “muito mais energia”, o que pode não ser um sinal tão positivo.

O que mais chama a atenção, no entanto, é a nova funcionalidade dos Joy-Con, que literalmente transforma os controles em mouses. A ideia pode soar esquisita a princípio, mas traz uma nova e empolgante possibilidade de design aos jogos do console híbrido.
Isso porque é uma maneira completamente diferente de jogar, que abre portas para o hardware ter exclusivos que usam a mecânica de ponteiro, além de receber versões ainda melhores e mais otimizadas de títulos de publicadoras terceiras.
Para jogar, os mouses exigem uma superfície lisa (não necessariamente um mouse pad), mas também funcionam nas calças! Algo propositalmente pensado pela Nintendo, para facilitar a jogatina daqueles que não querem ficar debruçados em uma mesa. O formato de mouse, no entanto, não parece tão ergonômico num primeiro momento, podendo ser desconfortável após muitas horas de jogo.

Seja como for, os destaques do evento, em relação à nova funcionalidade, ficam para Drag x Drive, um jogo de basquete em cadeiras de rodas que usa os Joy-Con para simular a direção (algo divertidíssimo, como um Switch Sports ainda mais desafiador), e Metroid Prime 4: Beyond, que realiza o sonho dos nintendistas que têm um fraco por shooters em PCs.

Por fim, outro destaque é a presença do botão “C”, que amplia os sistemas sociais do Switch, adicionando um canal nativo para áudio. Apelidada de GameChat, essa função é basicamente um chat ao estilo do Discord, com um microfone embutido no próprio console. Esse microfone ainda promete ser robusto, eliminando ruídos de fundo como gotas de chuva, aspiradores de pó e afins.
O GameChat também apresenta recursos extras, como o GameShare que possibilita a transmissão do que o usuário está jogando, e a conexão de uma câmera para captura de vídeo (graças a duas portas USB-C). Tudo reflete numa proposta de simular uma experiência cooperativa, aquele velho e amado co-op de sofá, mesmo num ambiente online.

Além disso, alguns jogos prometem ter recursos extras para os jogadores que usam GameChat, como o Mario Party Jamboree que possibilita que você jogue com você mesmo! Isso porque a câmera captura a sua imagem, que aparece diretamente na tela como um participante do party game.
Mais do que uma experiência aprimorada
O Switch 1 foi tão aclamado e inovador que ficou responsável por traçar os anos seguintes da Nintendo no mercado, o que naturalmente leva ao questionamento do que a segunda versão pode trazer à marca.
E a sensação, logo de cara, é que a empresa japonesa não quer largar o Switch, uma vez que é uma plataforma que deu (e continua dando!) muito certo. Isso acaba refletindo na própria proposta do Switch 2, que é muito mais uma nova experiência do que um console, redefinindo o que esperar de um Switch.
É claro que ainda há muitos elementos que compõem um cenário de lançamento tão grande quanto esse (como o preço, por exemplo), que valem ser considerados para definir se realmente vale a pena. Mas, como alguém que é fã da criatividade da Nintendo há mais de 20 anos, confesso que ter um Switch 2 em mãos por uma tarde gerou ideias não tão agradáveis ao meu bolso.
Com nova função de mouse para os Joy-Con, botão nativo de chat e vídeo e maior poderio, Nintendo Switch 2 está com lançamento mundial previsto para o dia 5 de junho. Mas no Brasil, o console chega pouco depois: no primeiro final de semana após o lançamento.
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