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Bad Boys: Até o Fim diverte com ação explosiva e sem riscos | Crítica
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Bad Boys: Até o Fim diverte com ação explosiva e sem riscos | Crítica

Novo filme com Will Smith e Martin Lawrence cumpre a própria missão sem desafios, mas muitos acertos

Gabriel Avila
Gabriel Avila
06.jun.24 às 17h14
Atualizado há 10 meses
Bad Boys: Até o Fim diverte com ação explosiva e sem riscos | Crítica
Sony/Reprodução

Em 2020, Bad Boys Para Sempre provou que o público ainda tinha apetite para as aventuras dos detetives interpretados por Will Smith e Martin Lawrence. Dono da maior bilheteria da franquia até aqui, o filme garantiu a sequência Bad Boys: Até o Fim, que joga seguro e aposta todas as fichas no que se provou certeiro nos longas anteriores.

O novo título mostra Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence) se tornando alvos de uma conspiração que acusa a dupla e o falecido Capitão Howard (Joe Pantoliano) de serem corruptos. Com isso, eles precisam correr contra o tempo para provar a própria inocência, encontrar os verdadeiros culpados e sobreviver a tudo isso.

A retomada da franquia feita em Para Sempre se esforçou para trazer os Bad Boys para a década de 2020 sem abandonar as assinaturas dos filmes anteriores. Esse equilíbrio fez sucesso, mas deixou evidente que a preocupação em agradar levou os envolvidos a calcular tanto cada movimento, que parte da narrativa ficou engessada.

Com o retorno de praticamente todo o time, Até o Fim retira essas limitações e aposta mais as fichas nas ferramentas que tem nas mãos. As mais evidentes são, é claro, as grandes estrelas do projeto. Carismáticos e mais à vontade do que nunca nos papeis, Will Smith e Martin Lawrence carregam o show nas costas ao provar que ainda têm muita lenha a queimar.

O roteiro de Chris Bremner (Bad Boys Para Sempre) e Will Beall (Aquaman) é competente ao incorporar a passagem de tempo e evolução Mike e Marcus sem se resumir a piadas sobre estarem mais velhos. O envelhecimento, no caso, serve mais para abrir caminhos para a história avançar e trazer novas mecânicas para a dinâmica dos protagonistas, que ganha novos temperos a cada filme.

Por outro lado, a dupla também tem muito a agradecer a Will Smith e Martin Lawrence. Afinal de contas, nem todas as piadas são certeiras e algumas até chegam no momento errado. Porém, os astros retornam tão afiados, que a entrega faz com que os pontos baixos no quesito humor sejam perdoados. Até porque, os pontos altos são realmente divertidos e fazem valer o retorno aos personagens.

Outro acerto, é entender que Mike e Marcus vão além de seus distintivos e focar também nas vidas pessoais deles. Abordagem essa que não só ajuda na conexão com o público, como também torna as coisas mais dramáticas. Basta perceber quanto da produção gira em torno de intrigas familiares, seja para o drama – como os enredos de Armando (Jacob Scipio) e Judy (Rhea Seehorn) – ou para a comédia – na participação de Reggie (Dennis Greene).

Esse direcionamento blinda a produção até mesmo de eventuais problemas, como o vilão James McGrath (Eric Dane). Com pouca profundidade e um tratamento para lá de genérico, o antagonista só não incomoda porque, no fim das contas, não é sobre ele. A figura maligna só está ali para colocar os Bad Boys em ação e o tratamento é tão honesto quanto a isso, que funciona.

No quesito ação, aliás, Bad Boys: Até o Fim marca outro salto em relação ao filme anterior. De volta à direção, a dupla Adil El Arbi e Bilall Fallah (Ms. Marvel) brilha ao evocar a efervescente e pulsante Miami dos filmes originais, de Michael Bay, com um olhar atento para as tendências de hoje.

Claramente encantados com as possibilidades trazidas por drones na hora de filmar as pancadarias, os cineastas deixam a empolgação tomar conta. Seja em perseguições de carro, tiroteios, troca de socos – ou tudo isso ao mesmo tempo –, os diretores se esforçam para que a adrenalina nunca deixe o foco.

No fim das contas, chega a ser surpreendente o quanto um filme tão simples e apegado às tradições dos anteriores se faz tão efetivo em combinar ação e comédia. Bad Boys: Até o Fim passa longe de ser revolucionário ou profundo. Porém, ele sabe exatamente a missão a cumprir e utiliza as grandes armas que têm para isso. Afinal de contas, para que reinventar a roda se ela ainda é plenamente capaz de derrapar pelas ruas de Miami?

Bad Boys: Até o Fim está em cartaz nos cinemas do Brasil.

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