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Entrevistamos Aydin Afzoud, game designer de Wolfenstein
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Entrevistamos Aydin Afzoud, game designer de Wolfenstein

A franquia mudou muito nas últimas décadas

Marina Val
Marina Val
20.out.17 às 12h17
Atualizado há mais de 7 anos
Entrevistamos Aydin Afzoud, game designer de Wolfenstein

A convite da Bethesda, pudemos entrevistar Aydin Afzoud, game designer de Wolfenstein. Tivemos oportunidade de perguntar sobre a evolução da franquia, mudanças de cenário, vulnerabilidades de BJ, adaptação da nossa produção cultural para a temática nazista e até mudanças surpreendentes no nosso mundo.

Aydin trabalhou em jogos como DOOM, Wolfenstein: The New Order, Wolfenstein: The Old Blood e agora em Wolfenstein II: The New Colossus.


Wolfenstein 3D era meio brincalhão e não se levava muito a sério, enquanto os novos jogos da franquia são mais críticos em relação ao cenário político. Como essa transição aconteceu?

Aydin Afzoud: Eu acredito que a transição do estilo narrativo do herói de ação exagerado dos anos 90 para um estilo mais sério pode ser visto em todas as franquias que duraram tanto quanto Wolfenstein. A série sempre teve um equilíbrio entre as questões sérias que vem com o nazismo e humor negro.

Wolfenstein é uma franquia que reimagina o mundo se os nazistas tivessem ganhado a guerra. Você algum dia imaginou que agora, em 2017, nós veríamos uma nova onda de nazismo?

AA: A história alternativa dos Nazistas vencendo a Segunda Guerra Mundial é algo que nós sempre achamos que era um angulo interessante para explorar e construir em cima. Como seria o mundo? Como seria a resistência? Existem muitos aspectos interessantes que dá aos jogadores novas perspectivas e oportunidade.

A ressurgência de grupos nazistas é uma questão séria e grave, entretanto, a história de Wolvenstein 2 foi feita muito antes da onda mais recente de extremismo.

Wolfenstein: The New Order surpreendeu os jogadores ao mudar a abordagem da franquia e entregar algo muito bom. Agora que o nível foi elevado, como você lida com essas expectativas?

AA: Nós ficamos muito felizes como The New Order foi bem recebido, e o feedback foi muito valioso, então nossa filosofia quando desenvolvemos Wolfenstein 2 foi melhorar ainda mais o que nós e os jogadores sentimos que tornava o jogo legal. Uma coisa que as pessoas realmente gostaram em The New Order foi o combate e as armas, então nós polimos isso e melhoramos um pouco cada aspecto.

Em The New Order, nossa produção cultural, como filmes e músicas, foi “traduzida” e até mesmo The Beatles ganharam uma “versão nazista”. Como esse processo de escolher e adaptar acontece? Nós veremos isso novamente em The New Colossus?

AA: Nós basicamente sentamos e selecionamos as canções mais icônicas daquele período. Definitivamente teremos mais nazificações de elementos da cultura popular em Wolfenstein 2, fique com olhos e ouvidos atentos quando estiver jogando.

BJ parece com o cara badass estereótipo, mas tem algumas nuances que enriquecem a personalidade e algumas vezes vocês mostram as vulnerabilidades dele do jogo. Você acha que esse tipo de vulnerabilidade é uma maneira de sensibilizar o jogador, que está acostumado a jogar com protagonistas poderosos e que parecem indestrutíveis?

AA: Blazkowicz é de fato multi-facetado. Eu acredito que o fato que ele e Anya estão esperando gêmeos afetou seu comprometimento e investimento na resistência. Além de lutar contra nazistas por questões morais e de princípios, ele está tentando tornar o mundo um lugar melhor para os filhos crescerem.

Eu posso claramente ver esse lado de Blazkowicz em Wolfenstein 2, quer dizer, quem iria querer criar os filhos em um mundo controlado por nazistas?

Foi desafiador mudar onde o jogo se passa, saindo da Europa e indo para os Estados Unidos? Quais foram as coisas mais desafiadoras de se adaptar?

AA: O caminho para uma ambientação americana foi natural para nós. Desde The New Order, nós tinhamos ambição de expandir a história para os Estados Unidos, afinal de contas, Blazkowicz é americano. Os Estados Unidos nunca foram ocupados por nenhuma força militar externa, então é bem interessante explorar como a sociedade ficaria sob uma ocupação nazista.

Em The New Order, havia uma escolha moral que mudava algumas coisas ao longo da história. Isso vai retornar na sequência? Nós teremos escolhas morais difíceis novamente?

AA: No começo de Wolfenstein 2, Blazkowicz está entrando e saindo de consciência, tendo flashbacks. Em um desses flashbacks, é possível escolher entre Wyatt e Fergus novamente, e essa escolha vai ter ramificações no resto da história.


No novo jogo, BJ Blazkowicz está de volta para enfrentar os nazistas, que desta vez dominaram os Estados Unidos. Com sua esposa Anya grávida de gêmeos, ele precisará se juntar à resistência para tomar o controle de volta pelo bem da humanidade e de sua família.

Wolfenstein II: The New Colossus está previsto para 27 de outubro para Xbox One, PlayStation 4 e PC. O jogo também será lançado para Nintendo Switch em 2018.

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