[Gamescom] Testamos - Call of Duty: Black Ops 3

Eu não sou um especialista em Call of Duty, não jogo todo ano, e não compreendo 0s detalhes em nível competitivo/profissional, mas tendo dito isso, como uma pessoa que entende o mínimo de FPS, é difícil contra-argumentar a afirmação de que Black Ops 3 "é a mesma coisa de antes." Não é exatamente a mesma coisa, mas se você quer mais do que só mapas e armas diferentes, ou killstreaks com uma nova roupa, esse pode não ser o jogo pra você.

A real é que Call of Duty deve ser avaliado como FIFA. O foco é nas partidas entre jogadores, e a base continua a mesma, já que os fãs muitas vezes compram o produto anualmente, independente de qualquer outra coisa. Se você é um desses fãs, Black Ops 3 foi feito pra você. Os fundamentos continuam ali, e o jogo segue a linha de Black Ops 2, com as tecnologias futuristas, e Advanced Warfare, com movimentos mais diversos. O pulo duplo agora é um jet-pack, mas você pode correr pela parede, dar dashes grandes, e por ai vai.

O design de mapas continua com as mesmas qualidades e falhas da franquia Call of Duty. Você não vai se sentir sozinho, consegue entrar na ação apenas segundos depois de dar spawn, mas vai se encontrar levando um spawn-kill aqui e ali, ou morto por alguma pessoa sentada no canto de um quarto, esperando você passar pela porta.

Em outras palavras, Black Ops 3 é um Call of Duty. Com create-a-class, scorestreaks e perks. O jogo ainda flui extremamente bem, com controles precisos, de resposta rápida e consequências satisfatórias, tem 60fps cravados independente de qual loucura está caindo dos céus no mapa enquanto você cozinha uma granada pra jogar, e o controle das armas nunca é louco demais ou simples demais, o uso da maneira certa, levando em consideração a distância e o Rate of Fire, é sempre recompensado.

E de resto, não há segredo. Antes você tinha uma scorestreak que era um carrinho de controle remoto, aqui é um mini-drone de controle remoto. O Predator Missile e o Chopper Gunner tem novos nomes, UAV continua lá. É o esquema conhecido por todos, adorados por uns e odiado por outros. Se isso vai te agradar depende de em que lado do campo você se encontra. As únicas mudanças que notei nos sistemas multiplayer de Black Ops 3 foram alguns personagens (mulheres que pareciam ninjas e robôs) e a presença de um revolver que é desbloqueado depois que você consegue número X de kills. Ele é mais poderoso, mata com uma bala, e é perdido uma vez que o jogador morre. Foi legal usá-lo, mas não vai além disso.

Pra mim, a experiência foi "meh". Eu não sinto que esse texto seria muito diferente se eu tivesse feito com base em Call of Duty: Black Ops 2 ou Call of Duty: Advanced Warfare. Como já disse, se você gosta da série, seja pra jogar online com os amigos, aprender os mapas ou arriscar algo no nível competitivo, Black Ops 3 provavelmente vai te agradar, pelo menos por um tempo. Mas se você quer algo mais, deseja ver a série fazer um pulo parecido com o que vimos em Call of Duty 4 ou Modern Warfare 2, sinto informar que não foi desta vez.

Black Ops 3 é Call of Duty. Se isso é bom ou ruim, você escolhe.