A Epic Games terá que pagar US$ 520 milhões, cerca de R$ 2,6 bilhões na cotação de hoje (21), em razão de violações de privacidade infantil e uso de técnicas de manipulação para compras em Fortnite.
De acordo com informações do The New York Times, a empresa concordou em pagar a quantia, após uma acusação da Federal Trade Commission, órgão norte-americano que combate práticas comerciais fraudulentas, enganosas e desleais.
A Federal Trade Commission acusa a Epic Games de coletar ilegalmente informações pessoais de crianças, prejudicar jovens jogadores ao combiná-los com estranhos no Fortnite, enquanto permite comunicações ao vivo e de usar técnicas de manipulação para enganar milhões de jogadores a fazerem compras não intencionais:
"Como observam nossas reclamações, a Epic usou configurações padrão invasivas de privacidade e interfaces enganosas que enganaram os usuários do Fortnite, incluindo adolescentes e crianças”.
Em um comunicado no site oficial, a empresa divulgou uma nota sobre o acordo e anunciou mudanças no ecossistema de Fortnite, a fim de garantir proteção e uma melhor experiência aos jogadores:
"Aceitamos este acordo porque queremos que a Epic esteja na vanguarda da proteção do consumidor e forneça a melhor experiência para nossos jogadores. Nos últimos anos, fizemos mudanças para garantir que nosso ecossistema atenda às expectativas de nossos players e reguladores, o que esperamos que seja um guia útil para outras pessoas em nosso setor."
Dos US$ 520 milhões, US$ 275 milhões correspondem à violação da lei. Os US$ 245 milhões restantes serão usados para reembolsar os jogadores que foram manipulados e induzidos a fazerem compras não intencionais.
O comunicado completo da Epic Games está disponível aqui.