Seguindo a nova onda de obras com o apocalipse zumbi como pano de fundo, Dead Island foi lançado em 2011 com diversos elogios da crítica. O game contava com uma jogabilidade ágil, um mapa extenso e muito a se fazer em um resort tomado pelos mortos-vivos. Pouco tempo depois, a sequência Riptide continuou a trama sem trazer nenhuma grande novidade. Agora, em 2016, Dead Island: Definitive Collection consegue divertir aqueles que jogaram o original, mas sem nenhuma melhoria significativa.
A Definitive Collecion de Dead Island segue o padrão da maioria das remasterizações que vemos nos games atualmente: algumas melhorias nos gráficos, algumas leves alterações na jogabilidade e só. O que pode decepcionar um pouco é que mesmo as alterações gráficas não são muito perceptíveis aos olhos da maioria e o jogo continua repleto de bugs que variam de zumbis flutuantes ao sumiço de veículos em um piscar de olhos.
Apesar disso, o macro do jogo é belíssimo. Os ambientes conseguem variar entra a sensação de extrema liberdade e a claustrofobia opressora de forma bastante fluída.
Apesar de não inovar muito, Dead Island: Definitive Collection consegue refrescar a memória daqueles que procuram um RPG de ação com a temática de zumbis. O mapa, extremamente grande, abraça diversas side-quests que garantem mais algumas boas horas de jogatina a aqueles que tentam descobrir todos os segredos de um game.
A mecânica não sofreu nenhuma alteração, o princípio é o mesmo: fale com alguém, cumpra uma missão, mate os zumbis, volte ao lugar onde estava. Apesar de simples, essa continua extremamente divertida.
Embora não tenha tido tanto êxito na remasterização, o jogo continua sendo bastante representativo e diversificado socialmente com seus personagens, que, apesar de pouco construídos, demonstram uma personalidade única e maneirismos particulares que dão uma verossimilhança maior ao game e geram empatia quase imediata no jogador.
A narrativa é aquela padrão de qualquer obra relacionada a zumbis: um mundo desolado, um protagonista que não sabe muito o que aconteceu, muitos zumbis, a busca por suprimentos e por ambientes seguros e mais zumbis. Nada de novo, mas mesmo sabendo o caminho que a história irá trilhar, ficamos curiosos para acompanhar a jornada daqueles personagens.
Riptide segue a mesma lógica do jogo principal e, como na época não foi lançado com muita publicidade, acaba servindo para continuar a trama do original para aqueles que ficaram curiosos com o destino dos personagens. O grande trunfo dessa Definitive Collection, porém, é o arcade Dead Island Retro Revenge. Um hack & slash em 16-bits que se apresenta como uma diversão despretensiosa e viciante para aqueles que sentem o prazer em arrebentar a cabeça de um zumbi faminto.
Apesar de não trazer muitas inovações e não se justificar aos olhos dos fãs mais ardorosos, Dead Island: Definitive Collection consegue trazer horas de diversão paras aqueles que buscam no game somente uma forma de entretenimento, sem grandes reflexões ou narrativas complicadas.
Dead Island: Definitive Collection já está disponível para PlayStation 4 e Xbox One.