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Phantom Blade Zero é muito mais Devil May Cry do que soulslike | Preview
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Phantom Blade Zero é muito mais Devil May Cry do que soulslike | Preview

Jogamos o RPG de ação na Summer Game Fest, que foi o jogo mais promissor de todo o evento

Tayná Garcia
Tayná Garcia
11.jun.24 às 16h06
Atualizado há 11 meses
Phantom Blade Zero é muito mais Devil May Cry do que soulslike | Preview
Phantom Blade Zero/Divulgação

Com a proposta de se inspirar na cultura e na história da China, Phantom Blade Zero é um RPG de ação, que apareceu de surpresa na Summer Game Fest 2024 — e acabou sendo o jogo mais promissor do evento.

Curiosamente, Zero nasceu de um projeto indie feito por um único desenvolvedor chinês: Qiwei Liang, também conhecido como “Soulframe”.

Em 2010, Liang criou um pequeno RPG chamado Rainblood com o clássico RPG Maker, que foi (muito) bem recebido pela comunidade e teve mais de quatro milhões de downloads ao redor do mundo. Isso levou o desenvolvedor a fundar seu próprio estúdio, o S-Game, e dar início à franquia Phantom Blade.

Agora, mais de dez anos depois, Phantom Blade Zero aparece como o primeiro jogo do S-Game, com a promessa de ser um sucessor espiritual de Rainblood com a Unreal Engine como motor gráfico, finalmente colocando em prática todas as ideias de Liang que não foram possíveis no passado.

Kung fu com toque steampunk

Foi anunciado de última hora que Phantom Blade Zero estaria no pavilhão da Summer Game Fest 2024. E lá estava o primeiro projeto do estúdio chinês, em um pequeno estande na área principal — que, apesar de discreto, roubou a atenção de muitos jornalistas e influencers, nunca ficando vazio. O NerdBunker, é claro, não poderia ficar de fora.

Tive cerca de 17 minutos com Zero, com uma demo focada em lutas contra três chefões que estarão na versão final do jogo, dando um bom gostinho do combate e do estilo geral.

O título é “Zero” porque pretende ser uma origem à franquia Phantom Blade e contar a história do zero [Créditos: Divulgação]
A história e a estética de Phantom Blade Zero são descritas pelo próprio estúdio com o termo “kungfupunk”, sendo uma reinterpretação do Wuxia — gênero de filmes, séries e outras mídias que combina fantasia e artes marciais chinesas — com um toque steampunk.

O jogo é ambientado em Phantom World, um local fictício baseado na Dinastia Ming, que governou a China dos séculos XIV a XVII, o que gera cenários com arquitetura tradicional chinesa e boas doses de fantasia, apresentando uma identidade retro futurista bem única.

Com esse contexto, a história é protagonizada por Soul, membro de uma organização em decadência, cujo líder foi assassinado, sendo o estopim para intrigas entre facções, mistérios envolvendo a morte e até uma jornada de vingança (contra o protagonista!).

A trilha sonora também é um destaque, sendo tensa e frenética para adicionar pressão no jogador durante as lutas [Créditos: Divulgação]
Essa mistura de cultura chinesa e steampunk também reflete na jogabilidade, resultando em um combate que é baseado nos movimentos do kung fu chinês, com o objetivo de ser ágil e fluido — e acertando em cheio esse conceito.

A arma primária é uma katana (ou duas!), e timing de parry e esquiva é um dos pilares das lutas. Acertar o tempo certo do inimigo é a base do início de contra-ataques, e Zero quer oferecer liberdade e opções para o jogador fazer o máximo de combos possíveis. Isso resulta num combate que é visualmente estiloso e bem recompensador.

Algo divertido é que, além dos comandos básicos, há uma mecânica chamada Phantom Edges, que consiste em equipamentos com efeitos mais sobrenaturais ou fantasiosos, como um tiro de arma de fogo que pode ser carregado. Eles, no entanto, têm quantidade limitada de uso e são bem poderosos, dando uma boa mexida na dinâmica do combate.

Desenvolvedores prometem ter dezenas de Phantom Edges com habilidades e efeitos únicos na versão final [Créditos: Divulgação]
Por fim, há um toque de soulslike na jogabilidade de Phantom Blade Zero, com elementos que se consagraram nos títulos da FromSoftware (Dark Souls, Elden Ring), como chefões desafiadores e mirabolantes — um deles, por exemplo, consegue matar o jogador com apenas um golpe de uma corrente gigante — e forte dependência em timing e posicionamento.

A ideia do jogo, no entanto, não é ser punitivo. Em um papo com o NerdBunker, Will Chen, atual diretor de publicação de Zero, explicou que os desenvolvedores querem que o game seja acessível e atraente a um público amplo — inspirando-se, na verdade, no estilo hack’n’slash de Devil May Cry:

Há um toque de Souls, mas não queremos ser uma experiência punitiva. Nossa principal inspiração, na verdade, é Devil May Cry, com foco na ação e em oferecer uma abordagem acessível aos jogadores. Sentimos que estamos perto do Souls, mas oferecendo algo diferente desse gênero

Seja como for, meu tempo com Phantom Blade Zero foram os 17 minutos mais impressionantes de toda a Summer Game Fest 2024, que apenas me deixaram na expectativa por mais. A má notícia, no entanto, é que não existe uma previsão de lançamento e, ao ser questionado, Chen afirma que deve acontecer só daqui “dois ou três anos”.

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