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Concord é a aposta da Sony em um título competitivo que converse com fãs de jogos de tiro disputados em time. É possível citar tranquilamente Overwatch como um ponto de comparação óbvio, mas quem joga mesmo esse tipo de game encontra mais similaridades com outro game: Destiny, que não tem o foco no multiplayer competitivo.
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No último final de semana aconteceram os testes do beta antecipado, desta vez, apenas para quem fizesse a pré-venda do jogo. Mas não se preocupem, já que um novo Open Beta começa nesta quinta-feira (18) para todos que desejarem experimentar o game no PS5 ou PC, com acesso às batalhas 5x5 no formato cross-plataform.
Com times de cinco heróis cada, a missão do jogador é encontrar a sinergia entre personagem e equipe para conquistar a vitória. Ou, como é um beta mesmo, focar no tiroteio maluco, encontrar seu alvo e marcar uma pontuação maior.
Quatro mapas, três modos de jogo e 16 personagens para escolher e se familiarizar, este é o beta de Concord (Divulgação)Muitos detalhes do gameplay de Concord o afastam do game da Blizzard, o trazendo mais para perto dos Guardiões de Destiny. Com o pulo duplo, as trocas rápidas da primeira para terceira pessoa em algumas situações, ou mesmo a sensação de algumas armas, seria mais correto comparar o multiplayer com uma sessão de Crucible, o multiplayer competitivo de Destiny, que é relegado por grande parte dos jogadores.
Diplomático, Concord não pune o jogador por fazer nada “errado”, ou dá um caminho “certo” a seguir. O jogador decide como jogar e o faz sem maiores problemas. Há a tal questão da “meta”, que, explicando de forma bastante simplificada, é a forma de jogar para vencer, e nesse momento, nos pegamos experimentando personagens que funcionam melhor em equipe, expandindo suas habilidades ativas e passivas em prol do coletivo. “Cada um faz a sua parte”, esse é o lema.
Experiência que não pune o jogador
O beta de Concord rodou sem maiores problemas no PlayStation 5. O jogo vai bem, mesmo em partidas com uma alta latência, sem crashes, bugs ou nada do tipo que exija reparos imediatos. De vez em quando perdemos um companheiro de equipe, mas é difícil dizer o que era desconexão por erro ou raiva.
Os mapas são construídos de forma a criar um círculo cheio de opções de flancos e lugares para se defender (Divulgação)Mesmo sendo um completo “zé ruela” em jogos competitivos do gênero, Concord fez parecer que a disputa era fácil para mim, pelo menos no mata-mata do jogo. No total, a Sony liberou neste beta apenas quatro mapas e três modalidades de jogo, uma casual e duas no modo competitivo.
O mata-mata tinha o nome específico de Trophy Hunt (Caçador de Troféus, em tradução livre), e não bastava apenas eliminar seus adversários, era preciso recolher do chão suas tags holográficas, caso contrário, a pontuação não se fazia valer.
Esse era o modo mais rápido para aprender e subir de nível. Como de costume, cada nível alcançado, seja o do jogador ou o de cada um dos personagens selecionáveis, liberava itens cosméticos e até versões alternativas dos mesmos. Infelizmente, todo o nível adquirido ao longo dos testes será jogado fora para o lançamento da versão final, em agosto.
Os combates eram intensos no mata-mata, às vezes dificultando saber de onde vinham os tiros (Divulgação)Já foi dito também pelo pessoal do Firewalk Studios que a compra de cosméticos para os personagens será a única forma de gerenciar as microtransações do game. Nada que mude a gameplay ou forneça algum tipo de vantagem na disputa será vendido, garantiram.
Aposta na diversidade
A melhor parte dos testes de Concord foi conhecer um pouco melhor o elenco do jogo. Apesar das cutscenes apresentarem pouquíssimos personagens – todos dublados em português –, o jogo deixou aberto para experimentação todos os 16 bonecos do título. Cada um deles pensado em entregar personalidade através das suas habilidades especiais. Às vezes isso funciona, quando você dispara químicos voláteis que se espalham no cenário e explodem ao contato, outra vezes é só uma granada sem graça.
16 personagens que podem ser personalizados de acordo com a evolução de cada um (Divulgação)Colocando apenas o caráter estético do todo, os personagens de Concord fogem um pouco do padrão. Tem alienígena grande, pequeno, mulher forte, mulher velha, mulher mascarada, homem branco, homem preto, gordo, magro e um robô que parece um cilindro gigante. A variedade estética dos times formados com esses personagens nos remete imediatamente a uma versão genérica dos Guardiões da Galáxia, mas provavelmente de propósito, como pudemos ver no trailer mais recente do jogo.
Não sabemos muito da história, e o beta não nos fornece nada além de cinco minutinhos de cutscene com três ou quatro personagens do game. O estúdio prometeu a entrega de cutscenes semanais expandindo o universo dos Freegunners, contando um pouco mais a fundo sobre cada um deles, suas motivações e algumas missões (como foi o caso do trailer do PS Showcase). Não parece ser a melhor das ideias, mas deu certo para Overwatch, né?
E o modo competitivo?
O beta de Concord também apresentou de leve um pouco do que vai ser o competitivo do jogo, com batalhas entre times sem o ressurgimento pós-morte/abate. Morreu, morreu. O trabalho de equipe é reforçado neste modo, e os grupos precisam se complementar e trabalhar em conjunto para defender uma área ou escoltar um objeto até um ponto específico.
O trabalho em equipe facilita a vitória: as paredes de Duchess, somadas ao escudos e a cura de Daw funcionam como a defesa quase perfeita (Divulgação)É difícil apontar o que vai ser nerfado, alterado ou até mesmo bufado no lançamento oficial do game. Mas deu para notar algumas construções de times excelentes, com personagens que conseguem utilizar suas habilidades passivas para melhorar as características de todo o time à sua volta. Alguns exemplos são escudos de energia, cápsulas de cura e “tanks” que parecem possuir vida infinita. Quando a galera joga sério, fica muito difícil fazer uma kill sem a ajuda do time.
Muita coisa pode mudar para a versão final do game. Por exemplo, os times não têm nenhum tipo de restrição de classe. É possível jogar sem healers, ou com todos os “DPS” do jogo, não há limitadores. Com o feedback do beta, os desenvolvedores talvez alterem algumas regras para deixar a experiência mais competitiva. Mas também é possível que eles tenham mirado nessa liberdade de forma proposital. Só saberemos no lançamento.
Algo não muito bem explicado no beta são as “Habilidades Bônus de Equipe”. Cada classe contém seu próprio bônus de atributo para o time quando utilizado. O que sabemos até agora é que são seis classes ao todo, com as seguintes características:
- Anchor: aumenta a quantidade de cura recebida;
- Breacher: diminui o tempo de espera da habilidade de esquiva;
- Haunt: aumenta a mobilidade;
- Ranger: diminui a quantidade e coice da arma;
- Tactician: melhora a velocidade de reload;
- Warden: aumenta o dano da arma à distância.
Será que o carisma dos Freegunners vão convencer as pessoas a experimentarem Concord? (Divulgação)O beta de Concord já rendeu uma tierlist com os melhores personagens do jogo: Vale, uma sniper; Teo, o soldado tradicional; Lennox, o pistoleiro alienígena que parece ser o personagem principal do game; IT-Z, uma alienígena com um poder de teleporte que deixa um holograma no seu lugar (algo meio parecido com a Tracer); Haymar, praticamente uma Warlock, de Destiny; Emari, a tank com a gatling gun e escudo de energia; e Daw, o healer do time.
A batalha do sucesso não vai ser fácil para Concord, mas um pouco de sorte, descontos no lançamento e um cuidado para elevar o hype no lançamento devem ajudar. Ele chega dia 23 de agosto, para PS5 e PC.
Essa preview foi feita com um acesso cedido pela Sony.
Pedro Siqueira)
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