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MultiVersus volta de hiato mais robusto e tão divertido como sempre | Preview
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MultiVersus volta de hiato mais robusto e tão divertido como sempre | Preview

Offline por mais de um ano, game de luta retorna com versão final que refina jogabilidade, visual e traz uma porrada de conteúdo inédito

Arthur Eloi
Arthur Eloi
23.mai.24 às 10h00
Atualizado há 11 meses
MultiVersus volta de hiato mais robusto e tão divertido como sempre | Preview
MultiVersus/Divulgação

Em 2022, os personagens das mais variadas franquias da Warner Bros. decidiram sair na mão em MultiVersus. Ao melhor estilo Super Smash Bros., o game de luta trazia mecânicas simples, diversão caótica e muito carisma, além de ser grátis para jogar. Mas, antes mesmo de completar um ano de vida, o título foi tirado do ar, sob a desculpa de que tudo se tratava apenas de um beta aberto.

Isso aconteceu em abril de 2023. Hoje, mais de um ano depois, Multiversus retorna do hiato com uma versão completa, que inclui novos personagens, melhorias na jogabilidade e modos de jogo adicionais. O NerdBunker teve a oportunidade de testar o jogo antes do retorno, e ainda conversar com um dos desenvolvedores do título. O resultado faz valer a espera com novidades muito bem vindas.

Um ano nada sabático

Desenvolvedores passaram mais de um ano refinando o jogo com base no feedback da comunidade [Créditos: MultiVersus/Divulgação]
Os jogadores até podem não ter encostado no game por mais de um ano, mas a equipe da Player First Games passou todo esse período trabalhando intensamente no projeto. “O hiato foi absolutamente necessário para nos sentirmos bem em lançar a versão final do jogo”, garantiu Artak Avakyan, diretor de animações do game, em entrevista ao NerdBunker.

Segundo o desenvolvedor, o período que o projeto ficou no ar trouxe ensinamentos valiosos ao time, que pôde entender melhor o tipo de jogo que o público quer aproveitar:

O objetivo do beta aberto era identificar problemas potenciais, que teriam de ser resolvidos para alcançar a versão final. Escutamos a todos os feedbacks da comunidade e aprendemos muito com o teste.

Muito trabalho foi feito no game, como o código de rede que foi construído do zero para partidas online mais confiáveis, e os novos modos contra a inteligência artificial. Houve muitos rebalanceamentos no combate e na economia, muitas coisas foram melhoradas para garantir que o jogo fosse mais divertido.”

“Diversão” parece ser a palavra-chave por trás da decisão de tirar MultiVersus do ar. Não que o game não fosse legal antes, mas os desenvolvedores queriam voltar com algo sólido o bastante para cativar vários tipos de jogadores. Sem a pressão de uma comunidade comentando as mudanças e fazendo demandas, a equipe conseguiu algo de maior alcance: “Dos casuais aos profissionais, é para que todos se divirtam com o jogo”, garantiu Avakyan.

Da mesma forma que a equipe continuou trabalhando, a indústria não parou para esperar MultiVersus se recompor, com uma avalanche de ótimos jogos de luta sendo lançados no período. De lá para cá, nomes como Street Fighter 6, Mortal Kombat 1 e Tekken 7 são só alguns dos muitos exemplos que mantiveram o gênero ativo ao longo do último ano. Ainda assim, Artak Avakyan afirma que a pegada mais casual do projeto, e a boa variedade de personagens icônicos, garantirão uma chance de MultiVersus voltar a destacar entre os títulos:

MultiVersus é um jogo gratuito de luta em plataformas, então tem um sabor próprio em relação ao gênero. Damos muita ênfase à jogabilidade cooperativa, muitos dos nossos personagens têm mecânicas que promovem esse aspecto do game. 

Além disso, o elenco é único e diversificado. Mesmo trabalhando o dia inteiro no jogo, eu ainda curto muito jogar algumas partidas só para aproveitar os personagens. É uma abordagem única no gênero, mesmo com uma boa seleção de outros jogos de luta por aí.

Jogamos: o retorno de MultiVersus

MultiVersus retorna com mais conteúdo e muito carisma [Créditos: Divulgação]
Além da entrevista, tivemos a oportunidade de curtir um pouco da versão repaginada do game, e nossas impressões foram muito satisfatórias. As melhorias são gerais: o visual cartunesco ganha um upgrade com a migração para a Unreal Engine 5, versão mais recente e poderosa do motor gráfico. Há ajustes na jogabilidade, e novos modos de jogo que agora contemplam até quem não é muito competitivo. E, de quebra, o jogo volta com três personagens inéditos muito chamativos: o Coringa, Jason Voorhees (Sexta-Feira 13) e o Agente Smith (Matrix).

É curioso que o visual do jogo nunca foi um problema, mas basta ver uma comparação com os gráficos antigos para perceber como, realmente, tudo agora têm mais cores, detalhes e mais vida. Nosso teste ocorreu no PC, e a migração de motor gráfico elevou levemente os requisitos mínimos e recomendados na plataforma. Ainda assim, em um humilde notebook de placa de vídeo NVIDIA GTX 1650 e processador AMD Ryzen 5, tudo rodou bem, com qualidade gráfica alta e boa taxa de quadros. Ficamos curiosos para saber como isso deve impactar as versões de Xbox One e PlayStation 4, mas só vamos conseguir testar isso no lançamento.

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Mecanicamente, as diferenças são sutis, mas os controles agora parecem responder melhor. Há um botão de golpes e um botão de ataques especiais, e os movimentos variam de acordo com a direção e contexto em que são apertados — por exemplo, ao pressionar o botão especial no ar, segurando para baixo, o personagem cai no chão dando um poderoso ataque. O objetivo continua o mesmo: jogar os rivais para fora das plataformas até esgotar as vidas deles. Ainda que não seja uma mudança grandiosa, pareceu melhor de controlar a porradaria em meio ao caos.

Como as lutas acontecem entre dois times, de dois ou mais personagens, as brigas ficam agitadas rapidamente. Dessa vez, deu para sentir controle pleno do lutador a todo momento, podendo reagir rapidamente a cada situação e oportunidade de ataque com os golpes e esquivas certeiras — mesmo sendo uma negação em jogos de luta. MultiVersus parece enfim ter acertado a mão nas mecânicas acessíveis para novatos, que podem ser dominadas pelos profissionais.

Carisma de sobra

Interações entre personagens de vários universos é o destaque do game [Créditos: Multiversus/Captura de tela]
Apesar do visual e da jogabilidade satisfatórios, não dá para negar que o maior apelo do game é o excelente elenco de lutadores. Todo personagem parece feito com enorme esmero em relação às franquias originais, sempre incorporando todo tipo de inspiração e referência obscura de formas muito criativas.

Com as adições, não é diferente, e o destaque fica para Jason Voorhes. Um dos maiores vilões do terror não parece uma boa pedida para um game cartunesco, mas o jeito que foi adaptado é adorável, transformando-o em um brutamontes que parece saído de um episódio de Scooby-Doo.

Até personagens que não parece se encaixar com o game ganham visual cartunesco, como é o caso de Jason Voorhees, de Sexta-Feira 13 [Créditos: Multiversus/Captura de tela]
Segundo Artak Avakyan, o estúdio sempre está buscando franquias da Warner Bros. que se encaixam no game, por mais absurda que pareça a seleção:

É um desafio interessante colocar gente de live-action ao lado de personagens de desenhos animados, em 3D ou super-heróis. O importante é mantermos a essência dos personagens, e estilizá-los o suficiente para que se encaixem naquele mundo ao mesmo tempo que são altamente reconhecíveis.

Quando pensamos em personagens, precisamos considerar vários fatores: o que vão adicionar à jogabilidade, se serão divertidos, o visual. Há muitas coisas a se considerar, mas tudo é possível, não descartamos nenhuma ideia. Só tentamos olhar para esses parâmetros e pensar quais personagens melhor se enquadram nisso.

Na versão final, o jogo parece dar mais valor ao ótimo crossover que têm nas mãos. Os personagens interagem mais entre si durante as lutas. É impagável presenciar situações como ouvir Morty, de Rick and Morty, reclamando que o Salsicha, de Scooby-Doo, deveria ser “paz e amor”, em vez de ficar lhe dando uma surra. E o novo modo de jogo chamado Fendas leva tudo isso além.

Com proposta single-player, as Fendas são como mini-campanhas, com novas histórias sendo adicionadas em todas as temporadas futuras. A história que jogamos tinha o Coringa causando todo tipo de caos no Multiverso, fazendo com que o Batman recrutasse lutadores para enfrentá-lo. Ao longo da campanha, há várias lutas contra o computador, mas também minigames divertidos, como um em que é preciso destruir balões com um canhão, ou então usar o Laço da Verdade, da Mulher-Maravilha, como corda de pular.

Fendas trazem vários minigames divertidos [Créditos: Multiversus/Captura de tela]
É possível imaginar que as Fendas fiquem repetitivas depois de um tempo, mas valem a pena para quem quer se divertir com o jogo sem se preocupar com a competição, além de poder aproveitar ao máximo as carismáticas interações entre o elenco.

Com todas as adições e ajustes, parece que o tempo de “descanso” fez muito bem a MultiVersus. O jogo, que já era bom, volta ainda melhor e mais completo, recheado de novidades. Resta torcer para que consiga ter um futuro brilhante pela frente, sem precisar se ausentar novamente.

Grátis para jogar, MultiVersus retorna ao Xbox One, PlayStation 4, PC, Nintendo Switch, Xbox Series X | S e PlayStation 5 em 28 de maio. O preview acima foi feito com base na versão de PC, cedida pela Warner Play.

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